A agressão gratuita do publicitário Nizan Guanaes ao “crooner” Bell Marques, da banda Chiclete com Banana, reativou a discussão em torno dos rumos tomado pelo nosso Carnaval.
O publicitário é obvio, quis transformar o cantor em símbolo de tudo de errado que desfila por nossas ruas e avenidas nos cinco dias da festa: “Esta indústria do axé, personificada em Bell do Chiclete, só destrói a Bahia. Ele não é um artista. É “crooner” careca. Tudo nele é mentira”.
É evidente que Bell não é a síntese das distorções que atualmente deformam a folia, que vão do empobrecimento do axé ao elitismo dos blocos, à violência, às ruas apertadas e ao excesso de interesses políticos e comerciais. O Carnaval de Salvador cumpre o destino imposto pelo trio elétrico, assim como o do Rio de Janeiro foi moldado pelas Escolas de Samba e o de Pernambuco pelo frevo. Cada um de acordo com sua herança cultural.
O Carnaval de Pernambuco, pautado pelo respeito às tradições e raízes populares, vai muito bem. Não consta que esteja à procura de novos caminhos. O do Rio segue em frente, dentro da sua fórmula Hollywoodiana de grandes e monumentais desfiles, preenchendo a um só tempo as expectativas carnavalescas do carioca e dos turistas. Quanto ao nosso, entrou em crise de identidade e está à procura de uma nova rota. Como não encontra, sai à caça de responsáveis por suas distorções. Daí acredito, a inusitada agressão de Nizan a Bell (o publicitário, logo em seguida se retratou).
O Carnaval gestado pelo trio elétrico é naturalmente, o responsável pela hipertrofia dos chamados blocos de trio e suas conseqüências nefastas, das quais a principal é a elitização da festa, com os altos preços cobrados pelos abadas e camarotes.
A solução seria a elaboração de um novo projeto que o traga à realidade. Há 60 anos, Osmar Macedo e Dodô, com seu trio, deram uma nova feição à festa, feição esta que, em decadência, perdura até hoje. Está faltando, tudo indica, criatividade e empenho para levar à avenida uma nova revolução
*Newton Sobral é jornalista
O publicitário é obvio, quis transformar o cantor em símbolo de tudo de errado que desfila por nossas ruas e avenidas nos cinco dias da festa: “Esta indústria do axé, personificada em Bell do Chiclete, só destrói a Bahia. Ele não é um artista. É “crooner” careca. Tudo nele é mentira”.
É evidente que Bell não é a síntese das distorções que atualmente deformam a folia, que vão do empobrecimento do axé ao elitismo dos blocos, à violência, às ruas apertadas e ao excesso de interesses políticos e comerciais. O Carnaval de Salvador cumpre o destino imposto pelo trio elétrico, assim como o do Rio de Janeiro foi moldado pelas Escolas de Samba e o de Pernambuco pelo frevo. Cada um de acordo com sua herança cultural.
O Carnaval de Pernambuco, pautado pelo respeito às tradições e raízes populares, vai muito bem. Não consta que esteja à procura de novos caminhos. O do Rio segue em frente, dentro da sua fórmula Hollywoodiana de grandes e monumentais desfiles, preenchendo a um só tempo as expectativas carnavalescas do carioca e dos turistas. Quanto ao nosso, entrou em crise de identidade e está à procura de uma nova rota. Como não encontra, sai à caça de responsáveis por suas distorções. Daí acredito, a inusitada agressão de Nizan a Bell (o publicitário, logo em seguida se retratou).
O Carnaval gestado pelo trio elétrico é naturalmente, o responsável pela hipertrofia dos chamados blocos de trio e suas conseqüências nefastas, das quais a principal é a elitização da festa, com os altos preços cobrados pelos abadas e camarotes.
A solução seria a elaboração de um novo projeto que o traga à realidade. Há 60 anos, Osmar Macedo e Dodô, com seu trio, deram uma nova feição à festa, feição esta que, em decadência, perdura até hoje. Está faltando, tudo indica, criatividade e empenho para levar à avenida uma nova revolução
*Newton Sobral é jornalista
Artigo publicado originalmente no jornal A Tarde. p3- 28/01/2010
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