tag:blogger.com,1999:blog-44632321784842663322024-03-13T06:03:17.136-04:00Pensando Salvador do FuturoA cidade, seus projetos, suas histórias e os personagens.Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.comBlogger974125tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-22327101694126326812024-02-21T17:14:00.007-04:002024-02-21T17:51:06.083-04:00Vi esta cidade crescer<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiuJ24Z9c_-LkhpdB1n-0eWtp86Wm9GkCX1pV0OsueZ6ccNA9BkPpKuNIw1L7ThtRIJa1yvoxx1io-2rGdupBu1PEirfNXU4jpxhGG4GYah_QMwPH8gcLlKZtERO7QeJrt-Usfv-iV9CMlSR61Q-2fX6pSynsGTGJL9VCmN4D98wHzDHo1EhiJzSfDP2o/s547/IMG_4759.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="547" data-original-width="333" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiuJ24Z9c_-LkhpdB1n-0eWtp86Wm9GkCX1pV0OsueZ6ccNA9BkPpKuNIw1L7ThtRIJa1yvoxx1io-2rGdupBu1PEirfNXU4jpxhGG4GYah_QMwPH8gcLlKZtERO7QeJrt-Usfv-iV9CMlSR61Q-2fX6pSynsGTGJL9VCmN4D98wHzDHo1EhiJzSfDP2o/w244-h400/IMG_4759.jpeg" width="244" /></a></div><b><br />Almir Santos*</b><div><div>Na minha primeira Geografia Atlas, da Editora FTD, Salvador tinha pouco mais de 300 mil habitantes.</div><div>Sou do tempo dos bondes que se arrastavam, lentamente, pelas poucas linhas que existiam. Menos de 40.</div><div>Pavimentação, geralmente, a paralelepípedos ou pedras irregulares, também chamadas cabeça de nego, era privilégio de poucos bairros, como: Barra, Barra Avenida, Graça, Canela, Campo Grande, Tororó, Nazaré, Barris. Santo Antônio, Barbalho, Soledade, Lapinha Campo Santo.</div><div>Nesses bairros, a linha férrea dos bondes era implantada em ruas pavimentadas ou calçadas, como se dizia antigamente. Asfalto era uma coisa rara.</div><div>As demais as linhas, implantadas em leito natural, eram muito irregulares e causavam muitos acidentes.</div><div>As linhas que utilizava para ir à escola para o lazer 14-Rio Vermelho, 16-Amaralina e 36-Segundo Arco só tinham pavimento até a Avenida Leovigildo Filgueiras, Garcia. O resto era quase tudo sobre a terra.</div><div>Algumas, entretanto, tinham pequenos trechos sem pavimentação como 18-Ribeira, 19-Ribeira, 20-Ribeira via Caminho de Areia e Brotas.</div><div>Era um transporte folclórico. Os passageiros, condutores e motorneiros se conheciam pelo nome.</div><div>Os pontos de parada eram próximos. Basta dizer que no centro da cidade havia pontos no Terreiro de Jesus, Circular (hoje Coelba), Belvedere, Praça Municipal, Rua Chile, Largo do Teatro (Praça Castro Alves) São Bento etc.</div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSwnRNP7714ja0WVyyfi8zoLFN1pw2cNE_iWrj_IQ7Mz1uxwOmtCqjm-3oXHS0MbIZ6GnWwGHm4ql09aUPWo7XPqqpAEdtpkewtj2Y9_5sYhzFKXrYNTAgLJuRJE6sg9NtAvvUVpacowsS-GoMG-oW-xo2ohAFm2h0EVxR2qj-FNj6h1xjs87TGoFKQQs/s722/IMG_4760.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="722" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSwnRNP7714ja0WVyyfi8zoLFN1pw2cNE_iWrj_IQ7Mz1uxwOmtCqjm-3oXHS0MbIZ6GnWwGHm4ql09aUPWo7XPqqpAEdtpkewtj2Y9_5sYhzFKXrYNTAgLJuRJE6sg9NtAvvUVpacowsS-GoMG-oW-xo2ohAFm2h0EVxR2qj-FNj6h1xjs87TGoFKQQs/w400-h231/IMG_4760.jpeg" width="400" /></a></div><br />Vi bondes circulando pelas estreitas ruas do centro, Rua do Liceu, do Saldanha, do Tijolo e da Barroquinha.</div><div>Automóvel só para quem tinha muito dinheiro. Sabiam-se a placas dos carros e os respectivos proprietários. Por exemplo: n.º 1 pertencia a Navarro Lucas, 5 Raul Farias, 11 Antônio Balbino, 12 José Silveira, 13 Fileto Sobrinho, 22 Arnaldo Silveira, 44 Álvaro Silveira, 50 Luiz Eugênio, 70 Miguel Vita, 99 e 100 Companhia Linha Circular.</div><div>Poucos eram os taxis, os chamados carros de praça. Seu Candinho, o nosso preferido, tinha a placa 1448.</div><div>Ao todo, a frota de Salvador era composta de menos de mil veículos.</div><div>Vi esta Cidade crescer.</div><div>Imponentes eram os prédios do Palace Hotel, Secretaria de Agricultura, Jornal A Tarde, na Cidade Alta e do Instituto de Cacau, na Cidade Baixa.</div><div>Vi serem erguidos o edifício SULACAP e o Oceania na Barra</div><div>Mais tarde sugiram na Barra Avenida o Eldorado e na Graça, o Catarina Paraguaçu, monumentais para a época.</div><div>Timidamente, surgiu o Edifício Cruz na Rua Portugal, onde funcionou a sede da Construtora Odebrecht e o Edifício Martins na Rua da Espanha.</div><div>A cidade baixa foi se transformado aos poucos e perdendo a sua paisagem colonial. Surgiram os Edifícios Paraguaçu, Belo Horizonte, Nélson Farias, Guarabira, Cidade de Aracaju, Larbrás, Suerdieck, Cidade do Salvador em nome do progresso, mas sem ser observada uma ocupação racional.</div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1u11hepdWdT2DpBRVIj4j_gh04rnQ7F-lSKz6hBdtP2oNknnvNkB_wsvn7OblUY2HBwDMxrx6hZ6E1OSoFQkdv2ksUweMQJr4RQ6-wuMcQj2kFcjrQmLhCjp8SEAxG4xyCmgqd6I9ImDPH9UFSn1YmRyEsV7tVGvk4CIXmmWaKu1lM-ESjWqKkbsdDBw/s984/IMG_4761.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="847" data-original-width="984" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1u11hepdWdT2DpBRVIj4j_gh04rnQ7F-lSKz6hBdtP2oNknnvNkB_wsvn7OblUY2HBwDMxrx6hZ6E1OSoFQkdv2ksUweMQJr4RQ6-wuMcQj2kFcjrQmLhCjp8SEAxG4xyCmgqd6I9ImDPH9UFSn1YmRyEsV7tVGvk4CIXmmWaKu1lM-ESjWqKkbsdDBw/w400-h344/IMG_4761.jpeg" width="400" /></a></div><br />Restaurantes, bares, botecos e pastelarias eram pouquíssimos. O Colon na Praça Riachuelo, O Conquistador na Barra, da Galinha de Ouro do Manuel, são os de lembrança mais remota.</div><div>Café da manhã, almoço, jantar eram rituais bonitos quando a família se reunia, diariamente. Por isso, pouco se usavam restaurantes.</div><div>Tomei gasosa de limão ou de morango na Pastelaria Centro Popular na Sé. Havia também O Perez, O Triunfo e O Centro Universal.</div><div>Lembro-me dos botecos Danúbio Azul, na Rua d´Ajuda, famoso pela sua bebida Príncipe Maluco, e do Center-Forward, na Rua Cezar Zama. Ambos muito simples. Bebia-se em pé.</div><div>Certamente, todos os bares e restaurantes, pastelarias e botecos da cidade, juntos, caberiam no Largo de Santana no Rio Vermelho.</div><div>Vi esta Cidade crescer.</div><div>Vi a chegada de novos bondes. Vinte e cinco deles com bancos estufados forrados em couro verde.</div><div>Vi a extinção gradativa dos transportes por bondes e o crescimento dos ônibus, carinhosamente chamados de marinetes pelos baianos, pelo fato do lançamento do primeiro ônibus em Salvador coincidir com a passagem por aqui de um poeta futurista italiano chamado Marinetti.</div><div>O transporte por ônibus não conseguiria sobreviver por muito tempo. Era um dono de um único ônibus que obtinha uma licença para operar em uma determinada linha, mas não tinha bom resultado, até que foi se firmando aos poucos. Inicialmente, na cidade baixa.</div><div>Vi esta Cidade crescer.</div><div>Vi o Quarto Centenário de Salvador. Vi a encenação do Auto de Graça e Glória da Bahia dirigido por Chianca de Garcia, para comemorar o evento.</div><div>A Construção a Estrada Amaralina – Aeroporto, pavimentação da Avenida Amaralina, o prolongamento da Rua Osvaldo Cruz, do primeiro trecho da Avenida Centenário em pista simples.</div><div>Vi a inauguração do Fórum Rui Barbosa.</div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQdg9O8LaETPIeOMiYVbSMyemZ2iWzlwhWZ7A5B03oQJ2Xw4ID9pyPngcIAk5X4Gqrj-UNkJH7-5XOaAwVLYzElOjT3uG2hIgtqm05WvsH-qCeodxC0wHh_DLNnb6P9mn9CsdGHhwUpj7cS9Bn_buERkRoh1C1HM41vFkgQrlLWGcVV3UbzUcsWvDbpJs/s263/IMG_4762.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="198" data-original-width="263" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQdg9O8LaETPIeOMiYVbSMyemZ2iWzlwhWZ7A5B03oQJ2Xw4ID9pyPngcIAk5X4Gqrj-UNkJH7-5XOaAwVLYzElOjT3uG2hIgtqm05WvsH-qCeodxC0wHh_DLNnb6P9mn9CsdGHhwUpj7cS9Bn_buERkRoh1C1HM41vFkgQrlLWGcVV3UbzUcsWvDbpJs/w400-h301/IMG_4762.jpeg" width="400" /></a></div><br />A inauguração do Hotel da Bahia. Vi o Campo da Graça e a inauguração do Estádio da Fonte Nova.</div><div>Vi a criação do SMTC-Serviço Municipal de Transportes Coletivos, inicialmente, operando com uma frota de ônibus Volvo a diesel na Avenida Vasco da Gama, que recebera uma total pavimentação numa faixa de 7 metros</div><div>Vi a extinção em massa de todas as linhas de bondes da Cidade Baixa para a implantação dos ônibus elétricos. Eram 50 ônibus FIAT - Alfa Romeu, mas a subestação só tinha a capacidade de operar 25, por isso quando um quebrava um novo entrava em operação e assim a frota foi sendo sucateada. Um absurdo!</div><div>Vi a encampação da Companhia Linha Circular, que operava os bondes e vi o seu crepúsculo.</div><div>Vi esta Cidade crescer.</div><div>Vi o carnaval, sentado, tranquilamente, em cadeiras colocadas na Avenida Sete, por onde desfilavam os carros alegóricos dos grandes clubes, os blocos, os caretas e os carros com foliões</div><div>Vi o transporte por ônibus ser definitivamente implantado.</div><div>Vi o asfalto chegar, definitivamente, e atender a todas as linhas operadas por ônibus.</div><div>Vi a construção do Centro Administrativo da Bahia – CAB desde a primeira secretaria implantada a SEPLANTEC. Depois, foi a Secretaria dos Transportes.</div><div>Vi surgir o primeiro grande Shopping com 150 lojas, hoje ampliado para mais de 600.</div><div>Vi a proliferação de shoppings e o crescimento vertical da cidade.</div><div>Aos poucos fui perdendo a conta de quantos novos edifícios iam sendo construídos. Os sobrados coloniais da Cidade Baixa dando lugar a prédios de 10 andares. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOwf-WRPJSZ3PBlDRaTtYrEkEjv9V4etGv-hVUBhUwiFaU6LXIoQ-DUsnhqFAooWQpWFEgOYZhyZYFBbxS1xNNFfKKWZUcCfUMBkowZYvs5uZg7CCVQDXvDbXcDrbLK8bvhul3_B84rhrlV7fo_I0J2Dg8j5PCxMCIGPcLu_owzOgCIX5JrP9_3pVeGm4/s644/IMG_4763.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="476" data-original-width="644" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOwf-WRPJSZ3PBlDRaTtYrEkEjv9V4etGv-hVUBhUwiFaU6LXIoQ-DUsnhqFAooWQpWFEgOYZhyZYFBbxS1xNNFfKKWZUcCfUMBkowZYvs5uZg7CCVQDXvDbXcDrbLK8bvhul3_B84rhrlV7fo_I0J2Dg8j5PCxMCIGPcLu_owzOgCIX5JrP9_3pVeGm4/w400-h296/IMG_4763.jpeg" width="400" /></a></div><br />Os palacetes do Corredor da Vitória e da Graça dando lugar a prédios de 20, 30 andares. A Ondina, a Valdemar Falcão perdendo o verde e sendo ali implantados, prédios de até 40 andares. Vi a cidade se verticalizar.</div><div>Vi surgirem os bairros Caminho das Árvores, Itaigara, o Imbuí, o Costa Azul o Costa Verde, Patamares, Cajazeiras, Mussurunga, Castelo Branco e tantos outros novos bairros.</div><div>Vi o rasgar de grandes avenidas. Vale de Nazaré, Bonocô, Contorno, Vale do Camurujipe, Lucaia, Garibaldi, Vale do Canela, Paralela. Vi túneis perfurando as elevações e encurtando distâncias.</div><div>Vi a população aumentar aproximadamente 10 vezes e a frota de veículos aumentar 1000 vezes.</div><div>Até onde vamos?</div><div>Vi esta Cidade crescer e continuo vendo.</div></div><div>*<b>Engenheiro Civil, poeta, escritor e amante de Salvador</b></div><div><br /></div><div><br /></div>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-8133387666141761432024-02-18T11:49:00.002-04:002024-02-18T11:49:20.518-04:00Ponte Velha<p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj36S-7AIcE8Mb6a19YJZ75gfQ8L46zZ6ldmNwdAmVIUKkG-3F6iY-Vg_4oOzlYl3oTCg82jBO3TyQnIpYKpB8tBeFuzIBAdXoOyr7iD_bv4fDyIeg-KwPPgz5ppvcKoFVT6sqgF1QLiIoECEj3wWEjWa-Hy3f-LTVFYuJ9goUgvTLaP9AtIvJ80DxU2lw/s760/IMG_4604.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="760" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj36S-7AIcE8Mb6a19YJZ75gfQ8L46zZ6ldmNwdAmVIUKkG-3F6iY-Vg_4oOzlYl3oTCg82jBO3TyQnIpYKpB8tBeFuzIBAdXoOyr7iD_bv4fDyIeg-KwPPgz5ppvcKoFVT6sqgF1QLiIoECEj3wWEjWa-Hy3f-LTVFYuJ9goUgvTLaP9AtIvJ80DxU2lw/w400-h213/IMG_4604.jpeg" width="400" /></a></b></div><b><br />Paulo Ormindo de Azevedo*</b> <p></p><p>Há uma ponte com esse nome em Florença, na Itália. Foi construída pelos romanos, há 2000 anos, para a passagem de carroças. A ponte Salvador-Itaparica se construída teria a mesma função. Já não se fazem pontes em canais de navegação, e muito menos para carruagens. Ela é a culminação da cultura do automóvel, um modal ultrapassado. A velocidade média e sua taxa de ocupação, hoje, nas grandes cidades do mundo inteiro é inferior à das carruagens do século XIX. Por que não pensar em outras soluções? </p><p>Quando o Estado está elaborando um novo plano ferroviário e o governo federal promete um trem rápido de passageiros para Feira de Santana, por que não pensar o mesmo para Itaparica entrando pela contra costa e prosseguindo até Ilhéus? O consorcio chinês da ponte, de empresas ferroviárias, adoraria essa mudança.</p><p> A trajetória da ponte torta é de 1970 e por falta de imaginação é a mesma do ferry boat que não funciona. Na época Salvador tinha um milhão de habitantes, hoje tem 2,5 milhões. Por que ela não se articula diretamente com a BR 324 e Via Metropolitana, sem congestionar mais Salvador? Simulação da Academia Baiana de Engenharia provou que a Via Expressa não tem condição de escoar o fluxo da ponte, que extravasará para a rede urbana. Como ficará o Comércio, a Av. Paralela e a Estrada do Côco depois dessa ponte, que ligará o Sudeste com o Nordeste? </p><p> Essa é uma ponte velha, obsoleta, que ameaça a operação, a médio prazo, do porto de Salvador e da BTS pelos grandes navios que não param de crescer. Ponte que inviabilizará o Estaleiro da Enseada, o desenvolvimento do Recôncavo e a construção de um hub-porto em Salinas, com 21m de calado em águas abrigadas, que poderia ser um dos terminais da ferrovia transcontinental, FIOL, que articularia as redes ferroviárias do Chile, Peru, Bolívia, Paraguai e Planalto Central Brasileiro drenando toda a produção mineral e agrícola desses países para o Atlântico, através da BTS. </p><p> Se a questão é quitar um compromisso político desgastante, porque então não pensar num túnel para carros e trens? Existem cerca de 200 túneis submarinos em todo o mundo. Esses túneis evoluíram muito e baratearam. Não rompem mais a rocha, são aduelas pré-fabricadas de concreto que são articuladas no fundo do mar. Em 2013, foi inaugurado um túnel desse tipo entre a Europa e a Ásia, na Turquia, com 13,5 km de extensão. Outro está sendo iniciado ligando a Alemanha à Dinamarca, com 18 km de extensão. Depois de muitos estudos, a ponte que ligaria Santos a Guarujá foi preterida por um túnel desse tipo. </p><p>Esta ponte é uma quimera que já dura 16 anos e ainda não tem orçamento definitivo. Se algum dia ela for construída só servirá para congestionar e desfigurar Salvador, Vera Cruz e a BTS. Existem soluções mais inteligentes que o governo atual precisa considerar.</p><p><b>*Arquiteto e Urbanista - Professor Catedrático da UFBa</b>.</p><p>Publicado no jornal A Tarde, 18/02/2024</p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-26512683760908665122024-01-20T09:51:00.016-04:002024-01-20T10:26:16.597-04:00Erros na infraestrutura de transportes comprometem o desenvolvimento da Bahia.<p><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); color: #313131; font-size: 16px; word-spacing: 1px;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLRxcuD3dTZQgyWZPnSme4lS0ucgZU6gyy_EBu3srRngwYV-I450QPKeRnQHvEM43nWPyCaG5V-9k-pyApDWF8rTdblffEruUpTGOk3g-LUrke1brCLYOPPb6uQ-CoVvNgCDDKNFa3s14OPZrLvQ0y0DxKbz9mkxoVqRpdFuuSFvavCPVVKVy4NZACD0I/s640/IMG_4163.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="401" data-original-width="640" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLRxcuD3dTZQgyWZPnSme4lS0ucgZU6gyy_EBu3srRngwYV-I450QPKeRnQHvEM43nWPyCaG5V-9k-pyApDWF8rTdblffEruUpTGOk3g-LUrke1brCLYOPPb6uQ-CoVvNgCDDKNFa3s14OPZrLvQ0y0DxKbz9mkxoVqRpdFuuSFvavCPVVKVy4NZACD0I/w400-h251/IMG_4163.jpeg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Osvaldo Campos Magalhaes*</span></b></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;">Grandes equívocos vem sendo cometidos pelos governos estadual e federal no setor de logística de transportes na Bahia. </span><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;">Durante o governo FHC, na privatização das ferrovias, a malha ferroviária baiana, com pouco mais de 1.500 km, foi privatizada junto à malha dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo. </span><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;">Não foram estabelecidas metas de produtividade e investimentos para o trecho baiano e sim metas globais. A empresa vencedora da licitação, Ferrovia Centro Atlântica, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce, optou por realizar investimentos e melhorias operacionais nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, onde a CVRD movimentava milhões de toneladas de ferro, o que resultou na desativação quase completa da malha ferroviária baiana. Depois de 28 anos da concessão, a Vale busca a renovação do contrato o que perpetuaria o estado de abandono das ferrovias na Bahia.</span></span></p><p><span style="background-color: black;"><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); color: white; font-size: 16px; word-spacing: 1px;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcyootR8crob73wJq_wnuxhwCxXPDbN0AZfNsI9JQWdYSdv1NNwRU0Mx6W1RhLDUe1D7Z-Agp3p1YE99rdKzriiR0Z-f0v_e0MCo1oZT2-bQn-HFMAwRz7-ZQF_wkFLibCJce15LBFGVQ0uTwFN0Dn6iK8uK2l8szUvhw7ar4e0KLzPtSC5NwNLqifqX4/s394/IMG_4162.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: black; color: white;"><img border="0" data-original-height="221" data-original-width="394" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcyootR8crob73wJq_wnuxhwCxXPDbN0AZfNsI9JQWdYSdv1NNwRU0Mx6W1RhLDUe1D7Z-Agp3p1YE99rdKzriiR0Z-f0v_e0MCo1oZT2-bQn-HFMAwRz7-ZQF_wkFLibCJce15LBFGVQ0uTwFN0Dn6iK8uK2l8szUvhw7ar4e0KLzPtSC5NwNLqifqX4/w400-h224/IMG_4162.jpeg" width="400" /></span></a></div><span style="background-color: black; color: white;"><br /><span style="font-family: verdana;">No segundo governo Lula, quando foi realizada a maior concessão rodoviária do Brasil, envolvendo trechos da BR 324 entre Salvador e Feira de Santana, e da BR 116 entre Feira de Santana a Cândido Sales, com quase 600 km dê extensão, optou o Ministério dos Transportes por estabelecer como fator decisivo a menor tarifa a ser cobrada. Também não foram fixadas metas de investimentos compatíveis com a importância do trecho rodoviário concessionado. Como resultado, nenhuma das grandes empresas brasileiras atuantes no setor rodoviário participou do leilão, que foi vencido por uma empresa espanhola, sem tradição no setor de transportes, que ainda ofereceu um deságio expressivo na tarifa de pedágio de referência. Depois de quase quinze anos de privatizada, as rodovias receberam poucos investimentos, e a concessionária nunca atingiu as precárias metas fixadas no edital. A empresa espanhola ISOLUX, vendeu a alguns anos para um fundo canadense a concessão, tendo sido autorizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, mesmo estando com o contrato inadimplente.