Uma exposição gigante, com um conjunto de 19 peças de Carybé deve ser a parte mais relevante das homenagens para comemorar os 100 anos de nascimento de Hector Julio Páride Bernabó ou “Carybé”, o artista argentino que morou durante mais de cinquenta anos, e morreu, em Salvador, tornando a cidade ainda mais famosa no mundo por causa das pinturas que fez. A surpresa da exposição é que as obras ganham destaque em São Paulo, com mostra especial no Museu Afro Brasil, criado pelo artista baiano Emanoel Araújo. O artista plástico Justino Marinho, que também é baiano, é quem faz a curadoria adjunta para levar os painéis de Carybé para a grande mostra em São Paulo, considerada de nível internacional. Justino teve autorização da Fundação Clemente Mariani, proprietária das obras, para levar os painéis a São Paulo. Eles estão no “Museu Afro-Brasileiro de Salvador” e são embarcados esta semana. A exposição é inaugurada dia 28 integrando a programação do “Ano Internacional do Afro descendente”, no Brasil. São 19 painéis que seguem para São Paulo. Feitos em pranchas de cedro eles têm pintura, incrustações e entalhes para representar individualmente os orixás cultuados pelas religiões afro-brasileiras, com suas armas e animais litúrgicos. O conjunto tem uma história singular, pois foi feito sob encomenda do banqueiro Clemente Mariani, então dono do Banco da Bahia, e instalado em 1968 na agência da Avenida Sete de Setembro.
* Jornalista da Tribuna da Bahia
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