Projeto de Lelé harmoniza estrutura e vegetação.
O projeto do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região da Bahia é o primeiro de João Filgueiras Lima (Lelé) à frente do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Hábitat (IBTH). Ele simboliza, portanto, uma nova fase na carreira do arquiteto, que em 2009 se desligou profissionalmente do Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS), do qual foi fundador e onde atuou por duas décadas. “Os hospitais têm custo alto de manutenção. Não é viável construir mais unidades da Rede Sarah”, observa Lelé.
A nova sede do TRT é um complexo constituído por oito edificações, a serem implantadas em terreno densamente arborizado e cuja topografia, na forma de vale, tem desnivel da ordem de 30 metros em relação à cota da via circundante. Essas características marcantes motivaram a adoção do partido arquitetônico definido pela mínima intervenção no lote.
A proposta de ocupação é pontual: o extenso programa foi setorizado em prédios estanques, dispersos pela área de implantação.
Trata-se de edifícios com, em média, oito pavimentos, quatro deles abaixo e quatro acima da cota pública envoltória, o que permitiu a criação de caminhos suspensos para interligar as construções.
Essas passarelas fechadas e envidraçadas somam cerca de 200 metros lineares de trajeto, de modo a enfatizar a grande escala da intervenção (são 130 mil metros quadrados construídos).
A linearidade do percurso, em contraste com a volumetria circular das edificações, reforça a distinção que o projeto estabelece entre o ambiente natural e o construído.
Os prédios do tribunal foram planejados com estrutura metálica, cujos apoios estarão restritos aos núcleos de circulação vertical, a fim de minimizar as movimentações de terra.
Nesse sentido, a maior intervenção ocorre nas bordas do lote, onde serão criados quatro pavimentos de garagem e estacionamento descoberto através de corte escalonado de 13 metros de altura.
O terreno da nova sede do tribunal fica no Centro Administrativo da Bahia - CAB, próximo ao prédio do Tribunal Regional Eleitoral, também projetado por Lelé no final dos anos 1990.
A equipe do projeto do TRT inclui ainda Beatriz Secco (paisagismo), Audium (acústica e sonorização), Roberto Vitorino (estrutura), Porthos Moreira Gontijo (elétrica), Kouzo Nishiguti (hidráulica) e George Raulino (ar condicionado).
* Matéria publicada originalmente em PROJETODESIGN
A nova sede do TRT é um complexo constituído por oito edificações, a serem implantadas em terreno densamente arborizado e cuja topografia, na forma de vale, tem desnivel da ordem de 30 metros em relação à cota da via circundante. Essas características marcantes motivaram a adoção do partido arquitetônico definido pela mínima intervenção no lote.
A proposta de ocupação é pontual: o extenso programa foi setorizado em prédios estanques, dispersos pela área de implantação.
Trata-se de edifícios com, em média, oito pavimentos, quatro deles abaixo e quatro acima da cota pública envoltória, o que permitiu a criação de caminhos suspensos para interligar as construções.
Essas passarelas fechadas e envidraçadas somam cerca de 200 metros lineares de trajeto, de modo a enfatizar a grande escala da intervenção (são 130 mil metros quadrados construídos).
A linearidade do percurso, em contraste com a volumetria circular das edificações, reforça a distinção que o projeto estabelece entre o ambiente natural e o construído.
Os prédios do tribunal foram planejados com estrutura metálica, cujos apoios estarão restritos aos núcleos de circulação vertical, a fim de minimizar as movimentações de terra.
Nesse sentido, a maior intervenção ocorre nas bordas do lote, onde serão criados quatro pavimentos de garagem e estacionamento descoberto através de corte escalonado de 13 metros de altura.
O terreno da nova sede do tribunal fica no Centro Administrativo da Bahia - CAB, próximo ao prédio do Tribunal Regional Eleitoral, também projetado por Lelé no final dos anos 1990.
A equipe do projeto do TRT inclui ainda Beatriz Secco (paisagismo), Audium (acústica e sonorização), Roberto Vitorino (estrutura), Porthos Moreira Gontijo (elétrica), Kouzo Nishiguti (hidráulica) e George Raulino (ar condicionado).
* Matéria publicada originalmente em PROJETODESIGN
Osvaldo, Este projeto á está sendo construído? Onde será?
ResponderExcluirAbraços,
Desculpe a demora. Está sendo construído no Centro Administrativo da Bahia - CAB. Por etapas.
ExcluirPasso todos os dias úteis em frente ao terreno, mas sommente vejo um dos prédios em final de construção,por sinal demorada demais para o "tamanho do funil"! Engraçado, na planta anexa só tem prédios circulares, enquanto o que vemos tem a forma que aparece na foto, na visão de um leigo, forma de FUNIL.
ResponderExcluirInfelizmente, esse projeto singular de Lelé não foi efetivado. Apenas um único prédio, dos oito, foi construído e, pra piorar a situação, não está sendo usado e a cada dia se deteriora mais.
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