No final da década de cinqüenta e início da década de sessenta, a cidade de Salvador passou por uma série de transformações que marcariam definitivamente a sua história cultural e, de forma mais ampla, de todo País. Tais transformações teriam, anos mais tarde, conseqüências diretas em movimentos como o Cinema Novo e o Tropicalismo.
O principal motor dessas transformações foram as experiências revolucionárias ocorridas na Universidade Federal da Bahia (UFBA). A reforma instalada pelo visionário reitor Edgard Santos proporcionou uma renovação profunda na vida cultural da cidade e gerou uma nova leva de intelectuais e criadores, cujas obras permanecem até hoje instigantes e inovadoras. A partir do planejamento e dos esforços de seu reitor, a reforma da UFBA trouxe para os seus estudantes novas perspectivas em áreas como a Música, o Teatro, a Filosofia, a História, as Artes e a Dança.
Com tal proposta de renovação, Edgard Santos conseguiu articular diferentes frentes de pensamento e ação cultural da cidade ao redor da universidade.
Entre os colaboradores e professores da UFBA, destaca-se uma série de artistas e de pensadores internacionais comprometidos com as idéias de vanguarda e experimentação. Seus principais nomes são a arquiteta e designer italiana Lina Bo Bardi (na direção do Museu de Arte Moderna da Bahia, mas trabalhando em sintonia com a Universidade), o diretor de teatro Martim Gonçalves, o músico e artista plástico suíço Walter Smetak, o afamado maestro alemão Hans J. Koellreuter, o historiador português Agostinho da Silva e a polonesa Yanka Rudzka, professora de dança contemporânea.
Além destes, profissionais e amadores como o jornalista João Ubaldo Ribeiro, os jovens Glauber Rocha, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Waly Salomão e Tom Zé, o antropólogo Vivaldo da Costa Lima, o filósofo Carlos Nelson Coutinho e muitos outros foram ativos freqüentadores do dia-a-dia da universidade. Seus trabalhos posteriores os colocam como representantes de um meio intelectual baiano, cujas atividades saíram da UFBA e dos circuitos boêmios e culturais de Salvador para o resto do mundo.
Espaços como o Museu de Arte Moderna da Bahia trabalharam em constante parceria com seus alunos, por meio da figura de Lina Bo Bardi. Intelectuais que escreviam para jornais, como o Diário de Notícias, publicavam artigos em revistas como Mapa e Ângulos ou participavam dos cineclubes de críticos, como Walter Silveira, passaram a freqüentar o ambiente universitário, suas aulas e seminários. Por fim, artistas que já dialogavam com as tradições africanas na cultura baiana – entre eles Carybé, Mario Cravo Junior e Pierre Verger – encontram novos espaços de reflexão e debate em iniciativas a exemplo do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), dirigido por Agostinho da Silva.
Esse clima de ação coletiva, com reuniões em livrarias, teatros e cinemas da cidade, ajudou na formação do que mais tarde a crítica cultural brasileira chamaria de “grupo baiano”.
Com tal proposta de renovação, Edgard Santos conseguiu articular diferentes frentes de pensamento e ação cultural da cidade ao redor da universidade.
Entre os colaboradores e professores da UFBA, destaca-se uma série de artistas e de pensadores internacionais comprometidos com as idéias de vanguarda e experimentação. Seus principais nomes são a arquiteta e designer italiana Lina Bo Bardi (na direção do Museu de Arte Moderna da Bahia, mas trabalhando em sintonia com a Universidade), o diretor de teatro Martim Gonçalves, o músico e artista plástico suíço Walter Smetak, o afamado maestro alemão Hans J. Koellreuter, o historiador português Agostinho da Silva e a polonesa Yanka Rudzka, professora de dança contemporânea.
Além destes, profissionais e amadores como o jornalista João Ubaldo Ribeiro, os jovens Glauber Rocha, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Waly Salomão e Tom Zé, o antropólogo Vivaldo da Costa Lima, o filósofo Carlos Nelson Coutinho e muitos outros foram ativos freqüentadores do dia-a-dia da universidade. Seus trabalhos posteriores os colocam como representantes de um meio intelectual baiano, cujas atividades saíram da UFBA e dos circuitos boêmios e culturais de Salvador para o resto do mundo.
Espaços como o Museu de Arte Moderna da Bahia trabalharam em constante parceria com seus alunos, por meio da figura de Lina Bo Bardi. Intelectuais que escreviam para jornais, como o Diário de Notícias, publicavam artigos em revistas como Mapa e Ângulos ou participavam dos cineclubes de críticos, como Walter Silveira, passaram a freqüentar o ambiente universitário, suas aulas e seminários. Por fim, artistas que já dialogavam com as tradições africanas na cultura baiana – entre eles Carybé, Mario Cravo Junior e Pierre Verger – encontram novos espaços de reflexão e debate em iniciativas a exemplo do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), dirigido por Agostinho da Silva.
Esse clima de ação coletiva, com reuniões em livrarias, teatros e cinemas da cidade, ajudou na formação do que mais tarde a crítica cultural brasileira chamaria de “grupo baiano”.
Antonio Risério, outro intelectual desse período, batizou de “Avant Garde na Bahia”.
* Editora do site Tropicalia
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