João Henrique Carneiro*
Com mais de três milhões de habitantes e vocação natural para atrair turista, Salvador movimenta uma gigantesca máquina de serviços de demanda urbana e metropolitana imprescindível para seu pleno funcionamento e para assegurar o bem-estar da população. Essa gigantesca máquina social necessita de regras, deveres, direitos e ordenamento para que funcione da melhor maneira possível para todos.
De outra forma, sem os códigos de conduta, a vida seria quase que impraticável. Uma espécie de salve-se quem puder ou, como se diz, “quem tem unhas grandes sobe na parede”.Ressalto essas premissas para deixar bem evidente que, sem a compreensão, o bom senso e a responsabilidade de cada um, todos sofreriam e o convívio social seria impossível .
Todos temos na consciência a necessidade do respeito à cidadania e aos direitos do próximo. Nosso dever como prefeito, chefe do Poder Executivo, é garantir que a cidade funcione na sua plenitude e que todos os cidadãos tenham condições dignas de acessibilidade. Não seria justo permitir privilégios a determinados grupos, em detrimento de outros. E não seria salutar permitir situações que dificultem a plena fluidez da cidade que ganha, pela migração, 60 mil novos moradores/ano, segundo o IBGE.
Diante disso, quero deixar bem claro que não recuaremos em hipótese alguma na nossa determinação em aplicar o decreto que delimita e regula as operações de carga e descarga na cidade. Esse ordenamento é necessário para Salvador.
Outras metrópoles brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, há anos, ordenam a carga e descarga, e seus gestores e população têm consciência de que se não fosse assim, seria o caos.
É inconcebível que as principais avenidas e ruas da cidade fiquem à mercê da vontade de pessoas que se acham no direito de movimentar mercadorias a qualquer hora do dia ou da noite, sem se importar com os danos que provocam na malha de acessibilidade da cidade, com a velocidade média/hora dos veículos sensivelmente reduzida a cada ano.
Não estamos sendo contrários a qualquer das categorias de trabalhadores ou do empresariado quando publicamos o decreto que regulamenta tais operações. Ao contrário, estamos sendo a favor da população como um todo. Trabalhadores, empresários, autônomos, estudantes, homens, idosos, mulheres e crianças sofrem com os congestionamentos no trânsito.E isso vem sendo constantemente agravado por ações como as de carga ou descarga em horários dos mais inconvenientes.
É nítido o grande problema que tais operações causam se não tiverem planejamento e não obedecerem a determinados horários. Salvador tem frota de 700 mil veículos e ganha uma média de 4 mil veículos/mês, além dos que vêm da RMS diariamente.
Temos vias estreitas, impossíveis de ser alargadas, e, se não buscarmos soluções para torná-las transitáveis, estaremos fugindo à nossa responsabilidade e contribuindo para que a cidade se estagne dentro de um imenso congestionamento.
O decreto que regula tais operações vem de encontro a questão de grande apelo da população de Salvador que é a de torná-la melhor transitável. Sabemos da importância de todos os segmentos da sociedade, mas não podemos ficar de braços cruzados, permitindo que supostos “donos da rua” tomem conta daquilo que é público, exerçam as suas próprias lógicas nefastas e os milhões de habitantes sofram com a falta de bom senso dos que só pensam nos seus lucros. A cidade é um organismo vivo, sensível e interativo. Se queremos morar numa cidade grande, temos que pensar grande. Neste caso, têm-se ônus e bônus urbanos.
Cumprir um decreto disciplinador da ordem social não é uma obrigação, é uma gentileza urbana, numa cidade onde muito predominou o estilo predatório de sobrevivência egoísta.
Estamos sempre abertos ao diálogo, ao entendimento e à procura de soluções que sejam boas para todos. Não podemos adotar soluções boas para poucos, em detrimento do bem-estar de milhões de habitantes. Salvador não é e nunca será uma cidade menor. Já nasceu grande como capital e como metrópole internacional.
