sábado, 7 de julho de 2012

João Henrique e Imbassahy elevam o tom do debate


Os textos publicados por A Tarde, na quinta (5) e sexta (6), indicam o que vem por aí nesta animada discussão. Imbassahy começou apontando o descaso com a saúde e o risco de comprometimento dos serviços públicos prestados por instituições como Aristides Maltez, Martagão Gesteira e Obras Assistenciais de Irmã Dulce.A sucessão municipal em Salvador possui todos os elementos necessários para compor uma disputa acirrada. E já começa em tom elevado. O ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB) escreveu e publicou artigo, intitulado “O custo da irresponsabilidade”, com críticas à atual administração e evidências do distanciamento que pretende manter do prefeito João Henrique durante a campanha. No dia seguinte, foi a vez de o prefeito João Henrique (PP) defender a sua administração e queixar-se da desarrumação que encontrou na prefeitura em 2005.
O deputado tucano se referiu também à falta de mobilidade urbana: trânsito caótico e sem perspectiva de solução; ruas sujas, praças malcuidadas etc.
Imbassahy citou a inexperiência administrativa do prefeito João Henrique e o mau uso do dinheiro público: “As despesas totais cresceram de forma superior ao verificado em relação às receitas, resultando em sério desequilíbrio nas finanças do município”.  
O ex-prefeito Antonio Imbassahy mostrou, então, que o desequilíbrio financeiro foi diagnosticado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que desaprovou as contas do prefeito João Henrique relativas a 2009 e 2010.
Em seguida, o tucano aponta as razões do parecer dado pelo TCM. Aumento da contratação de mão-de-obra terceirizada; irregularidades em processos licitatórios e descumprimento da obrigação constitucional da aplicação mínima de recursos em saúde e educação.
Ao final, Imbassahy acusa João Henrique de promover “gestos de apoio político para Deus e o diabo na tentativa de obter a aprovação de suas contas”, pela Câmara de Vereadores.
Reação imediata - O direito de resposta foi exercido de imediato. O prefeito João Henrique reagiu, escrevendo o artigo intitulado “Os benefícios da responsabilidade”, no qual garante que em seu governo a iluminação, a coleta de lixo, o transporte e todos os serviços municipais têm a mesma qualidade para todos os cidadãos.
E atacou o governo anterior – de Antonio Imbassahy – dizendo que encontrou um ‘cenário caótico’, com a prefeitura endividada e sem autonomia, funcionando como uma secretaria do Estado.
“O governo passado não se preocupou com a educação que hoje tem matrícula informatizada, merenda de primeiro mundo, professores e alunos premiados, curso de informática e se tornou exemplo nacional”, escreveu João.
Ele prosseguiu, dizendo que hoje as contas municipais estão equilibradas, há autonomia financeira e administrativa e que o próximo prefeito encontrará a prefeitura bem diferente da realidade caótica que encontrou.
“Haverá dinheiro em caixa e terá à disposição uma gama de projetos estruturantes prontos e voltados para solucionar o grave problema que atormenta os grandes centros: mobilidade urbana”.
Finalmente, o prefeito João Henrique diz que seu governo não registrou nada igual à Revolta do Buzu, fato que mostrou “total falta de preparo” do governo de Imbassahy.
João Henrique e Imbassahy desta forma sinalizaram o tom que ambos almejam que domine os debates ao longo da campanha eleitoral que se inicia: duras críticas e respostas imediatas.

Um comentário:

  1. Cheguei a conhecer os bondes em Salvador dirigidos por motorneiros. Lembro-me também dos ônibus elétricos, que andavam sob fios, principalmente na Cidade Baixa. Vá em frente com a sua bela campanha.

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