Osvaldo Campos Magalhães
A movimentação de cargas portuárias no Estado da Bahia em 2008 foi superior a 33 milhões de toneladas apresentando crescimento em relação a 2007. Tal resultado reflete o aumento da participação dos terminais portuários privados, visto que os portos públicos, administrados pela CODEBA apresentaram em 2008, forte retração.
Pela primeira vez na década, a movimentação de cargas conteinerizadas no porto de Salvador registrou queda, sendo ultrapassado pelo porto de Suape, que passa a liderar a movimentação deste tipo de cargas no Nordeste.
Para um porto com um perfil de cargas semelhante ao de Salvador, o crescimento na movimentação de contêineres é um importante indicativo do grau de vitalidade do porto. É preocupante desta forma que a movimentação de cargas conteinerizadas no Porto de Salvador, após experimentar um contínuo crescimento ao longo da década, tenha apresentado uma significativa retração em 2008, em contraste com os principais portos concorrentes que apresentaram expressivos crescimentos. No primeiro semestre de 2009, o porto vem apresentando grande retração na movimentação de cargas, reflexo também da crise financeira internacional que teve forte impacto sobre as exportações baianas.
Entre os diversos fatores que podem ser apontados para a perda de competitividade do Porto de Salvador em relação aos seus principais concorrentes destacam-se:
- Defasagem da infra-estrutura do porto - Profundidade e extensão dos berços de atracação não permitem a operação dos modernos navios introduzidos pelos principais armadores nas rotas comerciais que ligam o Brasil aos principais mercados; Deficiência dos acessos terrestres e falta de conexão intermodal; Falta de continuidade administrativa e excessiva dependência em relação ao governo federal; Movimentação de contêineres praticamente monopolizada por um único operador portuário sem a devida regulação por parte da Codeba e Antaq.
Apesar das excelentes vantagens comparativas naturais do Porto de Salvador, localizado numa das maiores baías de águas profundas e abrigadas do mundo, do baixo custo de manutenção da profundidade de seu canal de acesso e dos berços de atracação, o porto de Salvador se recente da falta de investimentos e da limitada dimensão de seu terminal de contêineres, já próximo de seu limite operacional.
Para que o porto volte à liderança no Norte e Nordeste do Brasil, se faz necessária a imediata ampliação do terminal de contêineres, a implantação de um moderno terminal de grãos e a construção de um novo terminal marítimo de passageiros.
Torna-se necessário também uma eficiente promoção comercial do porto, incrementos da produtividade nas operações e a melhoria das condições de trabalho com o aperfeiçoamento nas relações entre trabalhadores e empresários, fatores indispensáveis para a atração de novas linhas marítimas e de novos usuários importadores e exportadores de cargas.
Uma mais estreita ligação com a comunidade portuária da cidade se faz também necessária. Em portos como Antuérpia (Bélgica), Le Harvre (França) e Baltimore (USA), foi através do diálogo e de ações conjuntas envolvendo empresários, trabalhadores, associações empresarias e o poder público local, materializadas com a criação de Associações como a Aliança Portuária de Le Harvre, Comitê do Setor Privado do Porto de Baltimore, Associação de Promoção Portuária de Antuérpia e outras, que viabilizaram o crescimento e a competitividade destes portos e das regiões sobre suas influências.
Sugere-se para Salvador a criação de um fórum similar, envolvendo não apenas os usuários, como a Usuport, mas toda comunidade portuária da cidade, objetivando principalmente a promoção comercial do porto e Sua revitalização competitiva.
Este fórum, seria um importante instrumento catalisador de iniciativas, que poderia ter como meta transformar o porto de Salvador num centro de transporte integrado e plataforma logística para o comércio internacional, fornecendo uma gama de serviços comerciais e de transporte para seus usuários. A exemplo do porto de Barcelona, poderia se pensar em ampliar o porto com a continuidade dos aterros na ponta norte, e implantar uma Zona de Atividade Logística – ZAL, atraindo novos usuários e ampliando a oferta de serviços.
Neste ano em que Salvador comemorou 460 anos de fundação, não podemos esquecer que a origem da cidade está diretamente relacionada à existência de um porto natural nas águas abrigadas da Baía de Todos os Santos. A “cidade porto”, que até meados do século XIX, estava entre os maiores centros de comércio marítimo do hemisfério sul, desempenhou função decisiva no desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira, com importante papel de integração dentro das atividades mercantis do sistema capitalista internacional da época.
Num momento em que o índice de desemprego na região metropolitana de Salvador é o maior do Brasil entendo que deva ser priorizado o resgate da cidade enquanto centro comercial, portuário e de serviços, face às suas excelentes vantagens geoeconômicas.
Para isto, torna-se imprescindível, a união da comunidade local, em prol da revitalização e modernização da atividade portuária em Salvador.