</span></span><p></p><span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: verdana;"><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvrOaZsTmZy28sRHIYuEPR7-6vTpFl1OW-6I96EAUmmsAjPE7lWbzzNeA414r8rkSspMkDZ-c6m3IYfvJDusbUygqmZ0PfPuYHMQXwW4afjYSg_Qf9r9aFGpyXiMkqju-R4whXG2M5rH0tbb3zqVfI1wxp1XOlWkGnhyphenhyphend9JnKRt7ZpYJWqT3StyGUC9ng/s771/IMG_4159.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="771" height="174" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvrOaZsTmZy28sRHIYuEPR7-6vTpFl1OW-6I96EAUmmsAjPE7lWbzzNeA414r8rkSspMkDZ-c6m3IYfvJDusbUygqmZ0PfPuYHMQXwW4afjYSg_Qf9r9aFGpyXiMkqju-R4whXG2M5rH0tbb3zqVfI1wxp1XOlWkGnhyphenhyphend9JnKRt7ZpYJWqT3StyGUC9ng/s320/IMG_4159.jpeg" width="320" /></a></div><br />Quando assumiu o Governo do Estado da Bahia em 2006, quebrando um longo domínio do grupo carlista no estado, Jacques Wagner, decidiu escampar a proposta da Bahia Mineração, empresa com grandes reservas de minério de ferro na região de Caetité, de construir uma ferrovia de bitola larga, ligando a região produtora de minérios até um Porto de águas profundas, a ser construído próximo à cidade de Ilhéus.</span><br style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;" /><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;">Durante o governo Paulo Souto, a Superintendência de Transportes tinha elaborado um ambicioso e inovador Programa Estadual de Logística de Transportes - PELTBAHIA, que tinha como seu mais emblemático projeto, uma ferrovia ligando a região de Luiz Eduardo Magalhães até a cidade de Brumado e a completa requalificação, em bitola larga, do trecho entre Brumado e o Complexo Portuário da Bai de Todos os Santos.</span></span><br style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-family: -apple-system, "Helvetica Neue"; font-size: 16px; word-spacing: 1px;" /><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie2gY-S7D02gmGdfCkcN_ndb3QrlqYKfDuWBeA6UI7NsSzhyybKjXuCKJRGD_qbivDx2acggoBEJGSZFkyKoMD2T8B4LvP6e71pFUzin2RGMj3hGbfz3JiOZApJXgBU7rs-KHpNJhSKH9XIcaX-JTfmGEYANbPZHgXety09aKdcipbe17QvIQbiazwOUo/s782/IMG_4157.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="392" data-original-width="782" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie2gY-S7D02gmGdfCkcN_ndb3QrlqYKfDuWBeA6UI7NsSzhyybKjXuCKJRGD_qbivDx2acggoBEJGSZFkyKoMD2T8B4LvP6e71pFUzin2RGMj3hGbfz3JiOZApJXgBU7rs-KHpNJhSKH9XIcaX-JTfmGEYANbPZHgXety09aKdcipbe17QvIQbiazwOUo/s320/IMG_4157.jpeg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;">A opção por um Porto de águas profundas na região de Ilhéus se mostrou equivocada, considerando ser a Costa do Cacau uma região de mata atlântica vocacionada para o turismo e a preservação ambiental.</span></span><span style="font-family: verdana;"><br style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;" /></span><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;"><span style="font-family: verdana;">Às dificuldades para se obter licenças ambientais para o Porto e o grande atraso na construção da ferrovia, envolvida em graves denúncias de corrupção vem provocando sucessivos atrasos no cronograma da obra de infraestrutura.</span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL51vWTOtIxX9XV0N9OmkiTeWmP2tKPDynoxhTz7wjLxpEegTPz7sHQiCKvwHUZhHRZwEKlDlfgb6nsI3nRmg8JKi-b5tmdW5PeSTwPL70n938sF13n7gwW6Q9EVUAmBrk9-WkSJsOrc-IZh9w-s-6kiR0ynUmbN6gJwE6-Z9WMZBM0Em99RFzDPTT3kI/s1125/IMG_4160.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="684" data-original-width="1125" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL51vWTOtIxX9XV0N9OmkiTeWmP2tKPDynoxhTz7wjLxpEegTPz7sHQiCKvwHUZhHRZwEKlDlfgb6nsI3nRmg8JKi-b5tmdW5PeSTwPL70n938sF13n7gwW6Q9EVUAmBrk9-WkSJsOrc-IZh9w-s-6kiR0ynUmbN6gJwE6-Z9WMZBM0Em99RFzDPTT3kI/s320/IMG_4160.jpeg" width="320" /></a></div><br /></span><br style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-family: -apple-system, "Helvetica Neue"; font-size: 16px; word-spacing: 1px;" /><span style="font-family: verdana;"><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;">Outro gigantesco equívoco do governo estadual é o projeto da ponte rodoviária ligando Salvador a Itaparica.</span><br style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;" /><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;">Projeto inicialmente apresentado ao governo por uma grande empreiteira baiana, vem sendo muito questionado por representantes da sociedade civil.</span><br style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;" /><span face="-apple-system, "Helvetica Neue"" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(49, 49, 49); font-size: 16px; word-spacing: 1px;">Além de não contemplar o modal ferroviário, o projeto já licitado, que teve um consórcio chinês como vencedor, acabou tendo suas especificações modificadas, com a diminuição das faixas de rodadagem e diminuição da altura do vão central.</span></span></span><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: black; caret-color: rgb(49, 49, 49); color: white; font-family: verdana; font-size: 16px; word-spacing: 1px;">*<b>Engenheiro Civil e Mestre em Administração. Foi Superintendente de Transportes do fGoverno da Bahia entre 2001 e 2006. Integra o Conselho de Infraestrutura da Fieb.</b></span></div>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-69573297563429646372024-01-10T16:34:00.008-04:002024-01-10T16:42:59.799-04:00Empréstimo vai viabilizar Arena Multiuso em Salvador<p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(47, 49, 52); color: #2f3134; font-size: 16px; letter-spacing: 0.15px; margin: 0px; padding: 0px;"></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: inter, sans-serif; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOkarYTAPhUwTzY9ng06uXLsho39vslcJcMWEyf90R9eQGxsKX_EGbgTlDfAP5F7tS9Ad7J0ky38E1E1viF7oV6rFbQUSpxTXlmFQNy2w0I2JCjveOW-TPBpVZRAaFmp6-EsqEqvrSLtwWtiJZ9SAAptiYV5ZS-g3e4dNAwOUyHzX61vwWhYAs0BtNnU0/s780/IMG_3823.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="780" data-original-width="780" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOkarYTAPhUwTzY9ng06uXLsho39vslcJcMWEyf90R9eQGxsKX_EGbgTlDfAP5F7tS9Ad7J0ky38E1E1viF7oV6rFbQUSpxTXlmFQNy2w0I2JCjveOW-TPBpVZRAaFmp6-EsqEqvrSLtwWtiJZ9SAAptiYV5ZS-g3e4dNAwOUyHzX61vwWhYAs0BtNnU0/w400-h365/IMG_3823.jpeg" width="400" /></a></div><span style="color: white; font-family: verdana;"><div style="background-color: black; text-align: justify;"><span style="letter-spacing: 0.15px;">Construção de Arena Multiuso de Salvador foi assegurada com o empréstimo obtido pela Prefeitura de Salvador com o Banco Santander, vencedor de um licitação realizada pela Secretaria da Fazenda do Município.</span><span style="caret-color: rgb(22, 36, 64); font-size: 16px;">Climatizado e com capacidade para receber mais de 12 mil pessoas em eventos esportivos e shows nacionais e internacionais, o espaço será implantado na Boca do Rio, integrado ao Parque dos Ventos e ao lado do Centro de Convenções.</span></div></span><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(47, 49, 52); font-size: 16px; letter-spacing: 0.15px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="letter-spacing: 0.15px;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">Um contrato de empréstimo com o Santander no valor de R$300 milhões para investimentos em obras e intervenções urbanísticas na capital baiana foi assinado pelo prefeito Bruno Reis (União) nesta terça-feira (9), em São Paulo. A assinatura foi realizada na sede da instituição financeira no país e contou com a presença da secretária da Fazenda, Giovanna Victer, além do além do head de Governos do banco espanhol, Marcio Giannico, da superintendente Nacional de Governos, Lilian Maria Barbosa Herrera, e do diretor Mercado de Capitais e Dívida Estruturada, Sandro Kohler.</span></span></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(47, 49, 52); font-size: 16px; letter-spacing: 0.15px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana; letter-spacing: 0.15px;">Para obter a linha de crédito, o município realizou um chamamento público após aprovação do Projeto de Lei na Câmara Municipal. Ao todo, cinco instituições financeiras participaram da sessão, realizada em outubro, na sede da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz). O banco Santander venceu a licitação após apresentar as melhores condições de pagamento. A proposta da instituição espanhola prevê 12 meses de carência e amortização em 108 parcelas mensais.</span></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(47, 49, 52); font-size: 16px; letter-spacing: 0.15px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana; letter-spacing: 0.15px;">De acordo com a prefeitura, a operação é a primeira no país sob as novas regras da STN, que regulamentou esse tipo de empréstimo com garantia da União em junho de 2023. Os recursos obtidos por meio do financiamento serão utilizados para realizar obras e grandes intervenções urbanísticas por toda cidade, requalificar parte da orla de Periperi, Escada e Praia Grande, no Subúrbio Ferroviário, construir a Arena Multiuso, climatizada e com capacidade para cerca de 16 mil pessoas, na orla da Boca do Rio, e promover melhorias habitacionais na comunidade do Pé Preto. </span></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(47, 49, 52); font-size: 16px; letter-spacing: 0.15px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana; letter-spacing: 0.15px;">“Esse financiamento vai nos permitir seguir investindo especialmente nas áreas mais carentes da cidade, como no Subúrbio Ferroviário. Nossa gestão investe mais de 80% dos recursos nas regiões mais pobres para melhorar a vida de quem mais precisa. Temos diversos projetos que vamos tirar do papel, entre eles a Arena Multiuso, com capacidade para até 16 mil pessoas. Salvador estava carente de um equipamento desta magnitude desde a demolição do Balbininho. Com o centro de convenções municipal e essa arena multiuso, vamos ter dois equipamentos para competir pela atração de grandes eventos”, explicou Bruno Reis.</span></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(47, 49, 52); font-size: 16px; letter-spacing: 0.15px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; letter-spacing: 0.15px;"><span style="background-color: black; color: white;">A secretária Giovanna Victer ressaltou que a contratação só foi possível porque o município alcançou patamares de credibilidade e de condições de capacidade de pagamento que se destacam no país. “A assinatura deste contrato reflete os esforços de planejamento e gestão financeira responsáveis e eficientes. As condições ofertadas foram competitivas e permitem a antecipação de investimentos para promover bem estar do cidadão soteropolitano”, destacou a secretária, ao ressaltar que Salvador é reconhecida pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) como boa pagadora no índice de Capacidade CAPAG.</span></span></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(47, 49, 52); font-size: 16px; letter-spacing: 0.15px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; letter-spacing: 0.15px;"><span style="background-color: black; color: white;"><b>Fonte: Jornal A Tarde- 09/01/2024</b></span></span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-91343078971005100982024-01-09T21:12:00.004-04:002024-01-09T21:19:54.215-04:00 OS DINOSSAUTOS ESTÃO CHEGANDO<p style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana; text-align: justify;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS28GuV4wSFQHCVslxrC1h5HJpxk6i4VW2j9qJmpjMghetnaKE6ClhzuaWc-brHBtE-1bCCINVPSpUZG_aZ-gaJVp-K_WpwPy6WeSHNq3to3DklMmHlvXLezNcsYtfTpsM_fIbSl820ij2NeVjlz6n6eswiBwsQF5YY7sKz_YvjlPOWisT0ZhvBSdvTwc/s739/IMG_3806.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="739" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS28GuV4wSFQHCVslxrC1h5HJpxk6i4VW2j9qJmpjMghetnaKE6ClhzuaWc-brHBtE-1bCCINVPSpUZG_aZ-gaJVp-K_WpwPy6WeSHNq3to3DklMmHlvXLezNcsYtfTpsM_fIbSl820ij2NeVjlz6n6eswiBwsQF5YY7sKz_YvjlPOWisT0ZhvBSdvTwc/w400-h225/IMG_3806.jpeg" width="400" /></a></div><b style="font-family: verdana; text-align: justify;">Manuel Ribeiro*</b><div><br /><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">E Claro que o carro elétrico está sendo produzido para por fim ao consumo de energia fóssil dos atuais automóveis e assim obter uma redução das emissões do dióxido de carbono, certo? Não necessariamente. Energia não se cria, transforma-se. A energia que carrega o carro elétrico vem de onde? Da tomada que, por sua vez, recebe a energia de diversas fontes. Na Europa de gás fóssil, nos Estados Unidos pode vir do xisto e no Reino Unido e na China pode pode vir do carvão. Em muitos casos será trocar seis por meia dúzia. Para a mudança de uma parte importante da matriz energética gasta-se globalmente uma fortuna para ficarmos no mesmo lugar. Isto sem falar no descarte das baterias. Ainda não soube de nenhum Decreto ou Portaria dos órgãos ambientais do Brasil para que os importadores ou fabricantes de carros elétricos apresentem projeto e compromisso de realizar a coleta reversa das baterias e a sua destinação final de forma ambientalmente correta. </span><span style="font-family: verdana;">Se não bastasse o que está escrito acima, não acredito em carro elétrico como carro com a atual tecnologia</span><span style="font-family: verdana;">Acho que será um fiasco e em breve estaremos preocupados com o destino a ser dado a suas carcaças e baterias. A ilusão oferecida ao consumidor é a inteligência artificial para pilotar, versão piloto automático de avião para autos, e multimídia. Coisas que são acessórias a um veículo urbano pessoal (sofisticação e brinquedo). Até hoje qualquer um sai por aí dirigindo um fusca velho desconfortavelmente sem qualquer problema para sair e chegar com segurança 500km depois. Como automóvel, que deveria ser o "core" do projeto, o carro elétrico lembra-me um dinossauro: muito pesado em função de suas baterias, com uma inércia enorme demandando potência adicional para arrancar, um sistema de frenagem complicado para parar e, com toda a tecnologia embarcada, pode ficar no caminho por falta de uma reles tomada. Os 500 km, vencidos pelo Fusca facilmente, merecerá planejamento para o carro elétrico ser carregado no caminho e garantir a autonomia (paradoxal, não?). No Brasil, país onde existe a maior incidência de raios, a proteção do carro elétrico parece não ser das melhores. Segundo publicado, um raio que caiu próximo a um magnífico Tesla, desregulou tudo, inclusive o sistema de carregamento das baterias. Conclusão: reboque e revisão total. Por ser um DINOSSAUTO, falta flexibilidade indispensável para utilização em condições de imprevisibilidade. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por último uma questão econômica. Você compraria um carro elétrico de segunda mão com as baterias já parcialmente gastas? A tendência é que as concessionárias não aceitem o veículo usado como parte do pagamento como já acontece na Europa. O descarte das baterias, se não houver a coleta reversa e destinação final garantidas, terá um valor alto, porém desconhecido. Sob o aspecto econômico, a vida dos dinossautos dependerá da aceitação pelo público dos contratos de assinatura. Comprar dinossauto, na minha opinião, é, e será, um péssimo negócio.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>*Engenheiro, foi presidente da CONDER</b></span></p></div>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-16174780121213453612024-01-09T09:06:00.002-04:002024-01-09T09:16:11.046-04:00Metrô ultrapassa 100 milhões de passageiros em 2023<p><span face="manrope, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(27, 27, 27); color: #1b1b1b; font-size: 18px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_HRnU704otOMccPnO4VN-OFubMqGo1cIgS8hPzyR563fGFAp42mIFnEHVrTDoUnG0uN_GuoKrUdvkYFf2wydJ0x-AlcMMnrkebol8Ehct_N3OyzyTrbfTd-R473qr6SbDWwQje1REGU7MfMiK5l6w7GlkNLnsqVFxJbF8j6MlmRqrswlMhjurRF0CQCA/s500/IMG_3780.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_HRnU704otOMccPnO4VN-OFubMqGo1cIgS8hPzyR563fGFAp42mIFnEHVrTDoUnG0uN_GuoKrUdvkYFf2wydJ0x-AlcMMnrkebol8Ehct_N3OyzyTrbfTd-R473qr6SbDWwQje1REGU7MfMiK5l6w7GlkNLnsqVFxJbF8j6MlmRqrswlMhjurRF0CQCA/w400-h300/IMG_3780.jpeg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Segundo os dados da Companhia de Transporte do Estado da Bahia (CTB), a movimentação de passageiros no metrô de Salvador conseguiu se recuperar da pandemia de Covid-19, e em 2023 voltou a ultrapassar a marca de 100 milhões de pessoas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 2023, o sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas recebeu 101.684.054 passageiros, o segundo maior número da sua história, atrás apenas dos 106 milhões de pessoas registrados em 2019, último ano antes da pandemia de Covid-19. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Com a chegada da Covid-19, os números de movimentação de passageiros, que vinham aumentando ano após ano, caíram para 61 milhões em 2020. A recuperação foi lenta, mas à medida que as vacinas foram sendo aplicadas na população, atingindo a 72 milhões em 2021 e 94 milhões em 2022. Para 2024, a expectativa do governo do estado, é de que o número de passageiros no metrô de Salvador ultrapasse os 106 milhões de 2019, estabelecendo um novo recorde de movimentação no sistema, especialmente devido à inauguração completa do tramo 3, que conecta com as estações Campinas de Pirajá e Águas Claras. