CRESO AMORIM*
Há dias foi publicado o artigo intitulado "Porto de Salvador: rumo ao futuro", assinado pelo presidente do Sindicato de Operadores Portuários de Salvador e Aratu, apoiando a proposta da Codeba de aditivo ao contrato do terminal arrendado e construção de um berço público. Gostaria de fazer o contraponto à opinião manifestada, apenas sob dois aspectos.
Primeiro, é estranho que o presidente do sindicato de empresas operadoras portuárias, que deveria promover o fortalecimento de seu segmento econômico, esteja a defender uma solução que beneficia uma única operadora. Não existe justificativa para se prolongar mais esse monopólio no Porto de Salvador, em detrimento das demais operadoras baianas. A conduta monopolística da empresa escolhida pela Codeba há dez anos para explorar o terminal de contêiner tem custado caro, pela imposição de ineficiências econômicas (filas no terminal e no depósito de contêineres vazios ou cobrança de tarifas adicionais), cujos custos assumidos pelas transportadoras ou exportadoras, se constituem no "custo Bahia". Também efeito dessa ineficiência, se agrava a fuga de mais de 30% das cargas baianas do comércio exterior para portos de outros estados, que diminui o mercado para as empresas baianas de transporte.
Seria louvável que o presidente do sindicato de operadores defendesse o seu segmento, para fortalecer as outras empresas baianas e estimular a criação de novas.
O outro aspecto é quanto ao mérito da proposta da Codeba, que pouco acrescenta às necessidades da Bahia e premiaria uma arrendatária, que a rigor até já deveria ter o contrato rescindido, em razão da conduta monopolística.
Assim, propomos que a Codeba resolva definitivamente o problema de capacidade de movimentação de contêineres com visão ampla e harmônica que contemple a licitação, não apenas de mais um terminal de contêiner, mas de dois ou três novos, verdadeiros interesses para o desenvolvimento da economia baiana, que não pode ficar contingenciada a propostas diminutas. Ninguém quer um porto cujo rumo seja um futuro sombrio.
A Bahia precisa de progresso para todos.
*Creso Amorim é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Contêiner do Estado da Bahia
Há dias foi publicado o artigo intitulado "Porto de Salvador: rumo ao futuro", assinado pelo presidente do Sindicato de Operadores Portuários de Salvador e Aratu, apoiando a proposta da Codeba de aditivo ao contrato do terminal arrendado e construção de um berço público. Gostaria de fazer o contraponto à opinião manifestada, apenas sob dois aspectos.
Primeiro, é estranho que o presidente do sindicato de empresas operadoras portuárias, que deveria promover o fortalecimento de seu segmento econômico, esteja a defender uma solução que beneficia uma única operadora. Não existe justificativa para se prolongar mais esse monopólio no Porto de Salvador, em detrimento das demais operadoras baianas. A conduta monopolística da empresa escolhida pela Codeba há dez anos para explorar o terminal de contêiner tem custado caro, pela imposição de ineficiências econômicas (filas no terminal e no depósito de contêineres vazios ou cobrança de tarifas adicionais), cujos custos assumidos pelas transportadoras ou exportadoras, se constituem no "custo Bahia". Também efeito dessa ineficiência, se agrava a fuga de mais de 30% das cargas baianas do comércio exterior para portos de outros estados, que diminui o mercado para as empresas baianas de transporte.
Seria louvável que o presidente do sindicato de operadores defendesse o seu segmento, para fortalecer as outras empresas baianas e estimular a criação de novas.
O outro aspecto é quanto ao mérito da proposta da Codeba, que pouco acrescenta às necessidades da Bahia e premiaria uma arrendatária, que a rigor até já deveria ter o contrato rescindido, em razão da conduta monopolística.
Assim, propomos que a Codeba resolva definitivamente o problema de capacidade de movimentação de contêineres com visão ampla e harmônica que contemple a licitação, não apenas de mais um terminal de contêiner, mas de dois ou três novos, verdadeiros interesses para o desenvolvimento da economia baiana, que não pode ficar contingenciada a propostas diminutas. Ninguém quer um porto cujo rumo seja um futuro sombrio.
A Bahia precisa de progresso para todos.
*Creso Amorim é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Contêiner do Estado da Bahia
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