Foto de LUCIANO DA MATTA Agência A Tarde 14.1.2010
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História
A origem da festa, de acordo com os estudiosos, remonta aos tempos da escravidão. A devoção ao Senhor Bom Jesus do Bom Fim veio de Portugal com o capitão de mar e guerra Theodózio Rodriques de Farias, em 1754.
Salvo de uma tempestade em alto mar e agradecido pelo “milagre”, ele trouxe uma imagem de madeira do Bom Jesus do Bonfim semelhante a da Igreja de Setúbal (Portugal) e, na colina mais alta de Itapagipe, de frente pro mar, criou a irmandade e mandou construir o templo.
Naquela época, eram poucas as casas de veraneio localizadas naqueles sítios distantes do centro urbano de Salvador.
O capitão morreu em 1757 e o corpo está enterrado na própria Igreja do Senhor do Bonfim. Outro incremento às comemorações foi a decisão do Papa Pio VII de determinar a celebração da festa em ato público da Igreja Católica, em 1804. A partir de então romarias de devotos chegavam de diversas partes do estado para homenagear o Senhor da Colina.
Para a festa anual da igreja católica em devoção ao “milagroso padroeiro”, celebrada no terceiro domingo de janeiro, fazia-se necessário lavar o interior do templo, sacudir e arrumar os altares. Os senhores da irmandade organizavam a faxina, a lavagem literal do templo, na quinta-feira antes da festa dominical, trabalho geralmente feito por escravos e voluntários, que apanhavam água em fontes, bicas e ribeiras distantes e subiam a colina com potes e vasilhas d’água na cabeça, para a limpeza geral. Esse cortejo então se fazia com cantos festivos, às vezes em ioruba ou banto, e a festança foi cada ano atraindo mais e mais devotos que armavam suas barracas e festejavam o santo milagroso da Bahia com muita comilança, samba-de-roda e brincadeiras. Os mais abastados, em suas casas de veraneio próximas, recebiam os convidados em dias de celebrações, orações, danças, cantorias e muita comilança.
Com o passar do tempo e a popularização (profanação) da festa católica, as autoridades da Igreja trataram de fechar as portas do templo aos “exaltados festeiros”, mas a tradição e a alegria da “lavagem” foram mantidos e certas manifestações de devoção e fé preservadas.
A despeito das mudanças naturais dos tempos e das circunstâncias históricas, a Lavagem do Bonfim continua sendo uma bela e concorridíssima manifestação popular. É tida como a segunda maior festa do verão da Bahia, pela quantidade de gente, logo atrás do Carnaval. Na segunda-feira seguinte a folia continua na Ribeira, a poucos quilômetros, na beira mar. Era chamada de segunda-feira gorda, uma prévia do carnaval, muvuca de bebida, comida e muita roda de samba na metade do século passado. A festa da Ribeira emagreceu, mas alguma folia popular resiste, apesar da violência nas ruas do bairro.
A origem da festa, de acordo com os estudiosos, remonta aos tempos da escravidão. A devoção ao Senhor Bom Jesus do Bom Fim veio de Portugal com o capitão de mar e guerra Theodózio Rodriques de Farias, em 1754.
Salvo de uma tempestade em alto mar e agradecido pelo “milagre”, ele trouxe uma imagem de madeira do Bom Jesus do Bonfim semelhante a da Igreja de Setúbal (Portugal) e, na colina mais alta de Itapagipe, de frente pro mar, criou a irmandade e mandou construir o templo.
Naquela época, eram poucas as casas de veraneio localizadas naqueles sítios distantes do centro urbano de Salvador.
O capitão morreu em 1757 e o corpo está enterrado na própria Igreja do Senhor do Bonfim. Outro incremento às comemorações foi a decisão do Papa Pio VII de determinar a celebração da festa em ato público da Igreja Católica, em 1804. A partir de então romarias de devotos chegavam de diversas partes do estado para homenagear o Senhor da Colina.
Para a festa anual da igreja católica em devoção ao “milagroso padroeiro”, celebrada no terceiro domingo de janeiro, fazia-se necessário lavar o interior do templo, sacudir e arrumar os altares. Os senhores da irmandade organizavam a faxina, a lavagem literal do templo, na quinta-feira antes da festa dominical, trabalho geralmente feito por escravos e voluntários, que apanhavam água em fontes, bicas e ribeiras distantes e subiam a colina com potes e vasilhas d’água na cabeça, para a limpeza geral. Esse cortejo então se fazia com cantos festivos, às vezes em ioruba ou banto, e a festança foi cada ano atraindo mais e mais devotos que armavam suas barracas e festejavam o santo milagroso da Bahia com muita comilança, samba-de-roda e brincadeiras. Os mais abastados, em suas casas de veraneio próximas, recebiam os convidados em dias de celebrações, orações, danças, cantorias e muita comilança.
Com o passar do tempo e a popularização (profanação) da festa católica, as autoridades da Igreja trataram de fechar as portas do templo aos “exaltados festeiros”, mas a tradição e a alegria da “lavagem” foram mantidos e certas manifestações de devoção e fé preservadas.
A despeito das mudanças naturais dos tempos e das circunstâncias históricas, a Lavagem do Bonfim continua sendo uma bela e concorridíssima manifestação popular. É tida como a segunda maior festa do verão da Bahia, pela quantidade de gente, logo atrás do Carnaval. Na segunda-feira seguinte a folia continua na Ribeira, a poucos quilômetros, na beira mar. Era chamada de segunda-feira gorda, uma prévia do carnaval, muvuca de bebida, comida e muita roda de samba na metade do século passado. A festa da Ribeira emagreceu, mas alguma folia popular resiste, apesar da violência nas ruas do bairro.
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