Com mais de três milhões de habitantes e vocação natural para atrair turista, Salvador movimenta uma gigantesca máquina de serviços de demanda urbana e metropolitana imprescindível para seu pleno funcionamento e para assegurar o bem-estar da população. Essa gigantesca máquina social necessita de regras, deveres, direitos e ordenamento para que funcione da melhor maneira possível para todos.
De outra forma, sem os códigos de conduta, a vida seria quase que impraticável. Uma espécie de salve-se quem puder ou, como se diz, “quem tem unhas grandes sobe na parede”.Ressalto essas premissas para deixar bem evidente que, sem a compreensão, o bom senso e a responsabilidade de cada um, todos sofreriam e o convívio social seria impossível .
Todos temos na consciência a necessidade do respeito à cidadania e aos direitos do próximo. Nosso dever como prefeito, chefe do Poder Executivo, é garantir que a cidade funcione na sua plenitude e que todos os cidadãos tenham condições dignas de acessibilidade. Não seria justo permitir privilégios a determinados grupos, em detrimento de outros. E não seria salutar permitir situações que dificultem a plena fluidez da cidade que ganha, pela migração, 60 mil novos moradores/ano, segundo o IBGE.
Diante disso, quero deixar bem claro que não recuaremos em hipótese alguma na nossa determinação em aplicar o decreto que delimita e regula as operações de carga e descarga na cidade. Esse ordenamento é necessário para Salvador.
Outras metrópoles brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, há anos, ordenam a carga e descarga, e seus gestores e população têm consciência de que se não fosse assim, seria o caos.
É inconcebível que as principais avenidas e ruas da cidade fiquem à mercê da vontade de pessoas que se acham no direito de movimentar mercadorias a qualquer hora do dia ou da noite, sem se importar com os danos que provocam na malha de acessibilidade da cidade, com a velocidade média/hora dos veículos sensivelmente reduzida a cada ano.
Não estamos sendo contrários a qualquer das categorias de trabalhadores ou do empresariado quando publicamos o decreto que regulamenta tais operações. Ao contrário, estamos sendo a favor da população como um todo. Trabalhadores, empresários, autônomos, estudantes, homens, idosos, mulheres e crianças sofrem com os congestionamentos no trânsito.E isso vem sendo constantemente agravado por ações como as de carga ou descarga em horários dos mais inconvenientes.
É nítido o grande problema que tais operações causam se não tiverem planejamento e não obedecerem a determinados horários. Salvador tem frota de 700 mil veículos e ganha uma média de 4 mil veículos/mês, além dos que vêm da RMS diariamente.
Temos vias estreitas, impossíveis de ser alargadas, e, se não buscarmos soluções para torná-las transitáveis, estaremos fugindo à nossa responsabilidade e contribuindo para que a cidade se estagne dentro de um imenso congestionamento.
O decreto que regula tais operações vem de encontro a questão de grande apelo da população de Salvador que é a de torná-la melhor transitável. Sabemos da importância de todos os segmentos da sociedade, mas não podemos ficar de braços cruzados, permitindo que supostos “donos da rua” tomem conta daquilo que é público, exerçam as suas próprias lógicas nefastas e os milhões de habitantes sofram com a falta de bom senso dos que só pensam nos seus lucros. A cidade é um organismo vivo, sensível e interativo. Se queremos morar numa cidade grande, temos que pensar grande. Neste caso, têm-se ônus e bônus urbanos.
Cumprir um decreto disciplinador da ordem social não é uma obrigação, é uma gentileza urbana, numa cidade onde muito predominou o estilo predatório de sobrevivência egoísta.
Estamos sempre abertos ao diálogo, ao entendimento e à procura de soluções que sejam boas para todos. Não podemos adotar soluções boas para poucos, em detrimento do bem-estar de milhões de habitantes. Salvador não é e nunca será uma cidade menor. Já nasceu grande como capital e como metrópole internacional.
* Economista, é prefeito de Salvador
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