A Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia foi fundada em 1956. Assim como a de dança, foi a primeira escola de teatro em nível universitário no País. Aceitando o convite do reitor Edgar Santos, o médico por formação, artista plástico, cenógrafo e professor-diretor pernambucano Eros Martim Gonçalves influenciou toda uma geração de atores e diretores baianos durante sua permanência no cargo. Seus espetáculos foram marcantes no cenário cultural baiano. O cineasta Glauber Rocha era um dos mais assíduos nas aulas de Martim Gonçalves nesse período. Ele assumiu diversas vezes, ao longo da vida, essa influência em sua obra cinematográfica.
Durante sua estadia na Escola de Teatro (1956-1961), Martim Gonçalves montou diversas peças. Entre elas estavam “Auto da Cananéia”, de Gil Vicente (1955), “Senhorita Julia”, de August Strindberg (1958), “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna (1959), “Uma véspera de reis”, de Artur Azevedo (1960) e “Calígula”, de Albert Camus (1961). Alguns dos seus alunos se tornaram posteriormente grandes atores, como Othon Bastos, Helena Ignez e Geraldo Del Rey.
Mas foi em 1960, com a montagem da “Ópera dos três tostões”, de Bertold Brecht, no recém-incendiado Teatro Castro Alves, que a nova Escola de Teatro da UFBA atingiu seu ponto mais alto. A encenação, dirigida por Martim Gonçalves, contava com os cenários inovadores da arquiteta e designer italiana Lina Bo Bardi, que era, nesse período, a diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia e trabalhava em estreita parceria com os professores e alunos da Universidade. Sua cenografia e o ambiente do teatro davam ao espetáculo do dramaturgo alemão uma força surpreendente para os espectadores.
Martim Gonçalves ainda foi responsável pela introdução dos métodos de Stanislavski entre os atores, criando assim novos parâmetros para o teatro baiano. Incentivando a pesquisa de novos métodos e a expansão da Escola, o reitor Edgar Santos obteve junto à Fundação Rockfeller um convênio em que alunos e professores brasileiros e norte-americanos teriam bolsa de estudo e possibilidades de intercâmbio entre a Universidade Baiana e escolas de teatro norte-americanas. Essa junção de técnicas – Brecht e Stanislavski – foi uma das principais virtudes do diretor, segundo Glauber Rocha. Muitos desses ensinamentos estão presentes na sua direção de atores ao longo de sua filmografia.
Apesar das grandes vantagens do convênio para a Escola de Teatro, o quadro político da época fez com que, após a eleição de Jânio Quadros em 1960, essa e outras ações de Edgar Santos fossem questionadas por movimentos nacionalistas. Após uma série de críticas, Martim Gonçalves deixa a UFBA em 1961 e encerra seu ciclo como diretor da Escola.
Durante sua estadia na Escola de Teatro (1956-1961), Martim Gonçalves montou diversas peças. Entre elas estavam “Auto da Cananéia”, de Gil Vicente (1955), “Senhorita Julia”, de August Strindberg (1958), “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna (1959), “Uma véspera de reis”, de Artur Azevedo (1960) e “Calígula”, de Albert Camus (1961). Alguns dos seus alunos se tornaram posteriormente grandes atores, como Othon Bastos, Helena Ignez e Geraldo Del Rey.
Mas foi em 1960, com a montagem da “Ópera dos três tostões”, de Bertold Brecht, no recém-incendiado Teatro Castro Alves, que a nova Escola de Teatro da UFBA atingiu seu ponto mais alto. A encenação, dirigida por Martim Gonçalves, contava com os cenários inovadores da arquiteta e designer italiana Lina Bo Bardi, que era, nesse período, a diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia e trabalhava em estreita parceria com os professores e alunos da Universidade. Sua cenografia e o ambiente do teatro davam ao espetáculo do dramaturgo alemão uma força surpreendente para os espectadores.
Martim Gonçalves ainda foi responsável pela introdução dos métodos de Stanislavski entre os atores, criando assim novos parâmetros para o teatro baiano. Incentivando a pesquisa de novos métodos e a expansão da Escola, o reitor Edgar Santos obteve junto à Fundação Rockfeller um convênio em que alunos e professores brasileiros e norte-americanos teriam bolsa de estudo e possibilidades de intercâmbio entre a Universidade Baiana e escolas de teatro norte-americanas. Essa junção de técnicas – Brecht e Stanislavski – foi uma das principais virtudes do diretor, segundo Glauber Rocha. Muitos desses ensinamentos estão presentes na sua direção de atores ao longo de sua filmografia.
Apesar das grandes vantagens do convênio para a Escola de Teatro, o quadro político da época fez com que, após a eleição de Jânio Quadros em 1960, essa e outras ações de Edgar Santos fossem questionadas por movimentos nacionalistas. Após uma série de críticas, Martim Gonçalves deixa a UFBA em 1961 e encerra seu ciclo como diretor da Escola.
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