Josias Pires
O comportamento do prefeito JH de incentivar a demolição das barracas de praia e abandonar os barraqueiros à sua própria sorte é mais um indício da sua estreita ligação com o capital imobiliário que manda na prefeitura de Salvador. O repórter do jornal A Tarde, Vítor Rocha, escreveu ontem (dia 27) texto na página A6 do jornal mostrando que há “uma sincronia entre a doação de projetos feitos por empresas privadas ao município para a anunciada requalificação da cidade e o movimento da Prefeitura de Salvador no processo judicial que determinou a derrubada de 349 barracas na orla”.
Ao rememorar a história o repórter lembra que em abril de 2007, a Justiça determinou a derrubada das barracas depois de pedido do Ministério Público Federal (MPF). Na época, a prefeitura recorreu e conseguiu suspender a decisão. Em julho de 2009 a prefeitura de Salvador desistiu do recurso e entregou os barraqueiros às feras.
O novo comportamento do prefeito JH coincide com o período em que a Fundação Baía Viva, ligada ao empresário da construção civil Carlos Suarez, assinou contrato com a empresa Brasil Arquitetura para elaborar um projeto para a Cidade Baixa, projeto que seria doado à prefeitura. No final de janeiro de 2009, o prefeito JH lançou, com pompas, o conjunto de 22 projetos intitulado Salvador Capital Mundial, mas sem revelar quem eram os doadores dos projetos. Entre eles o da Cidade Baixa e o da orla atlântica, este feito pela construtora OAS, pelo qual dever-se-ia construir restaurantes de luxo ao longo da orla.
Em maio de 2010 JH resolveu cumprir a decisão judicial, que já durava dez meses, e autorizou a derrubada de 137 barracas depois de pedir autorização à Justiça. Ao mesmo tempo em que patrocinava a demolição das barracas o prefeito decidiu implantar os projetos desenvolvidos por empresa do setor imobiliário. Concomitante lançou 18 decretos de desapropriações de diversas áreas do município para viabilizar os projetos do “Salvador Capital Mundial”. Mais desapropirações mais Transcons na praça para alimentar negócios pouco claros.
Relata o repórter que diversas entidades civis questionam a interferência das empresas no planejamento urbano da cidade, o que deixaria o interesse público em segundo plano. Os 22 projetos do Capital Mundial foram feitos por empresas privadas. O de requalificação da Cidade Baixa, por exemplo, custou R$ 1,3 milhão à Fundação Baía Viva, controlada por Carlos Suarez, o ex-representante do “S” de OAS.
O comportamento do prefeito JH de incentivar a demolição das barracas de praia e abandonar os barraqueiros à sua própria sorte é mais um indício da sua estreita ligação com o capital imobiliário que manda na prefeitura de Salvador. O repórter do jornal A Tarde, Vítor Rocha, escreveu ontem (dia 27) texto na página A6 do jornal mostrando que há “uma sincronia entre a doação de projetos feitos por empresas privadas ao município para a anunciada requalificação da cidade e o movimento da Prefeitura de Salvador no processo judicial que determinou a derrubada de 349 barracas na orla”.
Ao rememorar a história o repórter lembra que em abril de 2007, a Justiça determinou a derrubada das barracas depois de pedido do Ministério Público Federal (MPF). Na época, a prefeitura recorreu e conseguiu suspender a decisão. Em julho de 2009 a prefeitura de Salvador desistiu do recurso e entregou os barraqueiros às feras.
O novo comportamento do prefeito JH coincide com o período em que a Fundação Baía Viva, ligada ao empresário da construção civil Carlos Suarez, assinou contrato com a empresa Brasil Arquitetura para elaborar um projeto para a Cidade Baixa, projeto que seria doado à prefeitura. No final de janeiro de 2009, o prefeito JH lançou, com pompas, o conjunto de 22 projetos intitulado Salvador Capital Mundial, mas sem revelar quem eram os doadores dos projetos. Entre eles o da Cidade Baixa e o da orla atlântica, este feito pela construtora OAS, pelo qual dever-se-ia construir restaurantes de luxo ao longo da orla.
Em maio de 2010 JH resolveu cumprir a decisão judicial, que já durava dez meses, e autorizou a derrubada de 137 barracas depois de pedir autorização à Justiça. Ao mesmo tempo em que patrocinava a demolição das barracas o prefeito decidiu implantar os projetos desenvolvidos por empresa do setor imobiliário. Concomitante lançou 18 decretos de desapropriações de diversas áreas do município para viabilizar os projetos do “Salvador Capital Mundial”. Mais desapropirações mais Transcons na praça para alimentar negócios pouco claros.