A movimentação de cargas portuárias no Estado da Bahia em 2008 foi superior a 33 milhões de toneladas apresentando crescimento em relação a 2007. Tal resultado reflete o aumento da participação dos terminais portuários privados, visto que os portos públicos, administrados pela CODEBA apresentaram em 2008, forte retração.
Pela primeira vez na década, a movimentação de cargas conteinerizadas no porto de Salvador registrou queda, sendo ultrapassado pelo porto de Suape, que passa a liderar a movimentação deste tipo de cargas no Nordeste.
Para um porto com um perfil de cargas semelhante ao de Salvador, o crescimento na movimentação de contêineres é um importante indicativo do grau de vitalidade do porto. É preocupante desta forma que a movimentação de cargas conteinerizadas no Porto de Salvador, após experimentar um contínuo crescimento ao longo da década, tenha apresentado uma significativa retração em 2008, em contraste com os principais portos concorrentes que apresentaram expressivos crescimentos. No primeiro semestre de 2009, o porto vem apresentando grande retração na movimentação de cargas, reflexo também da crise financeira internacional que teve forte impacto sobre as exportações baianas.
Entre os diversos fatores que podem ser apontados para a perda de competitividade do Porto de Salvador em relação aos seus principais concorrentes destacam-se:
- Defasagem da infra-estrutura do porto - Profundidade e extensão dos berços de atracação não permitem a operação dos modernos navios introduzidos pelos principais armadores nas rotas comerciais que ligam o Brasil aos principais mercados; Deficiência dos acessos terrestres e falta de conexão intermodal; Falta de continuidade administrativa e excessiva dependência em relação ao governo federal; Movimentação de contêineres praticamente monopolizada por um único operador portuário sem a devida regulação por parte da Codeba e Antaq.
Apesar das excelentes vantagens comparativas naturais do Porto de Salvador, localizado numa das maiores baías de águas profundas e abrigadas do mundo, do baixo custo de manutenção da profundidade de seu canal de acesso e dos berços de atracação, o porto de Salvador se recente da falta de investimentos e da limitada dimensão de seu terminal de contêineres, já próximo de seu limite operacional.
Para que o porto volte à liderança no Norte e Nordeste do Brasil, se faz necessária a imediata ampliação do terminal de contêineres, a implantação de um moderno terminal de grãos e a construção de um novo terminal marítimo de passageiros.
Torna-se necessário também uma eficiente promoção comercial do porto, incrementos da produtividade nas operações e a melhoria das condições de trabalho com o aperfeiçoamento nas relações entre trabalhadores e empresários, fatores indispensáveis para a atração de novas linhas marítimas e de novos usuários importadores e exportadores de cargas.
Uma mais estreita ligação com a comunidade portuária da cidade se faz também necessária. Em portos como Antuérpia (Bélgica), Le Harvre (França) e Baltimore (USA), foi através do diálogo e de ações conjuntas envolvendo empresários, trabalhadores, associações empresarias e o poder público local, materializadas com a criação de Associações como a Aliança Portuária de Le Harvre, Comitê do Setor Privado do Porto de Baltimore, Associação de Promoção Portuária de Antuérpia e outras, que viabilizaram o crescimento e a competitividade destes portos e das regiões sobre suas influências.
Sugere-se para Salvador a criação de um fórum similar, envolvendo não apenas os usuários, como a Usuport, mas toda comunidade portuária da cidade, objetivando principalmente a promoção comercial do porto e Sua revitalização competitiva.
Este fórum, seria um importante instrumento catalisador de iniciativas, que poderia ter como meta transformar o porto de Salvador num centro de transporte integrado e plataforma logística para o comércio internacional, fornecendo uma gama de serviços comerciais e de transporte para seus usuários. A exemplo do porto de Barcelona, poderia se pensar em ampliar o porto com a continuidade dos aterros na ponta norte, e implantar uma Zona de Atividade Logística – ZAL, atraindo novos usuários e ampliando a oferta de serviços.
Neste ano em que Salvador comemorou 460 anos de fundação, não podemos esquecer que a origem da cidade está diretamente relacionada à existência de um porto natural nas águas abrigadas da Baía de Todos os Santos. A “cidade porto”, que até meados do século XIX, estava entre os maiores centros de comércio marítimo do hemisfério sul, desempenhou função decisiva no desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira, com importante papel de integração dentro das atividades mercantis do sistema capitalista internacional da época.
Num momento em que o índice de desemprego na região metropolitana de Salvador é o maior do Brasil entendo que deva ser priorizado o resgate da cidade enquanto centro comercial, portuário e de serviços, face às suas excelentes vantagens geoeconômicas.
Para isto, torna-se imprescindível, a união da comunidade local, em prol da revitalização e modernização da atividade portuária em Salvador.
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