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O próximo trecho do Metrô de Salvador a ser ampliado, contando com recursos do Governo Federal, será a linha 1. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu0qZ1VKJWwm_RXhPwQHuxUiCp3bPWqUidIx1P9dt-UttAxdBci-vYQBt4AwB1cXE5QJt7m6J_JBWCIxUeh0_H6DVLihzU4O-_V2qnj-FayX6aP8Io5k2IcYTd1rx7jEMtL5eKzr4BHcPAnuE_1qL9TFY-jHD5G-6IbuHkwJuS_Vokzl6fqdnUZXUuJSs/s1569/IMG_3781.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1569" data-original-width="1125" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu0qZ1VKJWwm_RXhPwQHuxUiCp3bPWqUidIx1P9dt-UttAxdBci-vYQBt4AwB1cXE5QJt7m6J_JBWCIxUeh0_H6DVLihzU4O-_V2qnj-FayX6aP8Io5k2IcYTd1rx7jEMtL5eKzr4BHcPAnuE_1qL9TFY-jHD5G-6IbuHkwJuS_Vokzl6fqdnUZXUuJSs/s320/IMG_3781.jpeg" width="229" /></a></div></span><span style="font-family: verdana;">Estudos já estão sendo desenvolvidos para ampliação até o Campo Grande e posteriormente a Barra, segundo promessa do Ministro da Casa Civil, o baiano Rui Costa.</span></div><p></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-text-size-adjust: auto; background: 0px 0px repeat; border: 0px; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(27, 27, 27); color: #1b1b1b; font-size: 18px; line-height: 1.8; list-style: none; margin: 0px 0px 20px; outline: 0px; padding: 0px; text-rendering: optimizelegibility;"><span style="font-family: verdana;">(Portal A Tarde)</span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-89959543425885752472023-12-24T13:52:00.003-04:002023-12-26T18:16:40.432-04:00 A MANSA MANADA ALGORITMICA<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0BNVbDwPIjFz44O5yCAe9Y-eZiqNXXFxz8stPZjvDTZWhbJxGJs45lk5Of8lkjnVYk0ZXjdbb-j18I4-eY3TNqkH4uUpPcvoxdtfpb26cYPAqpVn_Db1Wbxhbjyogjo9Srmh0wIDeIQKRsNFmSEDMp2abS5AZv9oSLIrKB6KekoPSE2YC6WqJfpG5RvA/s1380/IMG_3243.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1380" data-original-width="1380" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0BNVbDwPIjFz44O5yCAe9Y-eZiqNXXFxz8stPZjvDTZWhbJxGJs45lk5Of8lkjnVYk0ZXjdbb-j18I4-eY3TNqkH4uUpPcvoxdtfpb26cYPAqpVn_Db1Wbxhbjyogjo9Srmh0wIDeIQKRsNFmSEDMp2abS5AZv9oSLIrKB6KekoPSE2YC6WqJfpG5RvA/w400-h400/IMG_3243.jpeg" width="400" /></a></b></span></div><span style="font-family: verdana;"><b><br />Paulo Ormindo de Azevedo*</b></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sorrateiramente estamos todos sendo controlados na escola, no trabalho, no consumo, nas artes, no lazer e nas relações afetivas pelo Senhores dos Algoritmos, os Big-Techs globais. Sou um analfadigital convencido, como o personagem do filme Eu, Daniel Blake, que revoltado com a burocracia do serviço de saúde inglês andava grafitando seu nome nos muros, pois não queria ser apenas um login e uma senha. Acabou morrendo numa agência do SUS inglês porque o coração não esperou que ele terminasse o curso de internet que foi obrigado a fazer para poder pedir a aposentadoria.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quero conversar com pessoas, mas elas estão todas hipnotizadas por seus celulares, nos consultórios médicos, nas agências de banco e de serviços públicos, nos restaurantes. É até perigoso tentar conversar com essas pessoas, pois se for mulher posso ser acusado de assédio sexual e se for homem posso ser confundido com um assaltante.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na internet não posso acreditar nem no que vejo, quanto mais no que leio e ouço. Não dialogo nas redes sociais, nem respondo mensagem da internet que já vem com as respostas prontas, e do zap, com imogis. Há casos hilários e dramáticos de pessoas que se apaixonaram por avatares e entraram em depressão quando foram abandonadas por eles. Como posso confiar na internet que em consultas me pergunta se eu sou um robô.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não sou daquelas pessoas entusiastas do G5, que sonham ter um carro Tesla, que o conduz à revelia, passando por áreas perigosas, pois aquele é o caminho mais curto e econômico e Elon Musk é um gênio. Ou da Inteligência Artificial, IA, infalível, que vai aliviar o povo de pensar. Será que ninguém percebe que a IA é uma quimera, como diz o cientista Miguel Nicolelis, que não cria nada, é apenas a moda estatística dos lugares comuns e do plágio manipuladas pelas trilionárias Big-Techs, que prometem uma utopia para impor a distopia?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quero voltar a receber cartões de Natal de amigos que há muito não tinha notícia. Quero me relacionar com pessoas inteligentes, jogar conversa fora, rir e contar piadas e não apenas ser linkado por algoritmos que devassam minha privacidade e querem me empurrar serviços e produtos que não preciso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Estamos todos fadados a ser Forrest Gump, aquele jovem abilolado do filme homônimo de 1994, sentado num ponto de ônibus no Alabama querendo se relacionar com outras pessoas que nem lhe ligam. Alienado, ele sonha ter sido condecorado por Nixon e abraçado por Elvis Presley.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Prefiro ser humano, com todos meus defeitos e inseguranças, que ser um robô teleguiado para honra e glória da indústria consumista e do estado pseudodemocrático. Os que aceitam passivamente a manipulação dos algoritmos são alienados e não sabem, mas povo marcado é gado feliz, como diz Zé Ramalho. Abaixo a coisificação humana digital.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>*Arquiteto e Urbanista, Professor Titular da UFBA . Publicado em A Tarde, 10/12/2023</b></span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-39271838737808173652023-11-29T15:50:00.005-04:002023-11-29T15:55:54.491-04:00O Resumo da Ópera <p><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); caret-color: rgb(30, 30, 30); color: #1e1e1e; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; white-space: pre-wrap;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo8A4xafOOa-cMCEVhOh8RMZs6KtvNaJofRKD1IndyKV7DrXwdmJU-BZpApCu5vnInyy4SnmyGzZhzPAoTH1ECqsprE2jwaW5ouRUSzvf3W7g7KcVGOyqZiAO9fwPwW6pKc8P8aALljcenYO5C2G8mpt1_fHRcZkAji8xHtoMl8ggAsVE8p1tQbHB1iXU/s480/IMG_2760.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="265" data-original-width="480" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo8A4xafOOa-cMCEVhOh8RMZs6KtvNaJofRKD1IndyKV7DrXwdmJU-BZpApCu5vnInyy4SnmyGzZhzPAoTH1ECqsprE2jwaW5ouRUSzvf3W7g7KcVGOyqZiAO9fwPwW6pKc8P8aALljcenYO5C2G8mpt1_fHRcZkAji8xHtoMl8ggAsVE8p1tQbHB1iXU/w400-h221/IMG_2760.jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white;"><b>Paulo Ormino*</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white;">Pela enésima vez é anunciado o início da ponte Salvador-Itaparica. A nota diz apenas que vai começar a sondagem, orçada em R$160 milhões, para ver a profundidade das estacas numa trajetória já condenada pela Academia de Engenharia da Bahia. Só então se poderá saber o custo da ponte, cujo orçamento inicial quase dobrou antes de começar. Diz a mesma fonte que ainda vai ser preciso a dragagem do porto, orçada em R$120 milhões, e construção dos canteiros de obras de Salvador, Vera Cruz e São Roque, não orçados, obras que levarão pelo menos dez meses embolando com o calendário eleitoral.</span></div></span><div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; caret-color: rgb(30, 30, 30); color: white; font-family: verdana; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;">A sangria do estado para essa ponte não vai parar com sua inauguração. A partir daquele momento vamos ter que pagar uma contrapartida à concessionária cujo cálculo vai depender da demanda de tráfego na ponte. Quanto mais baixa for a arrecadação do pedágio maior será a contrapartida do estado. Hoje sua demanda é muito baixa, a ponto de não estar prevista a duplicação da Ponte do Funil, que só tem duas faixas de rodagem. Como a ponte terá seis faixas, quatro ficarão ociosas e a concessionária tem direito a uma compensação pela perda de pedágio. O Tribunal de Contas do Estado deve ficar atento a essa conta.</span></div><div data-hook="rcv-block8" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); font-size: 14px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;" type="paragraph"></div><div class="xVISr Y9Dpf bCMSCT OZy-3 lnyWN yMZv8w bCMSCT public-DraftStyleDefault-block-depth0 fixed-tab-size public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-1d08s" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); clear: both; direction: ltr; font-size: var(--ricos-custom-p-font-size,unset); line-height: 1.5; margin: 0px; min-height: var(--ricos-custom-p-min-height,unset); outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="B2EFF public-DraftStyleDefault-ltr" style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; direction: ltr; display: block; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">Depois de dez anos de marchas e contramarchas, o panorama mudou. É muito importante discutir esta questão quando o estado resolve repor os trilhos no subúrbio e reestruturar sua malha ferroviária para levar trens de passageiros até Feira de Santana, podendo levá-lo também a Itaparica pela conta-costa, beneficiando o Recôncavo onde existem 19 terminais marítimos, o CIA, uma refinaria, um estaleiro e quatro cidades históricas. Esse ramal poderá ainda viabilizar a criação de um hub-porto em Salinas da Margarida com 22 metros de calado em águas abrigadas, que seria o terminal da ferrovia transcontinental sonhada por Vasco Neto, mas agora revista para chegar no Pacífico na divisa do Chile com o Peru, integrando as redes ferroviárias desses dois países, da Bolívia, do Paraguai e do Brasil e escoando a imensa produção mineral e graneleira desses países para o Atlântico, pela Bahia.</span></span></span></div><div data-hook="rcv-block11" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); font-size: 14px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;" type="empty-line"></div><p class="xVISr Y9Dpf bCMSCT OZy-3 lnyWN yMZv8w bCMSCT public-DraftStyleDefault-block-depth0 fixed-tab-size public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-301r8" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); clear: both; direction: ltr; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: var(--ricos-custom-p-font-size,unset); font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; min-height: var(--ricos-custom-p-min-height,unset); outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="B2EFF public-DraftStyleDefault-ltr" style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; direction: ltr; display: block; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A ponte perdeu sentido e se realizada inviabilizaria o </span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; white-space: pre-wrap;">Pela enésima vez é anunciado o início da ponte Salvador-Itaparica. O último anúncio foi na semana passada. A nota diz apenas que vai começar a sondagem, orçada em R$160 milhões, para ver a profundidade das estacas numa trajetória já condenada pela Academia de Engenharia da Bahia. Só então se poderá saber o custo da ponte, cujo orçamento inicial quase dobrou antes de começar. Diz a mesma fonte que ainda vai ser preciso a dragagem do porto, orçada em R$120 milhões, e construção dos canteiros de obras de Salvador, Vera Cruz e São Roque, não orçados, obras que levarão pelo menos dez meses embolando com o calendário eleitoral.</span></span></span></p><div data-hook="rcv-block7" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); font-size: 14px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;" type="empty-line"></div><p class="xVISr Y9Dpf bCMSCT OZy-3 lnyWN yMZv8w bCMSCT public-DraftStyleDefault-block-depth0 fixed-tab-size public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-en1ua" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); clear: both; direction: ltr; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: var(--ricos-custom-p-font-size,unset); font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: 1.5; margin: 0px; min-height: var(--ricos-custom-p-min-height,unset); outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="B2EFF public-DraftStyleDefault-ltr" style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; direction: ltr; display: block; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">A sangria do estado para essa ponte não vai parar com sua inauguração. A partir daquele momento vamos ter que pagar uma contrapartida à concessionária cujo cálculo vai depender da demanda de tráfego na ponte. Quanto mais baixa for a arrecadação do pedágio maior será a contrapartida do estado. Hoje sua demanda é muito baixa, a ponto de não estar prevista a duplicação da Ponte do Funil, que só tem duas faixas de rodagem. Como a ponte terá seis faixas, quatro ficarão ociosas e a concessionária tem direito a uma compensação pela perda de pedágio. O Tribunal de Contas do Estado deve ficar atento a essa conta.</span></span></span></p><div data-hook="rcv-block8" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); font-size: 14px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;" type="paragraph"></div><div class="xVISr Y9Dpf bCMSCT OZy-3 lnyWN yMZv8w bCMSCT public-DraftStyleDefault-block-depth0 fixed-tab-size public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-1d08s" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); clear: both; direction: ltr; font-size: var(--ricos-custom-p-font-size,unset); line-height: 1.5; margin: 0px; min-height: var(--ricos-custom-p-min-height,unset); outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="B2EFF public-DraftStyleDefault-ltr" style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; direction: ltr; display: block; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">Depois de dez anos de marchas e contramarchas, o panorama mudou. É muito importante discutir esta questão quando o estado resolve repor os trilhos no subúrbio e reestruturar sua malha ferroviária para levar trens de passageiros até Feira de Santana, podendo levá-lo também a Itaparica pela conta-costa, beneficiando o Recôncavo onde existem 19 terminais marítimos, o CIA, uma refinaria, um estaleiro e quatro cidades históricas. Esse ramal poderá ainda viabilizar a criação de um hub-porto em Salinas da Margarida com 22 metros de calado em águas abrigadas, que seria o terminal da ferrovia transcontinental sonhada por Vasco Neto, mas agora revista para chegar no Pacífico na divisa do Chile com o Peru, integrando as redes ferroviárias desses dois países, da Bolívia, do Paraguai e do Brasil e escoando a imensa produção mineral e graneleira desses países para o Atlântico, pela Bahia.</span></span></span></div><div data-hook="rcv-block10" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); font-size: 14px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;" type="paragraph"></div><div class="xVISr Y9Dpf bCMSCT OZy-3 lnyWN yMZv8w bCMSCT public-DraftStyleDefault-block-depth0 fixed-tab-size public-DraftStyleDefault-text-ltr" id="viewer-5rvgs" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(30, 30, 30); clear: both; direction: ltr; font-size: var(--ricos-custom-p-font-size,unset); line-height: 1.5; margin: 0px; min-height: var(--ricos-custom-p-min-height,unset); outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="B2EFF public-DraftStyleDefault-ltr" style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; direction: ltr; display: block; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><span style="font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;">A ponte perdeu sentido e se realizada inviabilizaria o enorme potencial econômico e turístico da BTS e do Recôncavo e provocaria um impacto brutal em Salvador e na ilha de Itaparica, que se transformaria num grande terminal rodoviário para bitrens que não podem entrar em Salvador, transformando-a numa grande favela, como São Gonçalo na Baía da Guanabara. A ponte não entrou no debate sucessório, no PDDU de Salvador e agora no PAC. Diante de tantas incertezas, os chineses parecem estar botando as barbas de molho e apostando no plano ferroviário do estado, na via transcontinental como alternativa ao canal da Guatemala, e na construção de um hub-porto internacional na BTS. </span><span style="font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;">enorme potencial econômico e turístico da BTS e do Recôncavo e provocaria um impacto brutal em Salvador e na ilha de Itaparica, que se transformaria num grande terminal rodoviário para bitrens que não podem entrar em Salvador, transformando-a numa grande favela, como São Gonçalo na Baía da Guanabara. A ponte não entrou no debate sucessório, no PDDU de Salvador e agora no PAC. Diante de tantas incertezas, os chineses parecem estar botando as barbas de molho e apostando no plano ferroviário do estado, na via transcontinental como alternativa ao canal da Guatemala, e na construção de um hub-porto internacional na BTS.</span></span></span><span class="B2EFF public-DraftStyleDefault-ltr" style="background-attachment: scroll; background-clip: border-box; background-image: none; background-origin: padding-box; background-position: 0% 0%; background-repeat: repeat; background-size: auto; border: 0px; box-sizing: inherit; direction: ltr; display: block; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><span style="font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;"><b>*Arquiteto e urbanista. Professor Titular da UFBA</b></span></span></span></div></div>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-38671981079848366972023-11-26T12:46:00.003-04:002023-11-26T12:48:30.863-04:00 O progresso é concreto<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtE6GobsL-bR-gQqcTux2yfs3VCBt-aJ4vYGVUTOmFHPrKaVb3fOxGkI2rn-v6uUox4DIu0IX91AznEMMahUoYLQ85cpFC-t2G4xlMaa2c-GajA434RwkGztEY7e6m2pLk2H0HDrgU9eL1qICZi6DkYv7xxsEwV46vDFrBdSVZWzeqyW30IU9o_UZ0maM/s619/IMG_2675.