Duas semanas transcorridas e eu continuo no Carnaval, ainda hoje me surpreendi cantarolando no trânsito a música de Caetano : “Atrás do trio elétrico/Só não vai quem não pagou/Quem não comprou o abadá/Aprendeu, que é do outro lado/de dentro da corda, do lado/Que é lá do lado de lá”. Ritmo de frevo gostoso, alucinante, que nem a Vassourinha na magnífica interpretação de Morães Moreira; por um momento revi os velhos carnavais da Praça Castro Alves: “Varre, varre, varre a sujerinha/varre para baixo do tapete, escondidinha/Abriu alas e abriu trilhos pra depois passar/O metrô calça curta. Se um dia funcionar”. Como já disse continuo no Carnaval cantarolando as músicas que me remetem à folia, no banheiro, no carro, no escritório baixinho, na academia, também baixinho, para não incomodar.
Gosto do Carnaval da Bahia, mas também do Carnaval do Rio de Janeiro, me vejo lá nos versos de André Filho; imagino um mar de foliões, eu no meio, dedinhos apontados para cima cantando pelas ruas de Ipanema: “Cidade tão perigosa/Cheia de morros mil!/Cidade tão perigosa/Embromação de meu Brasil!”. Falei em dedinhos para cima e então lembrei dos braços para cima do Frevo Novo, da turma da mortalha no Clube de Engenharia da Rua Carlos Gomes: ”A praça Castro Alves é do bobo/como o céu é do avião/Malandrou afinou no roubo/todo mundo na praça/e muita gente sem graça no camburão/ Mete o cotovelo e vai abrindo o caminho/Puxe o seu cabelo, não deixe o guarda ver, roubar sozinho”.
Frevo é bom mas está meio fora de moda. Sou mais as marchinhas que também estão fora de moda, mas vez por outra um artista de renome embarca no rítmo rememorando os bailes de bairro e já ia lembrando de uma delas que faço questão de dividir com os leitores : “Este ano já vai ser, igual aquele que passou/eu me zanguei/Você também se zangou/Este ano ficou combinado/Nós vamos brincar separados”. Legal ! Mas sou mais a segunda parte da música: “Se acaso meu bloco/Atropelar o seu/Não tem problema/Aconteceu/São seis dias de folia e brincadeira/Você para lá e eu para cá/Até a quinta-feira”.
Marchinha que nada, nós temos o axê music. Ainda ontem, à noite, andando por Brotas lembrei da música de Daniela, soltando a voz do alto do trio, nos anos 90, não resisti e também soltei a minha dentro do carro para espanto dos outros motoristas, devo ter exagerado a julgar pelo risos maliciosos: “ “A cor dessa cidade/è breu/O canto dessa cidade/É léu”. Carnaval é mesmo motivo de alegria, toma conta de todos nossos sentidos,ficamos semanas a cantarolar as músicas que ouvimos na avenida. Uma delas, pagode de estimação, não me sai do pensamento : “Vou sim/Quero Sim/Posso sim/Minha mulher não manda em mim/Tó afim/Eu vou sair/Vou sim/Quero sim/ Tó afim/ Faço sim/Beijo sim/minha mulher não manda em mim /Eu vou curtir”.
*jornalista, publicitário e escritor.
Gosto do Carnaval da Bahia, mas também do Carnaval do Rio de Janeiro, me vejo lá nos versos de André Filho; imagino um mar de foliões, eu no meio, dedinhos apontados para cima cantando pelas ruas de Ipanema: “Cidade tão perigosa/Cheia de morros mil!/Cidade tão perigosa/Embromação de meu Brasil!”. Falei em dedinhos para cima e então lembrei dos braços para cima do Frevo Novo, da turma da mortalha no Clube de Engenharia da Rua Carlos Gomes: ”A praça Castro Alves é do bobo/como o céu é do avião/Malandrou afinou no roubo/todo mundo na praça/e muita gente sem graça no camburão/ Mete o cotovelo e vai abrindo o caminho/Puxe o seu cabelo, não deixe o guarda ver, roubar sozinho”.
Frevo é bom mas está meio fora de moda. Sou mais as marchinhas que também estão fora de moda, mas vez por outra um artista de renome embarca no rítmo rememorando os bailes de bairro e já ia lembrando de uma delas que faço questão de dividir com os leitores : “Este ano já vai ser, igual aquele que passou/eu me zanguei/Você também se zangou/Este ano ficou combinado/Nós vamos brincar separados”. Legal ! Mas sou mais a segunda parte da música: “Se acaso meu bloco/Atropelar o seu/Não tem problema/Aconteceu/São seis dias de folia e brincadeira/Você para lá e eu para cá/Até a quinta-feira”.
Marchinha que nada, nós temos o axê music. Ainda ontem, à noite, andando por Brotas lembrei da música de Daniela, soltando a voz do alto do trio, nos anos 90, não resisti e também soltei a minha dentro do carro para espanto dos outros motoristas, devo ter exagerado a julgar pelo risos maliciosos: “ “A cor dessa cidade/è breu/O canto dessa cidade/É léu”. Carnaval é mesmo motivo de alegria, toma conta de todos nossos sentidos,ficamos semanas a cantarolar as músicas que ouvimos na avenida. Uma delas, pagode de estimação, não me sai do pensamento : “Vou sim/Quero Sim/Posso sim/Minha mulher não manda em mim/Tó afim/Eu vou sair/Vou sim/Quero sim/ Tó afim/ Faço sim/Beijo sim/minha mulher não manda em mim /Eu vou curtir”.
*jornalista, publicitário e escritor.
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