O primeiro contato
com o Brasil
Em agosto de 1501 as 03 caravelas da esquadra ancoram na Praia de Marcos, litoral do atual Rio Grande do Norte. O primeiro contato dos marujos com os nativos do Brasil aconteceu somente após o primeiro dia já em terra firme. Contato este que, na verdade, foi desprezado por parte dos nativos que ignoraram todas as quinquilharias, oferecidas pelos homens de Gonçalo Coelho.
A antropofagia dos
nativos brasileiros
Gonçalo Coelho concordou em deixar dois cristãos de sua esquadra ir averiguar os nativos por um prazo de 05 dias, visto que não houve uma recepção muito amistosa por parte dos nativos, passados estes dias, exatamente ao 6º dia os cristãos haviam desaparecidos, a esquadra estava prestes a deixar o litoral, Coelho e Vespúcio junto de alguns marujos decidem procurar saber o que houve, foi quando apareceram várias mulheres nativas, sendo que uma delas golpeou um dos homens da esquadra na cabeça, enquanto outras atacaram o restante com flechas.
Dois disparos foram dados pelos homens de Gonçalo, com intuito de eliminar o ataque, os nativos correram para um monte alto, levando arrastado um dos marujos, os viajantes seguiram-nos e depararam com um cenário de impacto, o marujo capturado estava em pedaços, parte de seu corpo estava sendo cozinhado em um tipo de caldeirão grande, e outras partes do corpo já sendo mastigadas pelos nativos. O destino dos outros dois cristãos desaparecidos, com certeza fora o mesmo.
Diante de tais acontecimentos, Vespúcio narra em sua carta denominada Lettera, o primeiro caso de antropofagia dos nativos da América, incluindo os europeus como vítimas. Tal registro ganhou estrondoso sucesso de publicação, pois esta carta fora enviada a seu amigo Piero Soderini, um dos principais mandatários de Florença. Os comandantes ficaram indignados com os acontecimentos, mas Gonçalo Coelho achou melhor zarpar imediatamente do local, contornando o litoral do Brasil.
Vespúcio atribui nomes ao
litoral brasileiro por onde passou
Munidos de um calendário Litúrgico, começaram a batizar os lugares onde atracavam, com nome de santos do respectivo dia em cada lugar diferente, como por exemplo, em 28 de agosto com a vista do Cabo de Santo Agostinho, em 01 de novembro de 1501 à baía, denominada Baia de Todos os Santos. A região era chamada pelos tupinambás que habitavam no entorno da baía, chamada por eles de KIRIMURÊ, que significa “grande mar interior”.
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