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="619" data-original-width="495" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtE6GobsL-bR-gQqcTux2yfs3VCBt-aJ4vYGVUTOmFHPrKaVb3fOxGkI2rn-v6uUox4DIu0IX91AznEMMahUoYLQ85cpFC-t2G4xlMaa2c-GajA434RwkGztEY7e6m2pLk2H0HDrgU9eL1qICZi6DkYv7xxsEwV46vDFrBdSVZWzeqyW30IU9o_UZ0maM/s320/IMG_2675.jpeg" width="256" /></a></b></span></div><span style="font-family: verdana;"><b><br />Paulo Ormindo de Azevedo</b>*</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Este era o slogan de uma usina de concreto e se transformou no lema dos administradores públicos. Lobby mau só mete medo às criancinhas, mas seria melhor que não se escondesse para sabermos quanto pagamos e a quem, como nos States. Os lobos das construtoras de escondem no subsolo dos gabinetes governamentais e atacam durante a noite para que elas continuem petrificando nossa cidade. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">São elas as responsáveis por Salvador ser a cidade mais “viadutizada” do planeta. Temos viadutos que não passam um carro, como os da Fonte Nova; que alagam, como o da Federação; e o Viaduto do Aeroporto, que é saída de metrô e ponto de ônibus e táxis. Temos ainda o único subway, ou underground, aéreo do mundo, a Linha 1 do metrô. Viadutos são vias bloqueadas que não permitem escolhas. A Rótula do Abacaxi foi transformada em uma chicana de pilares. Enquanto o viaduto da Av. Barros Reis está vazio, se forma um engarrafamento no chão para que os motoristas possam retornar à Av. ACM, subir para o Cabula, ou descer para a Cidade Baixa. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O concreto tem muitas utilidades, serve para impermeabilizar o solo e encostas e construir ponte, viadutos e espigões de 40 andares que engarrafam as ruas. O material poderia ser oficializado como uma moeda regional, como já foi o sal. O Estado e a Prefeitura ao invés de pagar “salários”, como em Roma, pagaria “concretários” a seus funcionários. Operários iriam à Usina Central da Fazenda pegar seu carrinho de mão de concreto para cimentar suas casas e empresários contratariam “n” caminhões betoneiras para construírem seus espigões. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O verde público foi extinto pelo metrô e o BRT e o privado do Caminho das Árvores transformado no Caminho do Cinzento. Há alguns anos foi lançado o Loteamento Horto Florestal, com TAC de preservação das árvores e só se permitir casas em lotes florestados. Mas a Odebrecht reservou uma gleba vizinha ao loteamento e lançou duas torres que tinham como reclame a vista e o ar puro do horto. A prefeitura recentemente resolveu fazer o milagre da multiplicação dos peixes, ou melhor dos IPTUs, permitindo a construção de espigões onde hoje são casas e árvores. Fez o mesmo no Buração, para não se poder mais bronzear. Em Salvador as indústrias do concreto, dos viadutos, dos espigões e do IPTU são irmãs. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Por que ao invés de concretar não se faz uma passarela verde ligando o Unhão à Vila Brandão ou um parque em Cajazeiras? </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">São Paulo, que é mais arborizada que Salvador, tombou os Jardins Paulistanos, que são bairros de casas burguesas, mas servem como pulmão da cidade. No Cine Paseo vi vídeos de moradores do Horto Florestal e da Praia do Buracão apelando para a população se posicionar contra a destruição do verde e sombreamento das praias. O Movimento Salva Verde me pede para ajudá-lo nessa campanha, o que faço com a maior convicção e prazer. O verde é progresso, o atraso é concreto! </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">*Arquiteto e Urbanista, Professor Emérito da Ufba</span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-10148503749561342322023-11-21T15:23:00.015-04:002023-11-21T15:47:08.667-04:00Risério, 70 anos<p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(6, 6, 6); color: #060606; font-size: 15px; margin-block: 0px 0.9rem; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0qj_jB2QWexBorCix2ueEQhfcsoMK0Bkcc3g0F8ceyiPxOaMUQoNFsQI8SXakd_y_zV0CUQj6Nj_BftxNsXLtRA8pAcj5qScGZXGHtifIvSOluLapXj95VX6US8OQb8ohpL7wJvz1n0kxQXw_5tU_-UDGW7k4OSrydz4c4NAd92deINhe2uJbyjQk7d0/s415/IMG_2437.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="320" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0qj_jB2QWexBorCix2ueEQhfcsoMK0Bkcc3g0F8ceyiPxOaMUQoNFsQI8SXakd_y_zV0CUQj6Nj_BftxNsXLtRA8pAcj5qScGZXGHtifIvSOluLapXj95VX6US8OQb8ohpL7wJvz1n0kxQXw_5tU_-UDGW7k4OSrydz4c4NAd92deINhe2uJbyjQk7d0/w154-h200/IMG_2437.jpeg" width="154" /></a></span></div><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">Cachorros e gatos no quintal, a areia da praia ao lado, sandálias havaianas e a serenidade de Itaparica, a principal cidade da ilha do mesmo nome, virada de costas pra Salvador, a metrópole da Bahia. E um notebook por perto, pra escrever. Só sai dali pra cumprir copiosa agenda de palestras, debates e outros eventos culturais Brasil afora.</span><p></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(6, 6, 6); margin-block: 0px 0.9rem; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><span>Ao lado da companheira Sara Victoria, designer e escritora, é assim que vive hoje, aquele que é o mais polêmico e brilhante , intelectual da Bahia, por conta de uma produção teórica invejável e de trabalhos práticos de grande efeito. Vive atualmente bem próximo de onde morava outro brilhante intelectual baiano, o escritor João Ubaldo Ribeiro. </span><span face="Arial, sans-serif" style="caret-color: rgb(22, 36, 64); text-align: start;">Atuando como escritor e colaborador de jornais, o antropólogo, ensaísta e historiador baiano Antônio Risério tem colecionado polêmicas, especialmente quando trata de questões raciais. </span><span face="Arial, sans-serif" style="caret-color: rgb(22, 36, 64); text-align: start;">Em janeiro do ano passado, foi alvo de ataques vindos de intelectuais e militantes de esquerda, quando escreveu um artigo para a Folha de S. Paulo intitulado Racismo de Negros Contra Brancos Ganha Força com Identitarismo.</span></span></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(6, 6, 6); margin-block: 0px 0.9rem; text-align: justify;"><span style="background-color: black; caret-color: rgb(66, 66, 66); color: white; font-family: verdana;">Nascido em Salvador em 21 de novembro de 1953, é poeta, escritor, jornalista e antropólogo. Fez política estudantil, membro da Política Operária (Polop) foi preso pela ditadura militar em 1968, mergulhou na viagem da contracultura, editou revistas de poesia experimental na década de 70 e escreveu para a imprensa brasileira: Código, Muda, Bahia Invenção. Em dezembro de 1989, Risério criou o suplemento quinzenal do Jornal da Bahia, Fetiche, editando nove números.</span></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(66, 66, 66); margin: 0px 0px 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; font-family: verdana;">Em 1995 defende dissertação de Mestrado em Sociologia com especialização na Antropologia pela Universidade Federal da Bahia. Participou das campanhas políticas dos políticos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Teve suas parcerias poético-musicais gravadas por diversas estrelas da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Alfredo, Diana Pequeno, Morais Moreira, J. Veloso, MPB 4, Arnaldo Antunes, Gereba, Lazzo Matumbi, Paulinho Boca de Cantor, Chico Evangelista,</span></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(66, 66, 66); margin: 0px 0px 20px; text-align: justify;"><span style="background-color: black;"><span style="font-family: verdana;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipJ70icf5-wSialhmGUmEO2EH5LcKfnZdVy7HmdQCaR5-MX_JU7zAkd3P1zGQ7HCghEyKPvc0TdGkATorqfsA_JMFzGQWBuoUi61CtE3NCINrZlI1NglOazt8NnhIs4EcM5c9Z42YC2WALo5ntQ4AR9hQ7L8VEqHsKtFxfPUy6iDlqjRO8Rss_UBgA66g/s1246/IMG_2439.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: black; font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1246" data-original-width="1038" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipJ70icf5-wSialhmGUmEO2EH5LcKfnZdVy7HmdQCaR5-MX_JU7zAkd3P1zGQ7HCghEyKPvc0TdGkATorqfsA_JMFzGQWBuoUi61CtE3NCINrZlI1NglOazt8NnhIs4EcM5c9Z42YC2WALo5ntQ4AR9hQ7L8VEqHsKtFxfPUy6iDlqjRO8Rss_UBgA66g/w167-h200/IMG_2439.jpeg" width="167" /></span></a></div><span><div style="background-color: black; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Antonio Risério tem aproximadamente, trinta títulos publicados, dentre os seus livros, destacam-se: ‘Carnaval Ijexá’ – notas sobre os blocos e afoxés do novo carnaval afro-baiano, 1981; ‘O poético e o político’ (em parceria com Gilberto Gil), 1988; ‘Caymmi um utopia de lugar’, 1993; ‘Cores Vivas’; ‘Textos e Tribos – poéticas extraocidentais nos trópicos brasileiros’, 1993; ‘Avant-garde na Bahia’, 1996; ‘Fetiche’, 1996; ‘Oriki Orixá’, 1996; ‘Ensaio sobre o texto poético em contexto digital’, 1998; ‘A via Vico e outros Escritos’, 2000; ‘Adorável Comunista’, 2002; ‘Uma história da cidade da Bahia’, 2004; ‘A Banda do Companheiro Mágico’, 2007; ‘Uma História do Povo de Sergipe’, 2010; ‘A Cidade no Brasil’, 2012; ‘Edgard Santos Reinvenção da Bahia’, 2013; ‘Mulher, Casa e Cidade’, 2015; ‘A Casa no Brasil’, 2019; ‘Bahia de Todos os Cantos’, 2020; ‘Uma cidade, uma rua, uma igreja’.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span face="glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: black; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: white; letter-spacing: -0.45px; text-align: left;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXfFXSjwiIEfBwDuPMDCccDal_pTAN0vTsWrM70K5vx2RQveN0oIU54I5ts3c2RaaKA0L2XPSdNhklU3l5T_sY5o0-Ki1qUXwMpAozDFMTIIjHtYQh0h1g2bz9e5FIFwNf5XXF8eQ3H4wDL4oD2u1oJ5Qj2EwJvZtSvEIGL3OQYtS1dRZdL3QrH0h9UMM/s350/IMG_2440.jpeg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="229" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXfFXSjwiIEfBwDuPMDCccDal_pTAN0vTsWrM70K5vx2RQveN0oIU54I5ts3c2RaaKA0L2XPSdNhklU3l5T_sY5o0-Ki1qUXwMpAozDFMTIIjHtYQh0h1g2bz9e5FIFwNf5XXF8eQ3H4wDL4oD2u1oJ5Qj2EwJvZtSvEIGL3OQYtS1dRZdL3QrH0h9UMM/w131-h200/IMG_2440.jpeg" width="131" /></a></div>Em recente livro escrito por Antônio Risério, “Sobre o relativismo pós-moderno e a fantasia fascista da esquerda identitária" Riserio provocou grandes polêmicas. Rompendo a espiral de silêncio reinante nos ambientes intelectual e acadêmico, o antropólogo baiano Antonio Risério faz ataques severos a movimentos de minoria que, traindo sua origem, teriam se convertido em guetos fechados e avessos a qualquer forma de divergência, perseguindo de forma brutal e truculenta todos aqueles que ousam criticá-los. Segundo o autor, o que era para ser inclusivo tornou-se excludente. Risério identifica nesse processo a emergência de um verdadeiro fascismo identitário, incapaz de compreender a complexidade da sociedade brasileira além dos clichês do cercadinho ideológico de uma certa esquerda.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span face="glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: black; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: white; letter-spacing: -0.45px; text-align: left;">Por conta dessa posição, Riserio vem sofrendo perseguições e até ameaças de morte. Apesar de todos ataques segue escrevendo, debatendo e realizando projetos, agora, completando sete décadas de produtiva existência.</span></span></div></span><p></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-88827203067423691392023-11-21T13:41:00.002-04:002023-11-21T14:37:38.266-04:00Ciclovia que brilha com obra de Van Gogh<p style="text-align: left;"><span style="background-color: #fafafa; text-align: justify;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTSKVNda5VvfsVo0LyOu85Hl4SBsWOlflx3Jb2u22zkT0hdhXfxlW8eX5rtfQm8Q3DWWLZcJW4rGiKBPSRuZwrmpTd8PvhHxH2Lv3doJLzB91mvcwY1r3n6_zbEP91njeEwX_-cSbvOnlvNVdtmySsVd9_vWqaR_axo3vVGW4nUVkW4Y8wdg9ENC3V6nc/s300/IMG_2435.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="168" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTSKVNda5VvfsVo0LyOu85Hl4SBsWOlflx3Jb2u22zkT0hdhXfxlW8eX5rtfQm8Q3DWWLZcJW4rGiKBPSRuZwrmpTd8PvhHxH2Lv3doJLzB91mvcwY1r3n6_zbEP91njeEwX_-cSbvOnlvNVdtmySsVd9_vWqaR_axo3vVGW4nUVkW4Y8wdg9ENC3V6nc/s1600/IMG_2435.jpeg" width="168" /></a></div><span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: verdana;">A </span><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(42, 42, 42); text-align: justify;">Holanda, conhecida por ser o país das bicicletas, não para de surpreender quando o assunto é ciclovia e incentivos ao uso de bikes. Na cidade de </span><strong style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(42, 42, 42); text-align: justify;">Eindhoven</strong><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(42, 42, 42); text-align: justify;">, localizada ao sul de Amsterdã, existe uma ciclovia especial, inspirada no famoso quadro </span><em style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(42, 42, 42); text-align: justify;">“A Noite Estrelada”</em><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(42, 42, 42); text-align: justify;">, do pintor holandês </span><strong style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(42, 42, 42); text-align: justify;">Vincent Van Gogh</strong><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(42, 42, 42); text-align: justify;">. Feita com um material especial, a ciclovia brilha no escuro, criando um efeito que é de cair o queixo.</span></span></span><p></p><p style="text-align: left;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; text-align: justify;">O projeto, que une arte e tecnologia à cultura do ciclismo, foi feito com peças de um material que traz pequenas</span><strong style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; text-align: justify;"> luzes LED.</strong></span></p><p style="text-align: left;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; text-align: justify;">Dessa forma, quando está escuro, o chão brilha, criando o efeito surpreendente. “</span><em style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;">Eu queria criar um lugar em que as pessoas pudessem ter uma experiência especial</strong>. A parte técnica combinada com experiência, isso é o que a poesia tecnológica significa para mim</em><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; text-align: justify;">“, explicou </span><a href="https://www.studioroosegaarde.net/projects/" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; outline: 0px; text-align: justify; text-decoration: none;" target="_blank">Daan Roosegaarde</a><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; text-align: justify;">, artista responsável pelo projeto da ciclovia.</span></span></p><p><span style="background-color: black;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: white; font-family: verdana;"></span></span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; display: inline-block; line-height: 23px; margin: 0px auto 28px 0px; text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">A rota escolhida para a intervenção, feita em apenas alguns metros da ciclovia, é conhecida por passar por locais que marcaram a vida de Van Gogh, como Zundert, cidade em que o pintor nasceu e foi criado. O ano de 2025 será marcado pelas comemorações do <strong style="box-sizing: border-box;">135° aniversário da morte de Van Gogh</strong> e a ciclovia é apenas uma das novidades inspiradas na obra do artista que estão por vir.</span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-67401962646201914202023-10-06T08:42:00.004-04:002023-10-06T10:41:25.704-04:00 Devolva-nos essa velha vida<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhlMxB9rl232PMUpxjuJwc7b0IZHIbkAKOazuNpEibwTREYnFpUNnpdHu2JnIHcEyyLZDmnWb_bv9yAQI2iPyRaxSd2Ex2oTrQo5xN3PFEYzO3YZe4jCZm8smL6ZZl7L2bSHe4ZKT1V2eRYXgqZrgZYIemDmbNAacYIYRz3L_WslvkI_OywJ5zTXAzbYE/s556/IMG_1475.jpeg" style="display: block; padding: 1em 0px; text-align: justify;"><br /></a></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIxHfbvjPiy1iPs5I470DyAV5vbFL0kyIolctoWEcBiAd2f4kE4RqB8sb7sca4BP-22BUvlfl3zs0soplEFQvq7pG0i6g3RdM9uAECw_-lG5VNpCA60pGaJQuuNiYaJGP-Jb2jodjpQYGyXYNBQ7cHfYihY7OxvSLzj6xSNk2Hmt_gs8HgHfq0w0koCwc/s500/IMG_1477.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIxHfbvjPiy1iPs5I470DyAV5vbFL0kyIolctoWEcBiAd2f4kE4RqB8sb7sca4BP-22BUvlfl3zs0soplEFQvq7pG0i6g3RdM9uAECw_-lG5VNpCA60pGaJQuuNiYaJGP-Jb2jodjpQYGyXYNBQ7cHfYihY7OxvSLzj6xSNk2Hmt_gs8HgHfq0w0koCwc/w400-h400/IMG_1477.jpeg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Tasso Franco*</span></b></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Houve uma época nesta cidade da Bahia em que a vida noturna era pulsante, quer no centro histórico; quer nos bairros para dançar e farrear; vadiar e acasalar; flanar sem medo de ser feliz.
Quem é antigo como eu lembra do Rumba Dancing, do Tabaris, do Varandá, do Maria da Vovó, no Anjo Azul, do Cacique, do XK, Braseiro da Ladeira da Praça, do Oceania, do chope La Fontana na Carlos Gomes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Havia até um pouso da madrugada no Largo de Amaralina que sequer tinha portas, o Gereré; e no Cosme de Farias, em Semirames, brincava-se com os copos e a prosa até as madrugadas; na Boa Viagem e na Ribeira, nos divertíamos no Caçuá e no Tainheiros.
A Barra era um paraíso desde a Maria Fumaça aos clubes chiques e populares com seus bailes nos finais de semana, na Associação Atlética, no Palmeiras, no Democratas, no Amazonas e, de quebra, nas madrugadas descer a terceira escada rumo as areias da praia e ao amor. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Pensar sobre o tempo e todo esse retrocesso imaginando que teríamos continuidade com outras formas de viver a cidade às noites é um passatempo desagradável já que, nesse alvorecer do século XXI, vivemos enjaulados.
Há grades em nossas casas por todos os lados nas residências dos ricos, dos pobres, dos remediados, das autoridades, dos juízes, dos parlamentares, dos templos religiosos, nos colégios, universidades, ninguém escapa dessa vigilância permanente acrescida de cães e câmeras. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Até imagens de santos vivem em nichos enjaulados e furta-se os dízimos na Irmandade do Senhor do Bonfim a ponto de Sua Eminência, o cardeal, intervir nomeando um monsenhor probo.
