Paixão Barbosa
A infindável construção do metrô de Salvador deveria entrar para o Livro dos Recordes (o Guiness Book) como a mais problemática obra já executada por um órgão público. Mais do que necessário para uma cidade que tem seu trânsito à beira do caos, ele foi iniciado com pelo menos trinta anos de atraso - caso os prefeitos da década de 60 e 70 tivessem se preocupado com planejamento a longo prazo, nós já deveríamos ter um sistema metroviário funcionando em Salvador há pelo menos 25 anos.
Depois, ele foi contratado para substituir o programa chamado VLT -Veículo Leve sobre Trilhos - que chegou a ser iniciado pelo ex-prefeito Mário Kertész (1985-1988) e que tinha um custo estimado em muitas vezes menos que o metrô. Ora, se o projeto do VLT já estava em andamento, com parte dos trilhos instalados, sistema de viadutos e passarelas parcialmente construído, porque simplesmente não lhe dar continuidade, em vez de começar do zero, com um custo muito mais alto e um projeto muito mais complexo?
Por fim, as disputas políticas ajudaram a atrasar a liberação das verbas e a situação chegou a tal ponto que se foi orbigado a dividir o que seria a primeira etapa - da Estação da Lapa a Pirajá - pela metade, resultando num metrô com cerca de seis quilômetros de extensão. Por fim, mas em paralelo com as questões políticas, vieram as paralisações forçadas pelos fiscais do Tribunal de Contas da União (TCU), em razão de irregularidades descobertas na gestão da obra.
O resultado é que a Prefeitura de Salvador está com um enorme mico nas mãos: um metrô que deve ser um dos mais curtos do mundo, se não for o menor, e com um grande vagão de problemas para resolver. E com o compromisso de ter um trecho pelo menos duas vezes maior pronto até a Copa de 2014.
Enquanto isto, os habitantes de Salvador penam nos engarrafamentos que só tendem a crescer.
Artigo publicado originalmente no Blog Cidadania
A infindável construção do metrô de Salvador deveria entrar para o Livro dos Recordes (o Guiness Book) como a mais problemática obra já executada por um órgão público. Mais do que necessário para uma cidade que tem seu trânsito à beira do caos, ele foi iniciado com pelo menos trinta anos de atraso - caso os prefeitos da década de 60 e 70 tivessem se preocupado com planejamento a longo prazo, nós já deveríamos ter um sistema metroviário funcionando em Salvador há pelo menos 25 anos.
Depois, ele foi contratado para substituir o programa chamado VLT -Veículo Leve sobre Trilhos - que chegou a ser iniciado pelo ex-prefeito Mário Kertész (1985-1988) e que tinha um custo estimado em muitas vezes menos que o metrô. Ora, se o projeto do VLT já estava em andamento, com parte dos trilhos instalados, sistema de viadutos e passarelas parcialmente construído, porque simplesmente não lhe dar continuidade, em vez de começar do zero, com um custo muito mais alto e um projeto muito mais complexo?
Por fim, as disputas políticas ajudaram a atrasar a liberação das verbas e a situação chegou a tal ponto que se foi orbigado a dividir o que seria a primeira etapa - da Estação da Lapa a Pirajá - pela metade, resultando num metrô com cerca de seis quilômetros de extensão. Por fim, mas em paralelo com as questões políticas, vieram as paralisações forçadas pelos fiscais do Tribunal de Contas da União (TCU), em razão de irregularidades descobertas na gestão da obra.
O resultado é que a Prefeitura de Salvador está com um enorme mico nas mãos: um metrô que deve ser um dos mais curtos do mundo, se não for o menor, e com um grande vagão de problemas para resolver. E com o compromisso de ter um trecho pelo menos duas vezes maior pronto até a Copa de 2014.
Enquanto isto, os habitantes de Salvador penam nos engarrafamentos que só tendem a crescer.
Artigo publicado originalmente no Blog Cidadania
Traçado original do metrô de Salvador
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