Jorge Portugal*
O assunto do meu artigo de hoje certamente será tema de livro ou livros daqui a dez ou 15 anos. Assim como Antônio Risério escreveu brilhante obra sobre o reitorado do Prof. Edgar Santos – primeiro reitor estadista da Bahia – também outros haverão de se debruçar sobre o período do Prof. Naomar de Almeida Filho (foto) à frente da UFBA, gestão encerrada na semana passada.
Sei muito bem que alguns conservadores de carteirinha e outros “revolucionários” com ejaculação precoce terão sempre o que questionar sobre as idéias e feitos deste reitor magnífico. Essas pessoas jogam no mesmo time dos que culpam Lula pela não resolução, em oito anos, de todos os males plantados no Brasil durante os 500 anteriores.
Bastariam três ações para entronizar Naomar no panteão dos melhores reitores de toda a história da nossa principal universidade pública: a implantação das ações afirmativas, criando uma política de cotas inteligentes, baseada no mapa étnico do IBGE, depois copiada por várias universidades do País; o empenho determinante – e por que não dizer generoso – na criação da UFRB, a partir do desmembramento da Faculdade de Agronomia, pertencente à instituição por ele dirigida; e o lançamento da Universidade Nova, com o bacharelado interdisciplinar, atualizando definitivamente nosso ensino superem, aproximando-o das principais instituições do planeta.
Lembro-me com nitidez das palavras do então ministro da Educação, Cristovam Buarque, quando da primeira festa de calouros da gestão Naomar, em que o reitor recém-empossado apresentou aos estudantes algumas idéias que seriam desenvolvidas em seu período. Os sectários de sempre ensaiaram uma reação de descontentamento e Cristovam escancarou uma verdade incômoda: “È estranho que, numa universidade, o reitor seja mais avançado que os seus estudantes”. Com Naomar, a Ufba mudou de cor. E começou a mudar de rumo. Começou a ter a cara da Bahia e a dialogar com o Estado, como deve fazer uma universidade verdadeira. Naomar despede-se da UFBA, mas não da luta por um ensino público de qualidade.
O assunto do meu artigo de hoje certamente será tema de livro ou livros daqui a dez ou 15 anos. Assim como Antônio Risério escreveu brilhante obra sobre o reitorado do Prof. Edgar Santos – primeiro reitor estadista da Bahia – também outros haverão de se debruçar sobre o período do Prof. Naomar de Almeida Filho (foto) à frente da UFBA, gestão encerrada na semana passada.
Sei muito bem que alguns conservadores de carteirinha e outros “revolucionários” com ejaculação precoce terão sempre o que questionar sobre as idéias e feitos deste reitor magnífico. Essas pessoas jogam no mesmo time dos que culpam Lula pela não resolução, em oito anos, de todos os males plantados no Brasil durante os 500 anteriores.
Bastariam três ações para entronizar Naomar no panteão dos melhores reitores de toda a história da nossa principal universidade pública: a implantação das ações afirmativas, criando uma política de cotas inteligentes, baseada no mapa étnico do IBGE, depois copiada por várias universidades do País; o empenho determinante – e por que não dizer generoso – na criação da UFRB, a partir do desmembramento da Faculdade de Agronomia, pertencente à instituição por ele dirigida; e o lançamento da Universidade Nova, com o bacharelado interdisciplinar, atualizando definitivamente nosso ensino superem, aproximando-o das principais instituições do planeta.
Lembro-me com nitidez das palavras do então ministro da Educação, Cristovam Buarque, quando da primeira festa de calouros da gestão Naomar, em que o reitor recém-empossado apresentou aos estudantes algumas idéias que seriam desenvolvidas em seu período. Os sectários de sempre ensaiaram uma reação de descontentamento e Cristovam escancarou uma verdade incômoda: “È estranho que, numa universidade, o reitor seja mais avançado que os seus estudantes”. Com Naomar, a Ufba mudou de cor. E começou a mudar de rumo. Começou a ter a cara da Bahia e a dialogar com o Estado, como deve fazer uma universidade verdadeira. Naomar despede-se da UFBA, mas não da luta por um ensino público de qualidade.
O Brasil ainda precisará muito dele. A Bahia, então, nem se fala.
* Jorge Portugal é educador e poeta
* Jorge Portugal é educador e poeta
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