Esse é o ambiente na Cidade da Bahia que já foi de paz e amor, do pombo Correio, do caminhar sem lenço nem documento nas dunas do Abaeté e nas areias das praias. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dorival Caymmi teria sido um profeta desse novo tempo? “Ai, ai que saudade eu tenho da Bahia/ Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia/ "Bem, não vá deixar a sua mãe aflita/ A gente faz o que o coração dita/ Mas esse mundo é feito de maldade e ilusão.”</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É isso, agora, proíbe-nos de sairmos às noites, de tomarmos um chopinho a beira orla, curtir o largo da Dinha, degustar o sorvete na balaustrada da Ribeira diante de tanta maldade e balas perdidas a voar
Na década de 1970, Vinicius de Moraes e Toquinho cantavam: “É bom passar uma tarde em Itapuã/Ao sol que arde em Itapuã/ Ouvindo o mar de Itapuã/ Falar de amor em Itapuã/ Depois sentir o arrepio/ Do vento que a noite traz/ E o diz-que-diz-que macio/ Que brota dos coqueirais/ E nos espaços serenos/ Sem ontem nem amanhã/ Dormir nos braços morenos/ Da lua de Itapuã.” Devolva-nos essa velha vida senhores e senhoras autoridades das gravatas, togas e colarinhos engomados. Juro que tenho saudade desse tempo da cidade inteira e não pela metade, do meio turno. Viramos repartição pública. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Hoje, é-nos proibido dormir nos braços morenos da lua de Itapuã, das dunas do Abaeté, do luar da praia de Tubarão, da colina do Monte Serrat e até do largo onde fica a Basílica do Senhor do Bonfim.
Resta-nos, oh! que tristeza, o sol se pondo em Cacha Pregos vendo-se da encosta do Farol da Barra e, logo em segunda, o caminho de casa como cordeiros de Deus. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A cidade perdeu o seu glamour dos luares, do seu encanto das noites, e olhar a beleza da lua cheia só é permitido das janelas das casas e apartamentos, das cornijas das igrejas ainda, arriscados, a seremos atingidos por alguma bala perdida que zunindo no espaço não tem endereço certo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Eu, o andarilho desta cidade, limito-me a flanar apenas no quadrilátero do centro histórico e quando vou a algum sitio na minha vizinhança, para algum serviço, no Calabar, na Sabina, no Alto das Pombas, fico atormentado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Era cliente há decênios da borracharia da entrada do Calabar de longos anos e, hoje, evito-a; freguês da oficina do mestre Botafogo, na Sabina, que também evito.
E o que dizer de andar pela Capelinha do São Caetano, pela Valéria, Saramandaia, São Bartolomeu, Avenida Peixe, Pedrinhas, Rua Direita do Uruguai, praça da Revolução, em Periperi, no Boca de Galinha da Plataforma que tanto gostava, nem pensar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Fui expulso (eu e todos os outros estranhos a esses sítios) desses bairros porque não nos enquadramos dentro do código estabelecido pela bandidagem, aquele que vale, uma vez que o código Hamurabi, dos togados, não serve para nada. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando escrevia Dom Quixote em seu prólogo na dúvida do que colocaria no papel, Cervantes foi visitado por um amigo que lhe fez muitos questionamentos e acordou para o escrito dando um tapa na testa.
Estamos assim, vivendo em pensamentos e precisando de um tapa desses a darmos nas autoridades, um tapa na consciência. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Somos, pois, os baianos da capital, da Cidade da Bahia outrora de paz e amor, plena, inteira, cheia, noite e dia, agora, apenas pássaros que somos regulados pelo tempo e, ao escurecer, ao sol se por no horizonte, irmos para casa e dormir.
Vivemos numa cidade pela metade do raiar ao por do sol. </span></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">*Escritor e Jornalista</span></b></div>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-91569548767346748182023-09-29T18:17:00.015-04:002023-09-30T06:20:29.542-04:00Os Tesouros da Baía <p style="text-align: justify;"> <i>Histórias submersas da Baía de Todos os Santos mostram o passado fora dos livros e atraem piratas.</i></p><p><span face=""Noto Serif", Arial, Tahoma, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; font-size: 20px; letter-spacing: 0px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj5ldrdMj1W04JGmpiFSeJSRcs-iBGKL2flZG1Q4agmY6ebv3T6t6ApEE1kUp5fX9LnyejJfcc7xKv-2majjcQIliVtvB2osqh737-W7hGqaHHl5gEkamK4NS5nvsRCHr-BnOdK6YbeDK5bjdd3rMzwe9HJqdcgRGtgLFDVDFUmj0y6KwDphZSgQj8odc/s1383/IMG_1229.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1383" data-original-width="1125" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj5ldrdMj1W04JGmpiFSeJSRcs-iBGKL2flZG1Q4agmY6ebv3T6t6ApEE1kUp5fX9LnyejJfcc7xKv-2majjcQIliVtvB2osqh737-W7hGqaHHl5gEkamK4NS5nvsRCHr-BnOdK6YbeDK5bjdd3rMzwe9HJqdcgRGtgLFDVDFUmj0y6KwDphZSgQj8odc/w325-h400/IMG_1229.jpeg" width="325" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; font-family: verdana; letter-spacing: 0px;"><b>F<span style="background-color: black; color: white;">ernanda Santana*</span></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><span face=""Noto Serif", Arial, Tahoma, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; letter-spacing: 0px;">Embaixo d’água, um dos conhecimentos básicos que mergulhadores, exploradores e arqueólogos subaquáticos compartilham é saber diferenciar sucata de história. No fundo do mar, qualquer rastro de ferrugem pode indicar uma arqueologia perdida, sobretudo na Baía de Todos-os-Santos (BTS), um dos principais sítios arqueológicos subaquáticos brasileiros.</span><span face=""Noto Serif", Arial, Tahoma, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; letter-spacing: 0px;"> </span></span></p><p dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">O tempo e a falta de manejo deterioram parte da história contada por esses sítios, caracterizados por abrigar vestígios materiais da ação humana. As embarcações que daqui saíram ou tentaram aportar, mas naufragaram, trazem informações sociais, históricas e comportamentais do seu tempo. Das 18 localizadas pelo projeto Observabaía, ligado à Universidade Federal da Bahia (Ufba), cinco estão em alto risco de vulnerabilidade. Em 1998, o historiador José Góes de Araújo calculou mais de 150 embarcações naufragadas na BTS. </span></p><p dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">Como o patrimônio subaquático não é visto, raramente é lembrado. E, no esquecimento, a dilapidação fica mais fácil. “Essas histórias ficaram subalternas, não são as histórias dos livros. Quem eram os tripulantes? Para onde iam, o que representava chegar num porto de Salvador no século 19 e procurar seus amigos?”, questiona Rodrigo Torres, doutor em arqueologia pelo Nautical Archaeology Program da Universidade do Texas (EUA). </span></p><p dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">A história dos documentos, segundo ele, é a dos burocratas. A dos sítios arqueológicos subaquáticos, “fonte primária insubstituível”. A BTS, como a costa do Recife e Rio de Janeiro, é um polo de naufrágios. Isso tem explicação. A Baía que margeia Salvador na sua porção oeste e o Recôncavo Baiano ao leste foi a maior rota de produtos do Brasil Colonial. </span></p><p dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">Os colonizadores buscavam estar à margem de ambientes seguros e navegáveis como baías. Isso porque tinham um modelo agroexportador e queriam tempo para se proteger de ataques. A BTS “favoreceu uma ocupação mais estável”, explica Caio Adan, historiador, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e coordenador do Centro de Estudos do Recôncavo.</span></p><p dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">A falta de preservação desse patrimônio soterra um passado que acontecia por intermédio das águas e que pode não ter sido contado. <span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Os mergulhos começam um dia antes de o barco sair da costa. É preciso preparar o barco, combustível, cilindro e comida.</span></span></p><p dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: verdana; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: white; font-family: verdana; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYQ-VAWMdJMwFq1DYn5MZbZEZj8y55XJmls26VW-g2PgIwsDzmCFFHBlfYxjLZtP_7CFKQ41HB5Y7gpLSrPmOcy85zyf8SNCc_JlkACu6dcfe3U5elXTtYXQqCfxDF71tAD-69qcWt4vWjYZfwh_iiiOFHX92yg3xfPmlmB_Qsw4nHzRUhOdjzyC9mHFM/s980/IMG_1233.jpeg" style="background-color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="680" data-original-width="980" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYQ-VAWMdJMwFq1DYn5MZbZEZj8y55XJmls26VW-g2PgIwsDzmCFFHBlfYxjLZtP_7CFKQ41HB5Y7gpLSrPmOcy85zyf8SNCc_JlkACu6dcfe3U5elXTtYXQqCfxDF71tAD-69qcWt4vWjYZfwh_iiiOFHX92yg3xfPmlmB_Qsw4nHzRUhOdjzyC9mHFM/s320/IMG_1233.jpeg" width="320" /></a></div><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">O investimento de uma saída de mergulho custa, em média, R$ 400 por pessoa. “Eu só posso falar que eu procuro, não posso dizer que achei”, brinca Mário Cortizo Andion, rebatizado popularmente como</span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"> </span><a href="https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/sete-marios-conheca-a-historia-do-pirata-do-mar-da-bahia-e-todas-as-suas-facetas/" style="border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Mário Mukeka</a><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">, 67, mergulhador, sobre os tesouros submersos que movem o imaginário de outros mergulhadores que descem cotidianamente à Baía.</span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Como ninguém está oficialmente procurando, ninguém encontra, também oficialmente, nada. Moqueca é filho de piloto de avião, mas preferiu o mar. Isso depois de, em 1990, encontrar uma idosa, na Ladeira de São Bento, em Salvador, que o indicou a existência de centenas de moedas de ouro no mar de Amaralina. A praia está fora da Baía, que depois Mário conheceria de ponta a ponta. “Já mergulhei na BTS mais de cinco mil vezes”, calcula o mergulhador, que sempre viveu do mar, m<span>as em atividades de guia </span></span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Desde a infância, quando veraneava em Itaparica, ou no dia a dia, no Porto da Barra, Moqueca mergulhava sem equipamento para encontrar tesouros. “A busca de coisas do mar nunca me rendeu dinheiro, mas eu sempre trabalhei do mar”, diz Moqueca, que nunca encontrou as moedinhas douradas prometidas pela senhora desconhecida. “</span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"><span>Todo mergulhador tem um pouco de pirata</span>, mas a gente fala que não. Você está andando por aí, tropeça num baú antigo de ouro e vai procurar o dono?”, pergunta um mergulhador, que pediu para não ser identificado. Há mergulhadores que acreditam num mundo de riquezas ainda por desbravar.</span></div></span><span><div class="separator" style="clear: both; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnAS9T7MH87YA-9lKENg8HUjxmF01CbcZX0BhexZeIbnxmkd6lrt6OPiFFIG4oevdyEglBmyRkJHP4zhNjd-xgWdJ767zuzAIC1fLYOd8LL5mwfwQZ7xEN56emmbfeMahwfExuvigq0QG8ZobFlqQDSAJEzaCR5_rLeZ8VDgCtb7mAcKtG6643C7GTqU8/s1673/IMG_1230.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="941" data-original-width="1673" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnAS9T7MH87YA-9lKENg8HUjxmF01CbcZX0BhexZeIbnxmkd6lrt6OPiFFIG4oevdyEglBmyRkJHP4zhNjd-xgWdJ767zuzAIC1fLYOd8LL5mwfwQZ7xEN56emmbfeMahwfExuvigq0QG8ZobFlqQDSAJEzaCR5_rLeZ8VDgCtb7mAcKtG6643C7GTqU8/s320/IMG_1230.jpeg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">O movimento das marés, assim como soterra naturalmente naufrágios, pode revelar outros, e sabe lá o que pode surgir. “Se alguém achou, está de bico calado, porque quem vai falar?”, pergunta outro mergulhador. </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">A Marinha do Brasil respondeu que não há registro de roubo de patrimônio na BTS na Ouvidoria da Capitania dos Portos da Bahia sobre, nem projeto em andamento para preservação em sítio ou pedidos de exploração em sítios. A Marinha é responsável por fiscalizar e autorizar atividades de pesquisa e exploração. </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Um dos canais de comunicação dos mergulhadores e caçadores com as riquezas do mar são os pescadores. Quando lançam a rede no mar e o retorno levanta suspeita - por exemplo, se vem uma louça no lugar de um peix<span>e -, eles ligam para mergulhadores conhecidos. </span></span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Quem hoje mergulha no mar da BTS logo é avisado que, o que for encontrado no mar, lá deve ficar. “Antigamente, era muito aquele negócio de achar tesouro. Hoje a gente fala que temos que deixar tudo ali”, conta Marcos de Paula, dono de uma empresa de mergulho localizada no Comércio. A arqueologia da BTS pode ser visitada por não mergulhadores. Para isso, há duas possibilidades: um curso de uma semana, em que você sai habilitado para mergulhar em qualquer parte do mundo; ou um batismo, em que o professor dá indicações básicas para mergulhos de até 12 metros de profundidade. “</span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"><span>Os</span> naufrágios mais visitados são esses mais rasos. Temos aqui na BTS de quatro a nove metros de profundidade”, diz Marcos. </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Fora d’água, em Salvador, o público pode conhecer materiais retirados do mar no Museu de Etnologia e Arqueologia e no Museu Náutico da Bahia, na Barra, onde estão expostas cinco vitrines de artigos retirados do Galeão Sacramento, um navio que bateu no Banco de Santo Antônio e naufragou. </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Em novembro de 2020, , um passo foi dado para criar novos pontos de mergulho em naufrágios e incentivar o turismo náutico. Depois de quatro anos sem fazer a travessia Salvador-Itaparica (maior ilha da BTS), o ferry-boat Agenor Gordilho foi afundado. </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">A ideia de criar afundamentos divide opiniões, mas existe um consenso entre os pesquisadores que estudaram invasões na BTS. Estruturas artificiais podem servir como focos de proliferação para espécies exóticas, explica Francisco Barros, oceanógrafo, doutor em Ecologia Marinha pela Universidade de Sidney e professor da Ufba<span>. </span></span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Na foz do Rio Paraguaçu, pode estar soterrado um dos grandes afundamentos que se têm registro histórico na BTS. Foi o historiador José Góes quem apontou nesta direção: o navio holandês teria sido parado pela lama e afundou. “Muitas histórias deixam de ser contadas, por falta de uma maneira organizada. Como se reconstruirá essa história apagada?”, pergunta Carlos Caroso, antropólogo e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba).</span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"> </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Um dos desafios é fazer com que a cultura e natureza não estejam em confronto. “A BTS é um museu aberto”, diz Caroso. Mas, essas riquezas históricas vão muito além dos naufrágios. As bordas da Baía eram habitadas por tupinambás que também usufruíam da BTS - para pescar e se locomover. “O que é contado dessas histórias indígenas? Porque ainda pode existir muita coisa lá embaixo”, acredita Caroso. </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"> </span></div></span></span><p></p><p dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: verdana; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><div style="text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">SAMBAQUIS</span></b></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ556F_2ajjKpWiHQqwQTP63mPmI0WkCF_FHnSWohLhWWpkofGa9FhSQ2OMV4mTD9ugZXrBf4K6IhigB3R-AxVSgqXuj0BUWrZExo0zUTm1sctOr1qmMXzxePOPIzPOfasYGog9LEIaLj7wK9YIEG3SulNwPgGgoA4JVzqp_pDswNK4Pue8mTKwXbQuWk/s562/IMG_1234.jpeg" style="display: block; padding: 1em 0px; text-align: center;"><img alt="" border="0" data-original-height="401" data-original-width="562" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ556F_2ajjKpWiHQqwQTP63mPmI0WkCF_FHnSWohLhWWpkofGa9FhSQ2OMV4mTD9ugZXrBf4K6IhigB3R-AxVSgqXuj0BUWrZExo0zUTm1sctOr1qmMXzxePOPIzPOfasYGog9LEIaLj7wK9YIEG3SulNwPgGgoA4JVzqp_pDswNK4Pue8mTKwXbQuWk/s320/IMG_1234.jpeg" width="320" /></a></div>Os tupinambás viviam nos entornos da Baía e técnicas ainda hoje utilizadas por pescadores foram herdadas desse povo que tinha estreita relação com o mar. Uma delas é a camboa, armadilha de palhas de piaçava que, transformadas em esteiras, aprisionam o pescado. <span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">A materialidade dessas vivências está gravada na Baía por meio dos sambaquis, sítios arqueológicos construídos por populações pesqueiras que ocuparam ambientes costeiros entre 600 e sete mil anos atrás. “Os sambaquis são acúmulos de restos alimentares como conchas, ossos de peixes, frutos e sementes'', explica Carlos Costa, doutor em Arqueologia pela Universidade de Coimbra e professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">O arqueólogo Valentin Calderón identificou pelo menos quatro sambaquis na região da BTS. Depois, pesquisadores de universidades públicas identificaram mais quatro. Dos oito, apenas três foram escavados. Faltam pesquisas dedicadas a investigar esse outro lado da história. Não por falta de interesse, mas de </span> sambaquis, como em Periperi, Ilha de Cajaíba, Ilha das Vacas, dos Frades, Santo Amaro, Santiago do Iguape etc”, completa Costa. Mais descobertas sobre esses sambaquis, opina ele, "poderiam permitem saber um pouco do modo de vida das populações antes da ocupação colonial na Bahia". No futuro, os vestígios das vidas de quem vive nos entornos se misturarão mais uma vez à Baía.</div></span><p></p><p dir="ltr" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; font-family: "Noto Serif", Arial, Tahoma, sans-serif; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: 20px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;"><span style="background-color: black; color: white;">*</span><b><span style="background-color: black; color: white;">Reporter do Correio da Bahia</span>.