quinta-feira, 30 de abril de 2015

Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães será privatizado e duplicado


 O Ministro Eliseu Padilha anunciou ontem que somente três aeroportos serão privatizados na nova rodada de concessões públicas a ser anunciada pela Presidência da República. Serão privatizados os aeroportos de Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. Para Salvador, um novo projeto de duplicação do Aeroporto Luís Eduardo Magalhães encontra-se em fase de estudos e adequações na INFRAERO.  
Embora tenha deixado claro que a estatal terá participação menor nas próximas concessões – ficou com 49% da sociedade nas duas rodadas anteriores –, Padilha não detalhou qual será o limite.
Na avaliação do ministro, uma vez que o próximo leilão seja anunciado, haverá um prazo de 360 a 420 dias para a assinatura do contrato. Padilha descartou a licitação em 2015 e lembrou que haverá a necessidade de lançamento de um procedimento de manifestação de interesse (PMI) para a realização dos estudos de viabilidade técnica e econômica. São esses estudos que definem questões como o volume de investimentos exigidos, o valor mínimo de outorga e a duração dos contratos de concessão.
Atualmente, o aeroporto ocupa uma área de 5,7 milhões de m². Com a duplicação passará a dispor de praticamente o dobro com 10 milhões de m². O Ministro admitiu que a não obtenção do licenciamento ambiental para a construcao da nova pista em 2009, “decorreu do entendimento do Inema-Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (à época era o IMA) de que a pista velha teria possibilidade de ampliação, o que tornava injustificável a construção de uma nova pista, à época”.
Para Eliseu Padilha  somente uma nova pista permitirá pousos e decolagens simultâneos e a ampliação do terminal de passageiros. A pista tem extensão prevista em 2,4 quilômetros. Portanto, tendo como perspectiva o ano de 2039.
“Efetivada a duplicação, o aeroporto de Salvador terá capacidade para operar um movimento de até 42 milhões de passageiros por ano." afirmou o Ministro.
 Em 2014 a movimentação alcançou 9,1 milhões, compreendendo um acréscimo de 6,5% em relação ao ano anterior.
Nova pista
Embora conste do Plano Diretor do Aeroporto, elaborado em 1981, a construção da terceira pista para pouso e decolagem de grandes aeronaves em Salvador é fonte de polêmica desde 2009. O projeto previa, então, a utilização de cerca de 80% da Área de Preservação Ambiental Lagoas e Dunas do Abaeté. Os ambientalistas chegaram  a questionar a obra, à época, como “mais um crime ambiental anunciado que envergonha a Bahia”.
Segundo o documento divulgado no período pela Unidunas, “a ampliação do Aeroporto de Salvador extinguiria a quase totalidade do manancial do Abaeté, aterraria 15 lagoas, erradicaria espécies em risco de extinção, além de centenas de espécies vegetais raras, como orquídeas que só acontecem naquele ecossistema."
A construção da segunda pista é estratégica para consolidar Salvador como Hub-aeroportuário do Nordeste e evitaria a construção de um novo terminal na Região Metropolitana, o que provocaria um impacto ambiental muito maior.
A primeira tentativa de construção da segunda pista ocorreu quando o baiano Sérgio Gaudenzi presidiu a INFRAERO, no segundo mandato do governo do presidente Lula. (Ver nota abaixo publicada no Correio da Bahia em 11/02/2008)
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* Confirmada pela Infraero a ampiação do aeroporto de Salvador
Correio da Bahia 11/02/2008


O Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães vai ganhar uma nova pista de pouso e decolagem com 2.400 metros de extensão. De acordo com o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi(foto), a nova pista vai custar R$ 150 milhões.
As obras estão previstas para terminar até 2010. A nova pista vai substituir a auxiliar, que tem 1.500 metros e deve ser desativada. Com isso, o número de operações de pousos de decolagens deve atingir a capacidade máxima de 59 vôos por hora, 17 a mais do que acontece atualmente.
A construção de uma nova pista e a desativação da auxiliar vai possibilitar também a ampliação do terminal, pois o aeroporto em 2007 já atingiu a sua capacidade máxima de 6 milhões de passageiros.

Outra obra muito importante que já está em fase inicial é o complexo viário Dois de Julho, onde serão constrídos quatro grandes viadutos que facilitarão o acesso ao terminal aeroportuário, acabando de vez com os constantes engarrafamentos na região.


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Linha Viva terá edital lançado

A “Linha Viva” , orçada em cerca de R$ 1,5 bilhão terá seu edital publicado nos próximos dias pela Prefeitura Municipal de Salvador. Sua construção será em regime de Parceria Público-Privada (em regime de concessão comum), pelo prazo de 35 anos, considerando sua implantação, operação e exploração econômica. Após o lançamento do edital, os interessados têm 45 dias para elaborar as propostas em uma concessão de 35 anos. A expectativa é de que as obras durem quatro anos. Segundo o prefeito Antonio Carlos Magalhaes Neto, 
"É uma obra fundamental para a cidade, que está estrangulada. Precisamos de obras para facilitar a mobilidade e tirar Salvador do caos". A previsão é de que comporte 160 mil veículo por dia, o que corresponderia a cerca de 40% do trânsito da Paralela. A proposta da Linha Viva é uma via expressa pedagiada, que deverá ligar a Rótula do Abacaxi à CIA-Aeroporto, com extensão de 17,70 km de pista dupla, exclusiva apenas para carros de passeio (nem transporte coletivo, nem bicicleta poderão circular), com três faixas de tráfego por sentido, 10 conexões com o sistema viário existente (viadutos, alças e rampas que conectam a Linha Viva com a Av. Paralela) e 20 ligações viárias simples (viadutos). A via deverá utilizar a faixa de domínio da CHESF, utilizando uma extensa reserva de área da cidade, sendo que a poligonal básica de implantação, segundo decreto de declaração de área de interesse público é de 4,64 milhões m2. Ou seja, 464 hectares serão mobilizados para uma solução de mobilidade privatizada e de modal unicamente rodoviário. O projeto da via atravessa áreas como Saramandaia e Pernambués, desalojando parte da população que reside nestes bairros há cerca de 30 anos. O projeto atravessa também áreas de proteção ambiental, como a represa do Cascão, com 200 hectares de vegetação nativa sob tutela do 19º Batalhão de Caçadores do Exército (19 BC). O Projeto Básico de Engenharia Viária, e os Estudos de Impacto Ambiental (EIARIMA) foram elaborados pela mesma empresa (TTC Engenharia).Dentre as principais reclamações contra o projeto, está a desapropriação dos imóveis. Com relação a isto, téicos da PMS tem afirmado que a a´rea a ser utilizada pela Linha Viva é pública e que os moradores ocuparam ilegalmente, sendo inclusive uma área de riscoembaixo da linha de transmissão da Chesf, de 220 mil volts. oradores deverão ser realocados para lugares próximos".