quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Viva Kirimurê

Vicente Antonio*

Que cenário ideal de se falar e pensar a cidade da Bahia, a capital da Bahia, Salvador, envolta em uma massa de oceano e mar, ao lado DO TRÊS MARIAS ícone  deste museu e pedra  fundamental da epopeia  das navegações oceânicas do navegador moderno Aleixo Belov. Aqui, vindo de longe chegou primeiro Américo Vespúcio em 1501, como cartógrafo da expedição de Gaspar Lemos descobrindo Kirimurê, na linguagem Tupinambá e relatando ao Rei D Manuel I, o Venturoso,  que é aqui que deve começar  o Brasil, o novo Mundo e 48 anos depois chega Tomé de Souza para fundar esta encantadora cidade que hoje em pleno século 21,  teima em se modernizar, continuando  humana, atraindo navegadores de mar e das artes de todas as partes do mundo. O navegador florentino Vespúcio veio descobrir Kirimurê, Aleixo Belov, saindo de Kirimurê  fez viagens transatlânticas que deixariam Colombo, Vespúcio e Cabral abismados. A rota  da segunda viagem em solitário é impressionante. Sai de Salvador, rumo norte, atravessa o canal do Panamá,  cruza o pacífico,  chega à Austrália, passando por Galápagos, Tahiti, daí ruma para a Índia, sobe o mar Vermelho, atravessa o Canal de Suez, chega ao Mediterrâneo, faz uma estada em Chipre, para em Busca das Raízes, ir de avião à Moscou, depois a Karcov na Ucrania, matar a saudade de sua aldeia rural MEREFA, a 40 km  de trem de Karcov. Pisou no chão pela 1ª vez de sua terra natal, que havia saído com sete meses há 44 anos atrás(1987). Depois de 53 dias em terra pega de volta o TRES MARIAS  navegando pelo mediterrâneo, estreito de Gilbraltar e finalmente o destino ansioso do BRASIL, Rio de Janeiro e finalmente Salvador, KIRIMURÊ. 

O historiador, ensaista literário, biógrafo e urbanista utópico, Lourenço Mueller, narra em crônicas curtas e abrangentes tudo o que pôde falar de Kirimurê, da cidade da Bahia (Salvador), do Comandante Belov e de si mesmo. 

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“São 145 páginas divididas em duas partes. A primeira é composta por 26 capítulos que transportam o leitor para um universo repleto de peculiaridades, como o "baianês", a música, a culinária, a capoeira e a arquitetura colonial e barroca do Brasil. A segunda parte é um ensaio futurístico com reflexões filosóficas, proporcionando uma experiência literária rica e abrangente” - Lourenço Mueller.
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*Vicente Antonio - vindo do Cariri paraibano, onde o mar virou sertão,  aqui se fixou, neste promontório historico fortificado, banhando-se cotidianamente em Kirimurê.

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