sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

O novo Rio Vermelho

Claudio Tinoco*
O movimento contrário às obras de requalificação no Rio Vermelho tem viés político e parte de militantes ou simpatizantes de partidos de oposição à gestão municipal, que querem confundir a opinião pública e atrapalhar a recuperação de um dos bairros mais queridos por baianos e turistas.
Mentem ao dizer que o projeto de requalificação não foi apresentado aos moradores. Após muitos estudos e discussões, o projeto foi apresentado pelo prefeito ACM Neto, no dia 1º de fevereiro de 2014, aos moradores, comerciantes e representantes das entidades do Rio Vermelho (entre elas, Acirv e Amarv), no auditório lotado da Sociedade Caballeros de Santiago, onde críticas e sugestões foram feitas.
Com adequações, a obra foi licitada, contratada e, antes da ordem de serviço, mais uma vez a prefeitura convocou a comunidade em maio para apresentar o cronograma da 1ª etapa, interdição parcial das principais ruas e criação de uma comissão para acompanhar as obras.
Após ampla divulgação e emissão da ordem de serviço em 15 de junho, esse movimento vem requerer a paralisação das obras.
Hoje, Salvador reconhece o compromisso do prefeito ACM Neto com o Rio Vermelho. Entre eles, estão a restauração da Casa do Rio Vermelho - antigo sonho de baianos e admiradores de Jorge Amado e Zélia Gattai, que tem levado milhares de pessoas ao número 33 da rua Alagoinhas -, restauração do monumento O Centro da Ancestralidade, do Mestre Didi e realização do Festival da Primavera.
O falso argumento de que a administração municipal não dialoga não cola mais. Todos sabem que a prefeitura realizou o maior programa de escuta da sociedade, através do Ouvindo Nosso Bairro, quando 9.523 cidadãos dos 163 bairros/ilhas participaram das 152 reuniões, apresentando 101.348 demandas e sugestões.
A prefeitura se mantém disponível para esclarecer qualquer dúvida, como ocorreu no dia 15 de julho, quando se reuniu com moradores para dar mais informações sobre o projeto. Considero toda participação da comunidade salutar para aprimorar o projeto e exercer a fiscalização mais firme.
Posso afirmar que ninguém, nem a prefeitura, vai defender a retirada injustificada de árvores, lançamento de esgoto na praia, má qualidade de acabamentos ou eliminação de elementos históricos, como um pequeno grupo vem propagando.
Parece até que essas pessoas se contentam apenas em conviver com partidos políticos que só usam o Rio Vermelho para montar comitê eleitoral e comícios.
O Rio Vermelho merece ser requalificado, andou sujo, escuro, sem calçadas decentes e desordenado. As intervenções serão executadas em três etapas, da curva da Paciência até o quartel de Amaralina, incluindo o largo de Santana e o largo da Mariquita, com pavimentação, drenagem, piso compartilhado, ciclovia e nova iluminação pública, assim como ocorreu na requalificação de toda a orla.
Merecemos ver um novo Rio Vermelho, com seus aspectos históricos preservados, onde teremos orgulho de frequentar e fazer parte.
* Vereador por Salvador, foi Secretário de Infraestrutura do Governo da Bahia

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