quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A implosão da Fonte Nova

Almir Santos*
Um assunto que não me emocionou, pelo contrário.
Assisti a sua primeira inauguração em 28 de janeiro de 1951 num o torneio que reuniu todas as sete equipes que disputavam a categoria de profissionais do campeonato baiano. Para minha felicidade o primeiro gol foi de Antônio, ponta esquerda do meu time, o Botafogo, num jogo contra o Guarany.
Vi a sua reinauguração em 5 de março de 1971, com o jogo Bahia x Flamengo com o primeiro gol de Zé Eduardo do Bahia.
Agora vejo essa história, o palco de grandes espetáculos, um cartão postal de Salvador, ser arrasado.
Quanto custou essa implosão?
Por que a implosão para ser construída uma arena com menor capacidade?
Como Salvador pode abrir a Copa se a capacidade mínima exigida pela FIFA para a abertura é de 65 mil espectadores?
Quanto custaria a recuperação de sua estrutura?
Por que não a construção de um novo estádio e recuperação da Fonte Nova?
Teríamos mais um estádio em Salvador. Sobre o assunto pronunciaram-se dois arquitetos, Heliodoro Sampaio e Nivaldo Andrade com muita propriedade. Na Copa da África do Sul foram recuperados estádios centenários.
Copiar Wembley (o centenário estádio londrino que abrigou a Copa de 1966, implodido recentemente para dar lugar a uma moderna arena multiuso) foi uma solução de impacto para fazer Salvador ganhar notoriedade na mídia internacional.
Como disse Antônio de Almeida Matos no seu livro Vida e Crescimento das Cidades, “não se destroem riquezas edificadas”.
* Almir Ferreira Santos, Engenheiro e Consultor de Logística e Transportes mora em Salvador a mais de 75 anos.

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