terça-feira, 4 de agosto de 2009

Salvador, a ti tocou-te a máquina mercante

Emiliano José
"Triste Bahia, oh quão desemelhante..."
Não há desordem em Salvador. Há uma ordem, uma diretriz - política - emanada do poder municipal. O prefeito e seus auxiliares sabem o que querem. Defendem uma política. Não há inocência. "A ti tocou-te a máquina mercante, que em tua larga barra tem entrado..."
E uma impressionante explosão habitacional na chamada área de expansão, a Paralela, com a conseqüente destruição de boa parte da área verde que ainda existia na região. "Tanto negócio e tanto negociante..."
Nos dias 28 e 29 de maio deste ano, um seminário promovido pelo Fórum A cidade Também é Nossa e pelo Movimento Vozes de Salvador apontou a "natureza inepta e perversa dos dispositivos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) no tocante à Orla Atlântica": despreocupação com a defesa do patrimônio ambiental, paisagístico e histórico-cultural, atenção exclusiva das grandes imobiliárias, desconsideração com os aspectos sociais, omissão diante do severo impacto da verticalização, permitida sem maiores estudos. "Triste, triste Bahia..Oh quão desemelhante..."
Trecho de artigo de Emiliano José no Terra Magazine
*A mudança na logomarca da Prefeitura de Salvador, saindo a "Prefeitura de Participação Popular, trabalhando para melhorar a vida das pessoas" substituida por "Prefeitura de um Novo Tempo" e logomarca que insinua a verticalização da cidade, mostra a nova diretriz do alcaide e do seu patrono. (Osvaldo Campos)

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