</b></span></p><div class="section mcb-section" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-attachment: scroll; border: 0px; font-family: "Noto Serif", Arial, Tahoma, sans-serif; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: 13px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: 700; height: auto; letter-spacing: 2px; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;"><div class="section_wrapper mcb-section-inner" style="border: 0px; font-family: inherit; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px auto; max-width: calc(100% - 67px) !important; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;"><div class="wrap mcb-wrap one valign-top clearfix" style="border: 0px; box-sizing: border-box; clear: both; float: left; font-family: inherit; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline; width: 308px; z-index: 1; zoom: 1;"><div class="mcb-wrap-inner" style="border: 0px; font-family: inherit; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><div class="column mcb-column one column_column column-margin-" style="border: 0px; clear: both; float: left; font-family: inherit; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: inherit; height: auto; line-height: inherit; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 308px;"><div class="column_attr clearfix" style="border: 0px; font-family: inherit; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; zoom: 1;"><p dir="ltr" style="border: 0px; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size-adjust: inherit; font-size: 20px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: 400; letter-spacing: 0px; line-height: 26px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></p></div></div></div></div></div></div>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-62354588092105881862023-09-03T12:39:00.003-04:002023-09-03T12:40:33.072-04:00Um Metrotrem para a RMS e Reconcavo<p><span style="font-family: verdana;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH9WsdynrqVqzEiPpCgcovg6EZwhswXaWtpkqwS1OwTBBICruY659JSD3dh_5vTyEgV9nJiHsY9FUJZWSHAgN1Nl_9mRWdwopALuEP1owSUiEv2FpCEKYQDy_CXdV7ggmjAG5TYwRiwC7MxiHv54PhN4ufxCa0j3_5177y_sC80gQw0w_eVahl0JrwjLE/s590/IMG_0548.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="443" data-original-width="590" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH9WsdynrqVqzEiPpCgcovg6EZwhswXaWtpkqwS1OwTBBICruY659JSD3dh_5vTyEgV9nJiHsY9FUJZWSHAgN1Nl_9mRWdwopALuEP1owSUiEv2FpCEKYQDy_CXdV7ggmjAG5TYwRiwC7MxiHv54PhN4ufxCa0j3_5177y_sC80gQw0w_eVahl0JrwjLE/w400-h300/IMG_0548.webp" width="400" /></a></b></div><b><br />Paulo Ormindo de Azevedo*</b><p></p><p><span style="font-family: verdana;">É louvável a decisão corajosa do governador de sepultar o natimorto monotrilho suburbano e restabelecer a ligação ferroviária de Salvador com a RMS, o estado e o país. Este é o momento de pensar a Bahia num projeto de estado, de longa duração. É preciso restaurar a CPE de Rômulo Almeida e utilizar o arsenal cognitivo da UFBA e da UNEB em benefício do estado, com o abandono do achismo bem intencionado e imediatista que vem travando a Bahia há meio século. A Bahia só voltará a crescer com planejamento.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">Aquela decisão viária, que exige definições imediatas, deve começar por aderir ao novo padrão ferroviário brasileiro com bitola larga ou mista para trens modernos. Opção que implica na revisão dos raios de curvas e eletrificação da linha. A bitola de 1,435 m, ou standard, é a mais utilizada no mundo, nos metrôs e Veículos Leves sobre Trilhos. Isso permitirá a adoção de um novo conceito viário, o “metrotrem”, com a integração do VLT, do metrô e do trem de passageiros e carga num mesmo sistema. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">Com isso poderíamos levar o metrô até Feira de Santana e Itaparica pela contra costa. Nos trilhos do VLT do Subúrbio, que deverá terminar no Comércio, poderá rodar nas madrugadas trens de carga chegando até o Porto de Salvador, exigindo apenas um viaduto na Calçada. Projeto que deverá também eliminar o gargalo de Cachoeira. Essa ferro-rodovia se desviaria em S. Amaro para a península do Iguape cruzando o Paraguaçu com uma pequena ponte baixa à montante do Estaleiro da Enseada, em S. Roque, para seguir pelo leito da antiga E.F. de Nazaré e se articular com Ferrovia Centro Atlântica em Cruz das Almas. Isto reduziria de 290 km para 120 km, o acesso terrestre à ilha e ao sul. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">Qual a vantagem dessa ferro-rodovia envolvente da BTS? Integrar com um metrotrem Salvador a Feira de Santana e a Itaparica, atender com ferrovia os centros industriais do CIA, Mataripe e Enseada, o hub-porto de Salinas da Margarida e os 19 terminais marítimos da BTS e transformar a BTS numa espécie de Riviera Francesa com seu imenso potencial turístico, histórico, cultural e esportivo. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">O hub-porto de Salinas no Canal de Itaparica, no centro da costa do país, com 23 m de calado em águas abrigadas, poderá receber os gigantes porta-contêineres e graneleiros atuais, e ligado à FIOL se transformar no terminal da ferrovia transcontinental sonhada por Vasco Neto, agora com um novo traçado chegando ao Pacífico em Arica, no Chile, a 17º S, integrando as redes ferroviárias do Chile, Peru, Bolívia, Paraguai e do Planalto Central Brasileiro e trazendo a produção mineral e de grãos desses países e industrial do Oriente para a costa leste americana e a Europa através da BTS. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">Os chineses adorariam trocar a ponte de weekend por essa ferrovia transcontinental, que seria a redenção da Bahia. “Livre pensar é só pensar”, Millôr Fernandes. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">*<b>Professor Titular da Escola de Arquitetura da UFBa</b></span></p><p><span style="font-family: verdana;">SSA: A Tarde, de 03/09/2023</span> </p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-41227875836037941382023-08-22T03:22:00.003-04:002023-08-22T03:23:55.851-04:00Transformer city<p><span style="font-family: verdana;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy3EA8Sx6E7KbwUsdhnU6UvdYlcc6KX8VAu_hQQoskxGmypaWp3CLOZXLW5u2LJ7HwInjP-yhmiP7XPAq1YVOIEXlEmwRzTPSQezbD3xw2_HgE3fPcwUjTjJRw73yg70m1Ooc4-F-2PHw3u0hM6gMBcT7NAh3iCDGj05vEx1vK-b6CElU06-HL98rCWzo/s402/IMG_9884.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="245" data-original-width="402" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy3EA8Sx6E7KbwUsdhnU6UvdYlcc6KX8VAu_hQQoskxGmypaWp3CLOZXLW5u2LJ7HwInjP-yhmiP7XPAq1YVOIEXlEmwRzTPSQezbD3xw2_HgE3fPcwUjTjJRw73yg70m1Ooc4-F-2PHw3u0hM6gMBcT7NAh3iCDGj05vEx1vK-b6CElU06-HL98rCWzo/w400-h244/IMG_9884.jpeg" width="400" /></a></b></span></div><span style="font-family: verdana;"><b><br />Paulo Ormindo de Azevedo</b>*</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Quando meus netos tinham três ou quatro anos, um deles ganhou de aniversário um inocente carrinho e começou a empurrá-lo no chão. De repente tomou um susto e começou a chorar, o carrinho virou um androide intergaláctico misto de homem e máquina. Não queria aquele robot desengonçado, queria o carrinho. Meu filho tentava fazer o transformer voltar a carrinho, mas não conseguia. Só um primo adolescente viciado em seriados noir conseguiu, mas o carrinho já não rodava, e a criança não parava de chorar, queria o brinquedo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Uma amiga minha que conheceu Salvador nos anos 70, em visita recente à cidade, não mais a reconheceu. A bucólica Estrada da Rainha vivou um terrapleno com passarelas altíssimas com formiguinhas tentando escalá-la para chegar ao outro lado da rua. O canteiro central arborizado da Av. Paralela virou estrada de ferro com obscenas estações de metrô, que o colega Fernando Peixoto demonstrou com fotos de drone que são tatus em suruba. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">As avenidas em memória de Orlando Gomes e ACM, o original, viraram subsolos de viadutos sem passeios nem ciclovias, um deles com direito a pilar no meio da pista e outro em forma de tobogã que atropelou dolosamente árvores frondosas e o homenageado. Salvador havia virado uma transformer city e não consegue mais voltar a ser a cidade que era, humana e bela.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Carlos Alberto Ferreira Braga, o grande Braguinha, que estudou arquitetura e amava a paisagem carioca e a boa arquitetura, a ponto de assumir o pseudônimo de João de Barro, autor do monumental samba-canção Copacabana, de 1947, interpretado com bossa por Dick Farney, também lamentava a transfiguração da bela avenida carioca em uma floresta de espigões cinza, sem brilho. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">“Copacabana, princesinha do mar/ Pelas manhãs tu és a vida a cantar/ E à tardinha, ao sol poente/ Deixas sempre uma saudade na gente/ Copacabana, o mar eterno cantor/ Ao te beijar, ficou perdido de amor/ E hoje vive a murmurar/ Só a ti Copacabana eu hei de amar.” Podemos dizer o mesmo da Baía de Todos os Santos, que com suas belas praias ornamenta Salvador e o nosso Recôncavo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Braguinha, pouco antes de morrer em 2021, entrevistado por uma TV sobre como ele via Copacabana depois dos 74 anos do seu hino famoso, ele disse: “De um lado está tudo igual, o mar e a paisagem marinha, do outro é irreconhecível, uma merda”. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nem o consolo da bela paisagem da Bahia de Todos os Santos nós teremos, se for chocado o ovo da terrível sucuri, ou anaconda de concreto, que pode matar por garrote e engolir a indefesa Ilha de Itaparica, cantada por João Ubaldo Ribeiro e a poeta maior do Mar Grande, Myriam Fraga. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Ainda bem que os chineses e Lula, do projeto PAC-Ba, sabem que esta ponte de week end é ociosa e impagável e não querem jogar dinheiro fora.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>* Arquiteto e Professor Titular da Ufba</b>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>** Artigo publicado no jornal ATarde de 20/08/2023</b></span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-59448305499261342012023-08-08T17:27:00.006-04:002023-08-08T17:34:00.035-04:00Sobre a Ponte, sobre a Bahia<p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeeTV1VzwCiXykBm7gZtMT_aR5cyRSi-FM5S4yWHwb4R2u3gvEvkei88wJs9cGDf3fY2kBzBxnPDmWEL6JObTXgzU5r3aG4cXzTvr0NweB0uPJmSB4fTlZY3D4k4SWE6r3ECUJjeFb6v_seA7_T5OrQA_cDW1fLDMxGY5mZXTw2_KWDHz7DGf0n1G9vS4/s487/IMG_9073.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="487" data-original-width="387" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeeTV1VzwCiXykBm7gZtMT_aR5cyRSi-FM5S4yWHwb4R2u3gvEvkei88wJs9cGDf3fY2kBzBxnPDmWEL6JObTXgzU5r3aG4cXzTvr0NweB0uPJmSB4fTlZY3D4k4SWE6r3ECUJjeFb6v_seA7_T5OrQA_cDW1fLDMxGY5mZXTw2_KWDHz7DGf0n1G9vS4/w254-h320/IMG_9073.jpeg" width="254" /></a></span></b></div><b><span style="font-family: verdana;">Mateus Oliva*</span></b><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Baía de Todos os Santos, capital da Amazônia Azul, é o palco para um projeto audacioso - uma ponte para conectar a movimentada Salvador à ilha de Itaparica. Este empreendimento é um labirinto de considerações complexas que exigem uma avaliação cuidadosa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">As pontes são símbolos notáveis de conexão e progresso humano. Não apenas unem geograficamente dois pontos, mas também representam a união de economias e povos. Muito melhor a ideia da construção de uma ponte do que a construção de muros, proliferados dada a crise de segurança pública na Bahia. No entanto, obras monumentais trazem consigo desafios técnicos, financeiros e ambientais.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na Itália persiste um plano caro e malsucedido de construção de uma ponte sobre o Estreito de Messina, na Sicília. Desde os romanos, até os dias atuais, apesar de inúmeros e custosos estudos e tentativas, o projeto nunca se materializou. Ambição milenar fracassada. Em contraste, a “Golden Gate Bridge” na Baía de São Francisco, região abastada da Califórnia, tornou-se símbolo do progresso e harmonia entre a engenharia e o meio ambiente. No Brasil, a ponte Rio-Niterói, orgulho nacional, fechou um circuito viário continental em torno da Baía de Guanabara. A ponte foi construída com o interesse inglês. A longeva Rainha Elizabeth II veio à inauguração. Por trás de toda pompa estavam a siderurgia e o capital ingleses. Ficou o Brasil com o orgulho e a dívida externa de uma obra que custou mais de 300% do que o orçado. O Rio não é uma metrópole desenvolvida.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Bahia tem riquezas e polos de excelência, tem também extrema pobreza e carência de infraestruturas básicas. A necessidade de conexão intermodal entre polos produtivos e os mercados intra e internacionais é gritante. Setores econômicos, desde o tecnológico e produtivo agronegócio, a geração das energias renováveis éolica e solar, as cadeias industriais verticalizadas, até os vastos recursos minerais, entre outros, clamam por uma infraestrutura intermodal conectada.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A construção da ponte Salvador-Itaparica, embora seja uma ideia sedutora, tem um efeito de tunelamento. Concentra-se na conexão de apenas dois pontos através de modal único. É essencial que o Estado promova os investimentos nas conexões ferro-rodo-portuárias e assim equilibre, com sustentabilidade, o desenvolvimento das regiões.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">É temível que a ponte intensifique o fluxo rodoviário para Salvador. A população ao sul buscará serviços de educação, hospitalidade e saúde oferecidos na capital. A península afunilada, de topografia irregular, congestionada e densamente povoada, terá os desafios de mobilidade urbana amplificados. É certo que não será um alívio de tensões. É incerto que a construção da ponte seja prioridade para elevar o Índice de Desenvolvimento Humano na Bahia.</span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">*Matheus Oliva - Empreendedor</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">** Artigo publicado no jornal Correio da Bahia, edição do dia 8/08/2023</span></b></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-17667019301488663632023-08-03T18:14:00.021-04:002023-08-04T09:00:51.159-04:00Viva Kirimurê<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht3jYEoA3JTCmkUlVURKBAOqUBpB4Uwxib3GuZQZ1vC_gpHvq_fErl0Bu-BHV4JHW4qhIRE7QZueACI_IE_mWM4ZGgRblqbB1ejozlf8tG39LYFjjQCRN8TPE0LEPKczqkNCa6nLcVZpz7X05st3EJaVUEmHHnLFsj9-FJaDInL5tgkNTSZNcwqF-S_WA/s555/0608E696-50DF-4901-B85C-9D7088D740EB.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="555" data-original-width="454" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht3jYEoA3JTCmkUlVURKBAOqUBpB4Uwxib3GuZQZ1vC_gpHvq_fErl0Bu-BHV4JHW4qhIRE7QZueACI_IE_mWM4ZGgRblqbB1ejozlf8tG39LYFjjQCRN8TPE0LEPKczqkNCa6nLcVZpz7X05st3EJaVUEmHHnLFsj9-FJaDInL5tgkNTSZNcwqF-S_WA/w328-h400/0608E696-50DF-4901-B85C-9D7088D740EB.jpeg" width="328" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;"><b>Vicente Antonio</b>*</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">Que cenário ideal de se falar e pensar a cidade da Bahia, a capital da Bahia, Salvador, envolta em uma massa de oceano e mar, ao lado DO TRÊS MARIAS ícone deste museu e pedra fundamental da epopeia das navegações oceânicas do navegador moderno Aleixo Belov. Aqui, vindo de longe chegou primeiro Américo Vespúcio em 1501, como cartógrafo da expedição de Gaspar Lemos descobrindo Kirimurê, na linguagem Tupinambá e relatando ao Rei D Manuel I, o Venturoso, que é aqui que deve começar o Brasil, o novo Mundo e 48 anos depois chega Tomé de Souza para fundar esta encantadora cidade que hoje em pleno século 21, teima em se modernizar, continuando humana, atraindo navegadores de mar e das artes de todas as partes do mundo. O navegador florentino Vespúcio veio descobrir Kirimurê, Aleixo Belov, saindo de Kirimurê fez viagens transatlânticas que deixariam Colombo, Vespúcio e Cabral abismados. A rota da segunda viagem em solitário é impressionante. Sai de Salvador, rumo norte, atravessa o canal do Panamá, cruza o pacífico, chega à Austrália, passando por Galápagos, Tahiti, daí ruma para a Índia, sobe o mar Vermelho, atravessa o Canal de Suez, chega ao Mediterrâneo, faz uma estada em Chipre, para em Busca das Raízes, ir de avião à Moscou, depois a Karcov na Ucrania, matar a saudade de sua aldeia rural MEREFA, a 40 km de trem de Karcov. Pisou no chão pela 1ª vez de sua terra natal, que havia saído com sete meses há 44 anos atrás(1987). Depois de 53 dias em terra pega de volta o TRES MARIAS navegando pelo mediterrâneo, estreito de Gilbraltar e finalmente o destino ansioso do BRASIL, Rio de Janeiro e finalmente Salvador, KIRIMURÊ. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">O historiador, ensaista literário, biógrafo e urbanista utópico, Lourenço Mueller, narra em crônicas curtas e abrangentes tudo o que pôde falar de Kirimurê, da cidade da Bahia (Salvador), do Comandante Belov e de si mesmo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: verdana;">__________________________________</span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyxpy5dCGAPKX364sQ999BNVHvH9Wb813x7cyAzH30yIK8hE_0zV3gUmJgOrjTosDc0zZYPxat7gi2UHT7bQ-ayHD2ixIMUs6RfJQElS2Mt4p__1M8NppK1Vc3Q_cS2goyUNih9NfK88EzDy41qD5qWg8sGJB9D1mMH6KH1YidAbusvExbvkQHptau93I/s530/575E136C-DE9F-46CA-B7C7-551A397977F3.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: black; color: white;"><img border="0" data-original-height="530" data-original-width="353" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyxpy5dCGAPKX364sQ999BNVHvH9Wb813x7cyAzH30yIK8hE_0zV3gUmJgOrjTosDc0zZYPxat7gi2UHT7bQ-ayHD2ixIMUs6RfJQElS2Mt4p__1M8NppK1Vc3Q_cS2goyUNih9NfK88EzDy41qD5qWg8sGJB9D1mMH6KH1YidAbusvExbvkQHptau93I/w133-h200/575E136C-DE9F-46CA-B7C7-551A397977F3.jpeg" width="133" /></span></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyxpy5dCGAPKX364sQ999BNVHvH9Wb813x7cyAzH30yIK8hE_0zV3gUmJgOrjTosDc0zZYPxat7gi2UHT7bQ-ayHD2ixIMUs6RfJQElS2Mt4p__1M8NppK1Vc3Q_cS2goyUNih9NfK88EzDy41qD5qWg8sGJB9D1mMH6KH1YidAbusvExbvkQHptau93I/s530/575E136C-DE9F-46CA-B7C7-551A397977F3.