segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Metro de Salvador, um modelo de excelência e modernidade para os baianos

Carlos Martins*
O metrô de Salvador, durante 13 anos, tornou-se símbolo de incompetência, de mau uso de recursos, sem vantagens para o caótico trânsito e população de Salvador, nos seus 12 km originais, que o apelidaram de “metrô calça curta”. Mudanças de projeto que custaram mais de um bilhão de reais, nunca foram devidamente explicadas pelos gestores da época.
No entanto, três anos após o governo do estado assumir oficialmente o metrô, a situação inverteu-se. O sistema metroviário de Salvador transformou-se em modelo de “benchmarking”, na contratação e eficácia de obras. Os 12 km da Linha 1 foram rapidamente concluídos, ligando a Lapa a Pirajá. Em 24 meses, o sistema ultrapassou a marca de 18 milhões de passageiros transportados.
Mas os avanços não pararam, e o metrô, patrimônio dos baianos, deixou de ser apenas de Salvador para ganhar a RMS, chegando até Lauro de Freitas, como será em breve com a Linha 2. Em ritmo acelerado, as obras atravessam a Paralela, avenida criada nos anos 60, e que no seu projeto destinava o corredor central para um futuro transporte de massa. Assim prevê o projeto original, que alguns “futuristas do agouro”, insistem em politizar, minimizando uma obra importante para a mobilidade da capital e da RMS.
A linha permitirá que o trajeto entre Acesso Norte e o aeroporto seja percorrido em 27 minutos, passando pelas 12 estações que compõem o trecho. Isso tornará Salvador a terceira capital do país em trilhos – 41 km no total - e a primeira a ter um metrô ligando o aeroporto ao centro. Ainda em fase inicial, o trecho Acesso Norte – Rodoviária da Linha 2 já ampliou em mais 30% o número de usuários.
Além disso, cerca de 700 ônibus metropolitanos serão retirados da malha urbana, dando fluidez ao trânsito, devolvendo sustentabilidade ao sistema de ônibus da capital e consolidando o conceito de Integração Intermodal. A cidade ainda ganhará equipamentos modernos de transbordo, como os novos terminais da Rodoviária, Pituaçu, Mussurunga e Aeroporto. A segunda linha do metrô baiano permitirá, também, a retirada de milhares de veículos particulares que transitam na Paralela, dando aos motoristas a opção do metrô. A linha que chegará ao aeroporto ainda terá destaque para questão ambiental. O paisagismo e urbanismo da obra preveem compensações ambientais, incluindo a substituição da vegetação estrangeira por vegetação típica da mata atlântica local. As lagoas artificiais, construídas para evitar alagamentos na avenida, sofrerão um tratamento adequado, e terão até o retorno de peixes, que já eram escassos.
Uma pista de cooper e uma ciclovia margearão a linha, apoiadas por bicicletários em cada estação, e quiosques de apoio. O projeto prevê, dentro do conceito de parque linear, cinco áreas de lazer, que terão equipamentos esportivos, dependendo unicamente da aprovação pela prefeitura. Passarelas modernas, com elevadores e escadas rolantes, e em consonância com as leis de acessibilidade, e três novos viadutos tornarão a mobilidade do pedestre mais segura e agradável. Portanto, longe de ser um “muro da vergonha”, a Linha 2 será um ponto de integração da cidade.
Além disso, as estações estarão harmonicamente integradas a paisagem e acessibilidade dos seus usuários, permitindo, ainda, a possibilidade de novos negócios e pontos de arte e cultura ao longo do sistema.
Em paralelo ao metrô, os corredores transversais, das linhas Azul e Vermelha, serão elementos indutores de uma expansão da cidade, ligando a orla atlântica à Bahia de Todos os Santos, e permitindo a integração com o metrô e o futuro VLT do subúrbio, assim como o BRT, se a prefeitura desejar.
Se os números já comprovam, a opinião dos baianos sobre o metrô diz ainda mais. Satisfação e aprovação, que demonstram que o metrô veio pra ficar, e será cada vez mais um orgulho de todos os baianos.

*Carlos Martins é secretário de Desenvolvimento Urbano do estado da Bahia

3 comentários:

  1. Espero tenham mesmo placas solares em cima dos pontos de ônibus.

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  2. Pena que a maioria dos soteropolitanos ainda acreditem que a obra que vem fazendo é o prefeito Netinho. Lamentável. O povo precisa valorizar seu voto.

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  3. O governo estadual vem fazendo um excelente trabalho com ótimos resultados e o povo continua assistindo BBB por isso acham que Netinho é o pai do metrô. Estudam tanto e não se atualizam em nada. Acordem jovens, vocês são o futuro da nação. Façam nosso país valer à pena.

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