A “Linha Viva” , orçada em cerca de R$ 1,5 bilhão terá seu edital publicado nos próximos dias pela Prefeitura Municipal de Salvador. Sua construção será em regime de Parceria Público-Privada (em regime de concessão comum), pelo prazo de 35 anos, considerando sua implantação, operação e exploração econômica. Após o lançamento do edital, os interessados têm 45 dias para elaborar as propostas em uma concessão de 35 anos. A expectativa é de que as obras durem quatro anos. Segundo o prefeito Antonio Carlos Magalhaes Neto,
"É uma obra fundamental para a cidade, que está estrangulada. Precisamos de obras para facilitar a mobilidade e tirar Salvador do caos". A previsão é de que comporte 160 mil veículo por dia, o que corresponderia a cerca de 40% do trânsito da Paralela. A proposta da Linha Viva é uma via expressa pedagiada, que deverá ligar a Rótula do Abacaxi à CIA-Aeroporto, com extensão de 17,70 km de pista dupla, exclusiva apenas para carros de passeio (nem transporte coletivo, nem bicicleta poderão circular), com três faixas de tráfego por sentido, 10 conexões com o sistema viário existente (viadutos, alças e rampas que conectam a Linha Viva com a Av. Paralela) e 20 ligações viárias simples (viadutos). A via deverá utilizar a faixa de domínio da CHESF, utilizando uma extensa reserva de área da cidade, sendo que a poligonal básica de implantação, segundo decreto de declaração de área de interesse público é de 4,64 milhões m2. Ou seja, 464 hectares serão mobilizados para uma solução de mobilidade privatizada e de modal unicamente rodoviário. O projeto da via atravessa áreas como Saramandaia e Pernambués, desalojando parte da população que reside nestes bairros há cerca de 30 anos. O projeto atravessa também áreas de proteção ambiental, como a represa do Cascão, com 200 hectares de vegetação nativa sob tutela do 19º Batalhão de Caçadores do Exército (19 BC). O Projeto Básico de Engenharia Viária, e os Estudos de Impacto Ambiental (EIARIMA) foram elaborados pela mesma empresa (TTC Engenharia).Dentre as principais reclamações contra o projeto, está a desapropriação dos imóveis. Com relação a isto, téicos da PMS tem afirmado que a a´rea a ser utilizada pela Linha Viva é pública e que os moradores ocuparam ilegalmente, sendo inclusive uma área de riscoembaixo da linha de transmissão da Chesf, de 220 mil volts. oradores deverão ser realocados para lugares próximos".
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