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; caret-color: rgb(30, 41, 59); color: white;">“São 145 páginas divididas em duas partes. A primeira é composta por 26 capítulos que transportam o leitor para um universo repleto de peculiaridades, como o "baianês", a música, a culinária, a capoeira e a arquitetura colonial e barroca do Brasil. A segunda parte é um ensaio futurístico com reflexões filosóficas, proporcionando uma experiência literária rica e abrangente” - Lourenço Mueller.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; caret-color: rgb(30, 41, 59); color: white;">__________________________________</span></div></span><p></p><p style="text-align: left;"><span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: verdana;"><b>*Vicente Antonio - vindo do Cariri paraibano, onde o mar virou sertão, aqui se fixou, neste promontório historico fortificado, banhando-se cotidianamente em Kirimurê.</b></span></span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-32939279322857215912023-07-25T17:44:00.003-04:002023-07-25T17:46:09.190-04:00Kirimure, histórias da baía de todos os Santos.<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxXF-60VXEHU71pBmYzT_Sf5Ec47o2lp8Djf9Gei6hCsQ60muxL_8vcWiXQ-dYTtnXJVtvFQTSWhMOKPJcPsVurH76snzPg_D-DBEQjarcyVsJTm0ubT0p38hDDi_NxkpBs3o7EErmHEZOgdTYbUKEqTbFrw8KyweJ1qRzHOHTygvAu0cNu-0v5nfuZ7k/s481/B2E599F0-809A-49B7-A828-D6AB172C41D8.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="363" data-original-width="481" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxXF-60VXEHU71pBmYzT_Sf5Ec47o2lp8Djf9Gei6hCsQ60muxL_8vcWiXQ-dYTtnXJVtvFQTSWhMOKPJcPsVurH76snzPg_D-DBEQjarcyVsJTm0ubT0p38hDDi_NxkpBs3o7EErmHEZOgdTYbUKEqTbFrw8KyweJ1qRzHOHTygvAu0cNu-0v5nfuZ7k/w400-h301/B2E599F0-809A-49B7-A828-D6AB172C41D8.jpeg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p><span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: verdana;">“<span style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(32, 33, 36);">Kirimure tem o nome cristão de todos os santos, mas esconde demônios verde-azulados e personagens insólitos nos lugares que margeiam seu Mar, com maiúscula, sempre... Descubra esses mistérios, neles se inspire para se entreter, aprender ou refletir, sonhar ou se indignar e, quem sabe, encontrar soluções para muitas doenças da alma da cidade da Bahia, mãe ou filha desse grande Mar Interior. Você já esteve diante de um tubarão-martelo? É amigo de um grande navegador? Já deu uma rasteira num paulista? Já leu Amado, Rosa ou Ubaldo? Já quase morreu onze vezes? Ou pensou que poderia morar numa cidade ideal, criada em função de você? Há um jeito... Já ouviu falar sobre ele e ela? Você precisa entender agora os moradores desta Terra e deste Mar</span></span><span face="Roboto, "Helvetica Neue", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(32, 33, 36); font-size: 13px;">…”</span></span></p><p><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: black; caret-color: rgb(30, 41, 59);"><span style="color: white; font-family: verdana;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: white; font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVe4DtnbYP91RlbNMada4X8POxpSiM2I2xaDb-Ev-YCCD46JeS8Dw9t50hEeSon_vPOyyfsWHY6MwZVcE5_X5jflJDsKo_YmSmPSTupu3DV2U5yxhHBabj68fegm8pkV9I0Ygzc5-5neg0D3Ix7XmIyfWQ11dd6sLFoMCRWCjhwMLcqbyRMOBXbhPfz4U/s530/3CD7D01B-C049-4BBC-B0FD-B8C1DA10D24A.jpeg" style="background-color: black; clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="530" data-original-width="353" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVe4DtnbYP91RlbNMada4X8POxpSiM2I2xaDb-Ev-YCCD46JeS8Dw9t50hEeSon_vPOyyfsWHY6MwZVcE5_X5jflJDsKo_YmSmPSTupu3DV2U5yxhHBabj68fegm8pkV9I0Ygzc5-5neg0D3Ix7XmIyfWQ11dd6sLFoMCRWCjhwMLcqbyRMOBXbhPfz4U/s320/3CD7D01B-C049-4BBC-B0FD-B8C1DA10D24A.jpeg" width="213" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><span style="background-color: black; color: white;"><br />Lourenço Mueller lança no dia 1 de agosto, a partir das 16h, no Museu do Mar Aleixo Belov (Santo Antônio Além do Carmo), o seu terceiro livro, </span><span style="background-color: black; color: white;">"Viva Kirimure: Histórias da Baía de Todos os Santos</span></span><span style="background-color: black; color: white;"><span face="Murecho, ui-sans-serif, system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, "Noto Sans", sans-serif, "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Noto Color Emoji"" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(30, 41, 59); font-size: 18px;">.</span><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(30, 41, 59);"> “</span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(51, 51, 51);">Lourenço Mueller atuou como escritor (teve três romances publicados), artista plástico (exposições em que mistura telas de temas urbanos com poesias, frases e espelhos) é mergulhador, capoeirista e nadador. Realizou mestrado em ciências sociais, doutorado em arquitetura e urbanismo pela UFBA e especializações na França e na Colômbia. Trabalhou no governo do estado da Bahia (IPAC, CIA, SIC, CONDER) e foi consultor em planejamento urbano, municipal e metropolitano. Fez conferências em encontros técnicos em Salvador e outras capitais. Ensinou na UFBA e na FACS, teve projetos arquitetônicos e urbanísticos construídos na capital e no interior e premiações nas áreas de arquitetura, jornalismo e marketing empresarial. O autor tem artigos técnicos publicados em anais de congressos, revistas e jornais e é articulista permanente do jornal A Tarde, onde escreve sobre diversos temas e promoveu ciclismo e ativismo na cidade e região. Após a criação da Fundação Aleixo Belov, foi convidado para presidi-la (2019). Em 2017, criou o 'Cibergrupo Kirimure', uma networking para discutir e apresentar propostas de economia criativa e desenvolvimento sustentável para a Baía de Todos os Santos</span></span><span face="Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-size: 13px;">.n</span></span><p></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-2205525970708857262023-07-14T17:40:00.006-04:002023-07-14T18:01:13.740-04:00Salvador uma Cidade feita de Música <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEAglAmY0g6ad1jrjFlsD4izyuoMxZFqQ7U32hwPPqF0zmxrPUHEN7v624_u_kbN7AFd2ZdqUvh_QBojDGA_PVzJ4nRBdLOc21SwDG9AoK0a_YZAP188IFzNOUJkeFEqXBAFliX7fsc5rLDVzZ8vCfTZCrdGMWPuEmv-QOHXU0Je_TEjUEkx9_VfCESpE/s429/74315952-8E63-497F-91E4-D185C3BD7D61.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="429" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEAglAmY0g6ad1jrjFlsD4izyuoMxZFqQ7U32hwPPqF0zmxrPUHEN7v624_u_kbN7AFd2ZdqUvh_QBojDGA_PVzJ4nRBdLOc21SwDG9AoK0a_YZAP188IFzNOUJkeFEqXBAFliX7fsc5rLDVzZ8vCfTZCrdGMWPuEmv-QOHXU0Je_TEjUEkx9_VfCESpE/w400-h388/74315952-8E63-497F-91E4-D185C3BD7D61.jpeg" width="400" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br /><b>Nelson Motta*</b></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Hoje a história é de amor, de cores vivas, de luz sensual e mar infinito, um caso de amor e alegria com uma terra e uma gente. Já amava a Bahia antes de conhecê-la, cheguei a ganhar um festival da canção com Dori Caymmi com a música “Saveiros” quando tinha 22 anos e nunca havia visto um saveiro na vida rsrs. Minha Bahia imaginária era dos livros de Jorge Amado e das músicas de Dorival Caymmi, e depois, das conversas com Caetano e Gil. Só a conheci, digo carnalmente, três anos depois, no carnaval de 1969, e era ainda melhor do que eu imaginava, os cheiros, os sabores, os sons, a alegria das ruas e das praias e a delícia do mar de águas frescas, isto não estava nos livros.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 1972, houve meu batismo na baianidade, guiado por Gil e sua mulher Drão, numa experiência fundamental de minha vida, com Mãe Menininha no terreiro do Gantois, que se tornou meu lar espiritual da vida até hoje. Muito forte. E profundo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Bahia sempre foi minha maior fonte de inspiração. Desde a série de 15 canções feitas com Dori Caymmi no nosso início profissional, em que tentava harmonizar a baianidade poética com a musical. Depois a Bahia imaginária se tornou real, mergulhei nela várias vezes, fora os carnavais, pesquisando para a biografia do jovem Glauber Rocha, que virou o livro “A primavera do dragão”. Depois, produzindo o show e o disco “Eletrodoméstico”, de Daniela Mercury, gravado ao vivo na Concha Acústica. A parte mais gostosa foram os ensaios, um mês em Salvador, entre a praia e o estúdio, mergulhando na música baiana e sua modernidade. E fiz um mestrado no mundo do carnaval e dos trios elétricos nas conversas com Daniela, que inspiraram o romance policial “O canto da sereia — Um noir baiano”, em que uma jovem estrela do axé é assassinada em pleno carnaval, que em 2013 virou minissérie na TV Globo, com Isis Valverde.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyn06SbZiJMjWWOnICaXxUDE35N_P6PUQm8N2Q8j5onYkWvbbS2aTgmA9d5WYBWkZoydoW66tNjFWBWA9p7AAlfq2U78F0RF3HIco9X7PlRkNdc_dMpJjJp3mZscsZZ-XdfBbl212m_HWWxyAr6BL1f2Q1Rau40D3YVOfPzji8G46J3RrHMSYhnw8rbJE/s678/4105F1E9-0A87-44E0-8498-2D2868C88271.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="678" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyn06SbZiJMjWWOnICaXxUDE35N_P6PUQm8N2Q8j5onYkWvbbS2aTgmA9d5WYBWkZoydoW66tNjFWBWA9p7AAlfq2U78F0RF3HIco9X7PlRkNdc_dMpJjJp3mZscsZZ-XdfBbl212m_HWWxyAr6BL1f2Q1Rau40D3YVOfPzji8G46J3RrHMSYhnw8rbJE/w400-h266/4105F1E9-0A87-44E0-8498-2D2868C88271.jpeg" width="400" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Agora Salvador me inspira e emociona de novo, pela sua Cidade da Música, em um velho-novo casarão de azulejos azuis, que conta a história da Bahia através da riqueza incomparável de sua música, desde os primeiros batuques até a explosão de diversidade afro-brasileira em uma fabulosa usina de ritmos e músicas e letras.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Com curadoria rigorosa e emocionada de Gringo Cardia e Antonio Risério, tudo está registrado em vídeos superbem editados e excelentes textos sobre as 33 regiões de Salvador e a música que originaram, que vai do candomblé e dos blocos afro ao reggae jamaicano, que foi logo incorporado à polifonia da cidade, ao rock and roll apimentado de Raul Seixas, Camisa de Vênus e Pitty, cada bairro teve sua contribuição documentada em vídeos, textos e depoimentos de alta qualidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Mas o ponto alto é o filme de 40 minutos, em tela grande, contando como Carlinhos Brown e a música transformaram radicalmente o Candeal, de um bairro carente de tudo, em uma pequena cidade da música, do trabalho, da alegria de viver, que mudou a vida de milhares de pessoas e deu uma decisiva e afirmativa contribuição à cultura da Bahia. Vale acompanhar o trabalho deles no Instagram (instagram.com/cidadedamusicadabahia) ou </span><span style="font-family: verdana;">http://cidadedamusicadabahia.com.br “</span></p><p style="text-align: justify;"><b style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="font-family: verdana;">*</span><span face="Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); caret-color: rgb(77, 81, 86); text-align: left;">Nelson Cândido Motta Filho ORB é um jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical, teatrólogo e letrista brasileiro. É autor de mais de trezentas músicas, com diversos parceiros</span></span></b></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-48171136209720751782023-07-04T10:24:00.005-04:002023-07-04T10:30:22.672-04:00BR 324, um gargalo econômico para a Bahia<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZEzZw_-M1Vp5H1A63Ss3e8aFaVBF4DjSeBJEli-3UOzjQupMMihQ4il-uYhZRDIxR_4n0FuzAgcwsq11ubfPypJWMZ35S2pap2VOUjbhK0FsAQs3LGwYqooSyVh1KuEGO1A9uNDGg8SJ3sSWUEXMaWB6Ymq1kBcF_RQdZ9FEzzVBb56k02zZ-0rJK084/s679/FAB17A23-F2CC-433B-A765-412F37025660.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="679" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZEzZw_-M1Vp5H1A63Ss3e8aFaVBF4DjSeBJEli-3UOzjQupMMihQ4il-uYhZRDIxR_4n0FuzAgcwsq11ubfPypJWMZ35S2pap2VOUjbhK0FsAQs3LGwYqooSyVh1KuEGO1A9uNDGg8SJ3sSWUEXMaWB6Ymq1kBcF_RQdZ9FEzzVBb56k02zZ-0rJK084/w400-h266/FAB17A23-F2CC-433B-A765-412F37025660.jpeg" width="400" /></a></div><p></p><p><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: black; caret-color: rgb(54, 54, 54); color: white;"><b>Armando Avena</b>*</span></p><p><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: black; caret-color: rgb(54, 54, 54); color: white;">A rodovia Salvador/Feira, conhecida como BR 324, está impedindo a Bahia de crescer e, no momento, se constitui em um dos maiores gargalos da nossa economia. Salvador e sua região metropolitana sediam o principal polo econômico e de infraestrutura do estado, gerando cerca de 50% do PIB estadual, e é pela BR 324, única ligação rodoviária da capital com o Sudeste do país, que passa toda a riqueza produzida e consumida na principal área econômica da região Nordeste. Apesar disso, a rodovia permanece sem investimentos de porte desde 2009, quando o setor privado assumiu a concessão. Os investimentos realizados até aqui não coadunam com a importância da rodovia, nem com o crescimento da frota de carros na Bahia, que mais que duplicou nestes quase 15 anos. O estado da rodovia é destaque na imprensa no São João, quando milhares de pessoas se dirigem ao interior, mas ele é destaque todos os dias na vida dos usuários e responsável pelo aumento do custo-Bahia, pois, se a principal rota de escoamento dos produtos estaduais é precária, o custo de produção e distribuição é maior tornando a economia menos competitiva.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(54, 54, 54); font-family: Roboto, sans-serif; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px;"><span style="background-color: black; color: white;">A Via Bahia é a concessionária responsável pelo sistema de rodovias envolvendo trechos das rodovias federais BR-116 e BR-324 e outros trechos de rodovias estaduais. O consórcio espanhol Isolux/Corsan obteve a concessão em 2009 e durante anos administrou as rodovias de maneira precária com um desempenho abaixo da média. A partir de 2016, o fundo canadense PSP Investments assumiu a rodovia, mas nada mudou. O nível de investimento da empresa é baixo, especialmente se for considerado o faturamento anual da ordem de R$ 500 milhões. Na verdade, a Via Bahia registra um histórico de sucessivos atrasos nos investimentos obrigatórios previstos em contrato e em 2013, a ANTT chegou a firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a companhia espanhola para tentar colocar as obras em dia, mas de nada adiantou. Tampouco a troca do controlador pela atual empresa canadense resolveu o problema e a situação agravou-se a ponto do governo Bolsonaro tentar declarar a caducidade no contrato de concessão, num processo que terminou na Justiça</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(54, 54, 54); font-family: Roboto, sans-serif; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px;"><span style="background-color: black; color: white;">A favor da Via Bahia está o fato das modelagens de concessões rodoviárias no Brasil incluírem outorgas altas e tarifas baixas e a pandemia que aumentou os custos, sendo necessário, portanto, o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato e uma renegociação com o BNDES, mas é preciso lembrar que a PSP Investments, que controla a Via Bahia, é uma das maiores gestoras de investimentos de fundos de pensão no Canadá com cerca de 150 bilhões de dólares em ativos líquidos e pode muito bem colocar algum recurso próprio na Bahia.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(54, 54, 54); font-family: Roboto, sans-serif; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px;"><span style="background-color: black; color: white;">De todo modo, parece razoável a decisão do governo Lula de repactuar o contrato e manter a atual concessionária, evitando peleias jurídicas, mas essa repactuação precisa vir com a garantia de investimentos no curto prazo. Deve estar previsto, por exemplo, a construção imediata de uma terceira pista nos trechos em que an amplitude do canteiro central, permite sua imediata construção a custo baixo e sem desapropriações. De tudo isso ressalta duas constatações: a primeira é a de que a concessão de serviços públicos ao setor privado não é uma panaceia que tudo resolve e precisa ser fiscalizada de perto pelo poder público; a segunda é que a Bahia não pode mais esperar e qualquer que seja a repactuação deve prever o início imediato de investimentos de porte na BR 324.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(54, 54, 54); font-family: Roboto, sans-serif; margin-bottom: 1rem; margin-top: 0px;"><span style="background-color: black; color: white;"><b><span style="box-sizing: border-box;">*Armando Avena</span> </b><em style="box-sizing: border-box;"><b>é economista, ex-secretário de planejamento da Bahia</b>.</em></span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-58361861832772554462023-06-27T21:23:00.003-04:002023-06-27T21:23:40.882-04:00Meu pai, o legado fica<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPMbvNXKrMBzQsCAC_LD9zzEfwk_m_LHbaSjNgn8gP--YHIKbCNK7TVdqag55MiML5zmv-MIkHXQbCpO9pBPkelq29OXnlqYYStlq-KFq7g91qfQGWR3owe5EFjxJmwyqvYgFAafswl7A57ThqxReaFod9SKWWuob0asweq0vELQlcVhtuv-UGd18Pua4/s1392/A3A42C32-1486-4A9A-BC05-5F1682D14DAC.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1392" data-original-width="1085" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPMbvNXKrMBzQsCAC_LD9zzEfwk_m_LHbaSjNgn8gP--YHIKbCNK7TVdqag55MiML5zmv-MIkHXQbCpO9pBPkelq29OXnlqYYStlq-KFq7g91qfQGWR3owe5EFjxJmwyqvYgFAafswl7A57ThqxReaFod9SKWWuob0asweq0vELQlcVhtuv-UGd18Pua4/w311-h400/A3A42C32-1486-4A9A-BC05-5F1682D14DAC.jpeg" width="311" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Paulo Bittencourt Studart*</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um mês sem meu pai. Saudades, de cuidar e ser cuidado por ele! Sinto muito orgulho e honra de tê-lo tido como pai, e desejo que eu seja capaz de prover e transmitir esse carinho, essa segurança e esse abrigo para minhas filhas. Mas esse texto não é sobre luto, é sobre a vida, e sobre seu legado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como um sábio, nos preparou aos poucos para sua partida ao longo dos últimos 3 anos. Na sua última semana, oscilamos entre a esperança da sua recuperação e a aceitação de viver num mundo sem ele.