Almir Santos*
A requalificação da Orla está na pauta do Estado e da Prefeitura. Se virarmos as páginas da história, sem exagero, pode-se afirmar que os problemas da Orla Marítima de Salvador datam da sua implantação nos anos 40, quando foi concebida a estrada Amaralina-Aeroporto, hoje Avenida Octávio Mangabeira.
Ao longo dessa estrada havia pequenos aglomerados de casas e o Aeroclube de Salvador. Itapuã era basicamente uma vila de pescadores e local de veraneio. O grande projeto existente era o Loteamento Cidade Luz, que deu origem ao grande bairro da Pituba. Naquela época também foram construídos o prolongamento da Rua Osvaldo Cruz e a nova Avenida Amaralina, da Rua Marquês de Monte Santo até onde hoje se situa o Largo das Baianas.
O espaço entre Amaralina e Itapuã era na verdade um grande vazio. O primeiro equívoco foi o lançamento da linha da estrada muito próxima à praia. O segundo foi não ter sido preservada uma área suficiente para uma futura duplicação. Enquanto isso, a Prefeitura concedia licença para loteamentos inexpressivos de projetos de má qualidade. O pior é que o mau exemplo se propagou até hoje em direção norte, ultrapassando os limites dos municípios visinhos.
No geral a orla tornou-se inacessível para o visual e para o público,Dessa forma destruiu-se a paisagem do que poderia ter sido a maior e mais bonita avenida-parque país.
Quando se pensou na duplicação já era tarde. Havia uma ocupação, que impossibilitou e elaboração de um projeto de boa qualidade, tanto do ponto de vista de tráfego, de traçado e tratamento paisagístico. Uma ocupação desordenada, anárquica. A beleza do mar e dos coqueirais é ofuscada muitas vezes pela existência de edificações de um tremendo mau gosto, consolidadas face a omissão das administrações municipais. Há ainda de se registrar as “invasões do colarinho branco”, ocorridas na Pituba, nos seus dois primeiros quilômetros, quando alguns proprietários de lotes avançaram seus gradis até o acostamento da antiga estrada. Não fora isso o trecho Amaralina-Clube Português poderia ter uma maior caixa. Um eficiente projeto ainda pode melhorar, só melhorar, a orla de Salvador, mas por um custo muito elevado, inclusive o social.
*Almir Santos é Engenheiro e Consultor de Transportes e Logística
Preliminarmente, é criar o Conselho da Cidade para controlar as ações inconsequentes de liberação para o carnaval dos bairros da Barra-Ondina e Centro Histórico, depois um trabalho intenso de sensibilização dos vereadores, a fim de que voltem a trabalhar pela cidade, deixando de distribuir medalhas e diplomas sem nenhum critério objetivo.
ResponderExcluirO Prefeito e seus colaboradores devem passsar por um trabalho de senbilização avançado, a fim de atentar para as necessidades mais urgentes da sociedade civil organizada soteropolitana