Relata o repórter que diversas entidades civis questionam a interferência das empresas no planejamento urbano da cidade, o que deixaria o interesse público em segundo plano. Os 22 projetos do Capital Mundial foram feitos por empresas privadas. O de requalificação da Cidade Baixa, por exemplo, custou R$ 1,3 milhão à Fundação Baía Viva, controlada por Carlos Suarez, o ex-representante do “S” de OAS.
A TARDE revelou as ligações entre setor público e privado em fevereiro e a Baía Viva – entidade sem fins lucrativos que trabalha para imobiliárias – tomou de volta o projeto.
Na mesma edição do jornal o advogado dos barraqueiros, João Maia Filho, corrobora esta tese e “sustenta que a derrubada dos equipamentos e o novo projeto na orla fazem parte de uma estratégia de valorizar a área ao gosto das imobiliárias”. O advogado afirma que a prefeitura está fazendo “uma limpeza para elitizar o local”. Representantes de empresas imobiliárias confirmam o óbvio, ou seja, a chamada requalificação da orla irá valorizar os empreendimentos imobiliários da região. O presidente do Crea, ouvido pela reportagem defendeu a instalação do Conselho da Cidade para que haja o debate e a definição democrática dos projetos que interessam à cidade.
Na coluna Tempo Presente, o jornalista Levi Vasconcelos lembra que o Projeto Orla, do governo federal, vem sendo discutido e acatado em muitos estados da federação. As questões vem sendo resolvida na base do diálogo, através de audiências públicas com a presença de todos os envolvidos. Na Bahia o diálogo com os que mais precisam é uma palavra fora do vocabulário de JH. Por isso ele é um atraso para Salvador.
Na mesma edição do jornal o advogado dos barraqueiros, João Maia Filho, corrobora esta tese e “sustenta que a derrubada dos equipamentos e o novo projeto na orla fazem parte de uma estratégia de valorizar a área ao gosto das imobiliárias”. O advogado afirma que a prefeitura está fazendo “uma limpeza para elitizar o local”. Representantes de empresas imobiliárias confirmam o óbvio, ou seja, a chamada requalificação da orla irá valorizar os empreendimentos imobiliários da região. O presidente do Crea, ouvido pela reportagem defendeu a instalação do Conselho da Cidade para que haja o debate e a definição democrática dos projetos que interessam à cidade.
Na coluna Tempo Presente, o jornalista Levi Vasconcelos lembra que o Projeto Orla, do governo federal, vem sendo discutido e acatado em muitos estados da federação. As questões vem sendo resolvida na base do diálogo, através de audiências públicas com a presença de todos os envolvidos. Na Bahia o diálogo com os que mais precisam é uma palavra fora do vocabulário de JH. Por isso ele é um atraso para Salvador.
NOTÍCIAS
ResponderExcluirEmpreiteiras bancaram 39% dos custos de Wagner
02/11/2010 às 21:48
Vítor Rocha e João Pedro Pitombo, do A TARDE
Gildo Lima / Ag. A TARDE
Wagner teve a terceira campanha mais cara do País.
O governador Jaques Wagner pagou a maior parte de sua campanha de reeleição com doações de empreiteiras, entre elas as executoras das maiores obras públicas do Estado.
Da prestação de contas de R$ 26,2 milhões do petista, R$ 10,3 milhões tiveram origem em construtoras, de acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O maior doador pessoal é o GRILEIRO das terras da Av. PARALELA, Carlos Seabra Suarez, ao lado de sua ex-mulher Abigail Silva Suarez, com R$ 250 mil cada. Ele foi sócio da OAS e comanda negócios em áreas como energia e imobiliária.
Wagner teve a terceira campanha mais cara do País, dentre as 11 prestações de contas de governadores disponibilizadas pelo TSE até a tarde de terça-feira, 2.
Ficou atrás dos tucanos Antônio Anastasia (MG), R$ 38 milhões, e Geraldo Alckmin (SP), R$ 34,2 mi. Em quarto, estava Roseana Sarney (MA), que arrecadou R$ 24,4 milhões.
O secretário de Comunicação do governo, Robinson Almeida, disse que cabia ao coordenador-executivo da campanha, César Lisboa, comentar o assunto. Procurado pela reportagem na tarde desta terça-feira, Lisboa estava com o celular desligado.