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Sua régua da paternidade foi alta. E graças a Deus pudemos reconhecer isso com ele ainda vivo. Nos almoços de domingo, ele nos falava e até chorava, o quanto se sentia abençoado por ter formado uma família tão unida. Concordávamos e agradecíamos de ter nascido numa família fruto do amor dele e de minha mãe.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Entendeu como ninguém a diferença entre herança e legado. Herança é o que você deixa para as pessoas, e legado, o que deixa nas pessoas. Meu pai não focou apenas na herança, ele deixou um enorme legado, o maior de todos: de amar a família, estar sempre a presente e disponível ao outro, acolher a quem precisar, ser generoso. Viver e não ter a vergonha de Ser Feliz.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A paternidade é um negócio complicado, e a perfeição não existe. Mas o segredo de meu pai foi tentar ser um pouco melhor a cada dia da sua vida.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desejo que nossas filhas e sobrinhos, ao sentarem com os seus filhos [nossos netos e bisnetos de Jorge Studart] contem as histórias de suas histórias. Para que continuem valorizando e ecoando os sons das convivências em família, regadas de amor nas conversas, brincadeiras e gestos. Entendam que são amados, pois descendem de Jorge Studart, que estava sempre na posição de servo, a serviço de todos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A paternidade me faz ser uma pessoa melhor, e hoje quero seguir honrando tudo que aprendi com meu pai.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Alguns diriam “Perdi meu pai”. No meu caso, gostaria de ressignificar essa frase dizendo: “Ganhei um Pai Exemplar durante 62 anos na minha vida”. Sim! Durante 62 anos da minha vida, tive o privilégio de ter um pai maravilhoso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O homem vai, mas o legado fica.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>*Diretor Executivo do Laboratório Studart Studart</b> </span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-16053191660654148892023-06-26T14:06:00.006-04:002023-06-26T16:18:44.154-04:00 Salve o 2 de Julho e o Caboclo brasileiro<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPBox3E6wgKt83mMVqOU1F3IF8RBMVZmWLqhryHa5ULC0O5KSfiN6RSyZ0J2kwKkoN1ueXMwZ55zfIhqxEmS6yJ52dKMyTzUQ5bstpXAr3GB_s0FzJlY8b5D2-uxXtO3Ax0_my0EwSChZmc3x8VIQf4GpTWRuMtOg_q0Qo-vIqw4gShHEUAZx_eGur3nA/s412/118FE28B-255C-4DFF-A058-97008563574D.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="247" data-original-width="412" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPBox3E6wgKt83mMVqOU1F3IF8RBMVZmWLqhryHa5ULC0O5KSfiN6RSyZ0J2kwKkoN1ueXMwZ55zfIhqxEmS6yJ52dKMyTzUQ5bstpXAr3GB_s0FzJlY8b5D2-uxXtO3Ax0_my0EwSChZmc3x8VIQf4GpTWRuMtOg_q0Qo-vIqw4gShHEUAZx_eGur3nA/w400-h240/118FE28B-255C-4DFF-A058-97008563574D.jpeg" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><b>Paulo Ormindo de Azevedo*</b></span><p></p><p><span style="font-family: verdana;">No próximo domingo a Bahia comemora o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. Lutas que conseguiram unir toda a sociedade baiana, desde senhores de engenho e fazendeiros a escravos e indígenas por um ideal de liberdade, com a abertura internacional, a abolição da escravatura, a inclusão social dos índios. Ideais inspirados na Constituição Americana (1787), na Revolução Francesa (1789) e na independência sul americana, que promoveu o regime republicano e a libertação dos escravos. Ideais que já haviam deflagrado revoltas como a dos Búzios, em 1798.</span></p><p><span style="font-family: verdana;">O 7 de Setembro de 1822 foi uma encenação recomendada por D. João VI, quando voltava para Portugal, onde reinava, mas já não governava, com a Revolução do Porto, a seu filho Pedro I como tentativa de salvar a Monarquia dos Bragança na América. Mas os liberais portugueses não concordavam com a independência da antiga colônia e mandaram reforços ao general Madeira, comandante da tropa em Salvador, para manter o domínio. Luta sangrenta de resistência do povo do Recôncavo e do sertão. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">A monarquia foi uma grande decepção contestada em todo o Nordeste, com a chamada Confederação do Equador (1824). Na Bahia as revoltas tiveram um caráter libertário, antiescravista e republicano, como a dos Periquitos (1824) e dos Malês (1835). D. Pedro II não fez nada pela educação e o social no Brasil, que foi o último país a libertar os escravos. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">Não foi pequena a contribuição negra e indígena naquelas lutas. O Gal. Labatut criou um batalhão de negros acenando com sua libertação, mas diante da revolta deles pelo não cumprimento da promessa, mandou executar 50. Por sua vez, os indígenas das antigas missões eram grandes conhecedores do território, numa luta em parte de guerrilha. Essa vitória popular criou um ícone da identidade baiana e brasileira, o casal de Caboclos, mestiços de índio, negro e branco crioulo. Sua procissão anual é ainda hoje, passados 200 anos, a maior festa baiana. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">Tenho a honra de presidir a comissão da Academia de Letras da Bahia de homenagens à efeméride. Teremos no próximo dia 29 na ALB, às 19hs, uma festa de arromba, com a conferencia do professor canadense Hendrik Kraay e apresentação da Orquestra Sisaleira de Conceição do Coité, seguida da Exposição 2 de Julho, a Independência do Brasil na Bahia, de 40 artistas baianos, durante o mês de julho, na Galeria Canizares, promovida pela ALB e EBA-UFBA e, no segundo semestre, a publicação de um livro com estudos sobre o 2 de Julho. </span></p><p><span style="font-family: verdana;">A nossa economia permanece extrativista-exportadora, como na colônia, só que no passado exportávamos produtos de alto valor, como ouro, diamantes e açúcar e hoje, commodities sem valor. Ainda temos escravidão no campo e 50% da população não tem segurança alimentar. Que o Bicentenário do 2 de Julho seja a renovação da luta pela descolonização.</span></p><p><span style="font-family: verdana;"><b>*Professor Titular da Escola de Arquitetura da Ufba</b></span></p><p><span style="font-family: verdana;"><b>A Tarde, 25/06/2023</b></span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-2901373527651955982023-04-27T09:34:00.008-04:002023-04-27T10:02:13.476-04:00Já que é inevitável, que não seja violento<p><b><span style="font-family: verdana;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsTmPUlAkjeQfR3n7YuawMU28O2IOCbKhiQXxu6v11Cg2jyHGfAXjQFe5WuU84jBl7gDJiaXN7EfMIAPP3hp6HKnsoUgNSypJFfaFQ_uhPEIkYzysx1g0HlisK4qiPLrk-6huif4WETY9ZMjtSwXqjewCboT0S2lJftO3YuckZysqvnRh9doVLv5v6/s339/3D0A2D2C-BA6D-478C-BCDA-A8821696411F.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="232" data-original-width="339" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsTmPUlAkjeQfR3n7YuawMU28O2IOCbKhiQXxu6v11Cg2jyHGfAXjQFe5WuU84jBl7gDJiaXN7EfMIAPP3hp6HKnsoUgNSypJFfaFQ_uhPEIkYzysx1g0HlisK4qiPLrk-6huif4WETY9ZMjtSwXqjewCboT0S2lJftO3YuckZysqvnRh9doVLv5v6/w400-h274/3D0A2D2C-BA6D-478C-BCDA-A8821696411F.jpeg" width="400" /></a></span></b></div><b><span style="font-family: verdana;"><br />Paulo Ormindo de Azevedo</span></b>*<p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Continuo pensando que a ponte de passeios Salvador-Itaparica é um estrupo ambiental e urbano. Além de marginalizar o Recôncavo com seu rico potencial turístico/esportivo, comprometer o estaleiro de São Roque e um hub-porto em águas abrigadas com 23 m de calado em Salinas da Margarida que pode ser um dos terminais marítimos e ferroviários transcontinentais mais importantes da América do Sul, com a saída de minérios e grãos dos países andinos e do Planalto Central para a rica costa leste dos EUA e Europa. A ponte vai duplicar a área metropolitana de Salvador desidratando o oeste da BTS e duplicando a função dormitório da capital.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Já que há compromissos do estado com os chineses que são irreversíveis, que se busque ao menos amenizar seus efeitos mais danosos. Sua trajetória atual em gancho é da década de 1970, como se a cidade e a engenharia tivessem parado há meio século. Com essa trajetória a Marinha exige que seja dragado um canal para permitir o acostamento seguro de navios no porto de Salvador e contesta a posição do seu vão central. Se é para se fazer a ponte por um capricho, que se faça uma ponte moderna reta, com barreira central móvel, flexibilizando o sentido da demanda.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Academia de Engenharia da Bahia elaborou estudo sobre a trajetória da ponte oficial e aponta erros graves, como a incapacidade da Via Expressa em absorver o fluxo da ponte e seu impacto no centro da cidade. Ela aponta três alternativas de trajetórias retas ligando a ponte diretamente a BR 324 e Via Metropolitana, sem impacto sobre a cidade, paisagem urbana e a outra navegação, pois preservaria a área de escape de navios em condições meteorológicas adversas, dispensando a dragagem do porto.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Defendo há 15 anos uma envolvente rodoferroviária da BTS que poderia transformá-la numa Côte d’Azur francesa. Solução semelhante da Conder volta à baila defendida pelo ex-deputado Sérgio Carneiro (A Tarde,19/02/23). Para complicar, o estado diz que vai comprar dois novos ferries e eles não serão desativados. Vera Cruz vai se transformar em um favelão como São Gonçalo, junto a Niterói, terminal de carretas e bitrens, que não podem entrar na cidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A sina da ilha é ser um porto-seco com pátios de contêineres, galpões, oficinas, borracharias e dormitórios para caminhoneiros. Nos primeiro 20 anos, vamos ter que pagar pedágio sobre quatro faixas ociosas com uma média de 40 mil veículos virtuais dia, ou R$650 milhões ano. Nada disto vai mudar com uma nova trajetória da ponte, mas poderá mitigar seu impacto sobre uma das mais belas baías do mundo, o centro de Salvador e os bairros do Comércio e Boa Viagem. Agora que vai ser feita a sondagem dos pilares, a ponte pode ser relocada. Por que a Prefeitura de Salvador e a Conder, que não foram ouvidas, não podem exigir um impacto menos amargo sobre a cidade e a BTS?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>*Arquiteto, Professor Titular da UFBA</b></span></p>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-36905759625728951362023-04-26T12:05:00.002-04:002023-04-26T12:13:47.472-04:00Itaparica: fatos & fotos<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF-wcWxL1_W0ACGhiuTLMVJlaHVcGGYJ-nRdHVHX9ZDVjSC0B1eIZ47kVwL5hhNfUAEukoa3hn_eCxN7hjEMeKO1IsTle1-73Ga3gMtJwQlGuKst3R0f32QXC4C9Y3X6w4zL5Jy_O7UkaisUlPjY8zuSv5sf1UZCbsJQN-CXthwMJg_xW3-8dMcUVL/s813/8C4E8C6B-E672-4466-B2C0-83DE83596D0D.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="377" data-original-width="813" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF-wcWxL1_W0ACGhiuTLMVJlaHVcGGYJ-nRdHVHX9ZDVjSC0B1eIZ47kVwL5hhNfUAEukoa3hn_eCxN7hjEMeKO1IsTle1-73Ga3gMtJwQlGuKst3R0f32QXC4C9Y3X6w4zL5Jy_O7UkaisUlPjY8zuSv5sf1UZCbsJQN-CXthwMJg_xW3-8dMcUVL/w400-h185/8C4E8C6B-E672-4466-B2C0-83DE83596D0D.jpeg" width="400" /></a></div><br />Os registros históricos sobre a ilha destacam a vinda, em 1510, do navegador português Diogo Álvaro Corrêa, o Caramuru, que, enamorado da índia tupinambá Paraguaçu, filha do cacique Taparica, casou-se com ela. Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da ilha, daí a origem do seu nome.
Conta uma das lendas, que Itaparica vem do Tupi e significa 'cerca feita de pedras', por causa dos arrecifes que contornam toda a costa da ilha.
A sua ocupação deu-se a partir de um pequeno núcleo de povoamento fundado por jesuítas na contra-costa, em 1560, onde hoje se localiza a Vila de Baiacu, então denominada como Vila do Senhor da Vera Cruz. Nesse período, foi nela iniciada a primeira plantação de cana-de-açúcar, assim como a cultura do trigo, tendo recebido os primeiros exemplares de gado bovino. Foi ainda em Baiacu que aqueles religiosos fizeram erguer a primeira obra de engenharia hidráulica da colônia: uma barragem para o suprimento de água potável e para os serviços da povoação.
A riqueza gerada nesse curto espaço de tempo levou a que corsários ingleses atacassem a ilha já em 1597. Entre os anos de 1600 e 1647, foi invadida pelos holandeses. Durante a última destas invasões, os holandeses chegaram a construir um forte, denominado Forte de São Lourenço. </span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6ADDFvVCscsO1Hvn3m1s1uYTGs-skb5LtsOBV1oU-V2tNz-d0OmANa6hgO70bfL42IemRjtLySLPJQLaRcV0vC1EuHT5NZQQXNMO3pF0u7-ihx4aX8LMfDyX3NU7NSS2A-LP889sAe2r5WK4xtuKbf7D6GrrGnoQE_e48HjwTrws3vlHxHS1mqibC/s679/DC7D864B-7CB0-4104-AFA4-AABF3C09E760.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="451" data-original-width="679" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6ADDFvVCscsO1Hvn3m1s1uYTGs-skb5LtsOBV1oU-V2tNz-d0OmANa6hgO70bfL42IemRjtLySLPJQLaRcV0vC1EuHT5NZQQXNMO3pF0u7-ihx4aX8LMfDyX3NU7NSS2A-LP889sAe2r5WK4xtuKbf7D6GrrGnoQE_e48HjwTrws3vlHxHS1mqibC/w400-h266/DC7D864B-7CB0-4104-AFA4-AABF3C09E760.jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 1763, Itaparica, que era a maior ilha da colônia, chamou a atenção da Coroa e, por conta disso, foi então incorporada aos seus bens. Os afamados estaleiros da Ilha de Itaparica eram também empório de construções navais da colônia: ali se armou a primeira quilha da Marinha de Guerra no Brasil. Nesta época, também existiam cinco destilarias de aguardente, além das fábricas de cal - nove, em meados do século XIX. Porém, a maior atividade econômica da ilha foi a pesca da baleia, sobretudo durante os séculos XVII e XVIII, por este fato, antes de chamar-se Itaparica era conhecida como Arraial da Ponta das Baleias. </span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3GcLjU55NND7NZ7LAAJOCRQ3UorQJHKGSue2OIyPrfGiXo_CuYGTRiHuBsa8jzSaElfZp3F8q6Hb3BIh1YapuReKq23u7-eHgNDhaHZejrHgAX-XSS3X5ytKXFNOHf5PZojvoIaxKRiOjm9jwJmNEBJl1Y0VWwZ_5rCxCEMIPr2iydtEfinhdJHb9/s480/AF84F4B7-2E47-4460-9518-FDED33662394.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3GcLjU55NND7NZ7LAAJOCRQ3UorQJHKGSue2OIyPrfGiXo_CuYGTRiHuBsa8jzSaElfZp3F8q6Hb3BIh1YapuReKq23u7-eHgNDhaHZejrHgAX-XSS3X5ytKXFNOHf5PZojvoIaxKRiOjm9jwJmNEBJl1Y0VWwZ_5rCxCEMIPr2iydtEfinhdJHb9/w400-h300/AF84F4B7-2E47-4460-9518-FDED33662394.jpeg" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Neste período, antigos e belíssimos sobrados, existentes até hoje, hospedaram imperadores brasileiros como D. Pedro I e D. Pedro II.
Foi em Itaparica que se assentou a primeira máquina a vapor em terras brasileiras, no engenho de Ingá-Açu.
A Fonte da Bica, importante local da cidade, foi construída em 1842 e oficializada como Estância Hidromineral em 1937, única do país à beira-mar. A água possui indiscutíveis propriedades medicinais em sua composição. A nascente fica oculta no morro de Santo Antônio.
Gentílico: itaparicano
Formação Administrativa
Criada originariamente pelo decreto imperial de 25/10/1831, possui como norma vigente de criação a lei estadual nº 628, de 30/12/1953, publicada no Diário Oficial em 14/02/1954. </span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl6D9dq-MnjzRw62tdAU3vPUYmKFc1ZgZkCoaZsvoD26-siY50lmwZFuIkqyCEZUf7Ne8QsnQdPCfWChUAV01-uQE4hcfSB-3aWbfNdI68RV_zT253CPv9-gRUDwuOlfeZIfIK5nmJa7NU25P9IoB8Xd2c8angijgVOlacs2S4DfNLoLcrpryryBCf/s633/76A01345-5AA3-45E8-AAA7-5EBCB5F7B42E.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="633" height="245" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl6D9dq-MnjzRw62tdAU3vPUYmKFc1ZgZkCoaZsvoD26-siY50lmwZFuIkqyCEZUf7Ne8QsnQdPCfWChUAV01-uQE4hcfSB-3aWbfNdI68RV_zT253CPv9-gRUDwuOlfeZIfIK5nmJa7NU25P9IoB8Xd2c8angijgVOlacs2S4DfNLoLcrpryryBCf/s320/76A01345-5AA3-45E8-AAA7-5EBCB5F7B42E.jpeg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"> A ilha foi emancipada de Salvador em 8 de agosto de 1833 e elevada à cidade em 30 de julho de 1962.
Posteriormente, o município foi desmembrado em dois: o de Itaparica e o de Vera Cruz.</span></div>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4463232178484266332.post-6390167142348091062023-04-23T07:54:00.008-04:002023-04-23T08:18:12.595-04:00Como se formam as baías <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivPbNgEsKtba--2VvmHRWlXooZaj-MI_IpkUTGyXhGRSvmKAg1UWFIkPgWAMfDxxx34fi_xbNcbKKy40wlWQtC73zlavTL4Eu_k1OVjYhPTTyoKBBgjHEKpCjfY425xHO1sT44Lwf17df5JNQ9RsfroPVNQ1AwmncAC9metw6XskzfpwhgM0i-6Clw/s433/9CCC8C99-42DF-4998-8308-D4CFB8D7944F.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="433" data-original-width="384" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivPbNgEsKtba--2VvmHRWlXooZaj-MI_IpkUTGyXhGRSvmKAg1UWFIkPgWAMfDxxx34fi_xbNcbKKy40wlWQtC73zlavTL4Eu_k1OVjYhPTTyoKBBgjHEKpCjfY425xHO1sT44Lwf17df5JNQ9RsfroPVNQ1AwmncAC9metw6XskzfpwhgM0i-6Clw/s16000/9CCC8C99-42DF-4998-8308-D4CFB8D7944F.jpeg" /></a></div><p></p><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 453px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt" style="background-color: black; color: white;"><b>Hanna Warrd</b>*</span></pre><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 453px;"><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: white;">Como são formadas as baías?</span></div><span class="Y2IQFc" lang="pt" style="background-color: black; color: white;"><div style="text-align: justify;">Existem várias maneiras pelas quais as baías podem ser formadas. O método mais óbvio é a erosão. Os litorais são feitos de muitos tipos diferentes de rocha, sendo alguns muito mais difíceis do que outros. A rocha mais macia, a lama e a argila se desgastam mais rapidamente do que a rocha mais dura devido à erosão da água. Isso então forma o recuo no litoral. No entanto, embora isso seja o mais óbvio, nem sempre é o motivo pelo qual uma baía foi formada. Em vez disso, as baías também podem ser formadas por rios e geleiras. Eles podem até ser formados quando o oceano simplesmente transborda para áreas do litoral também.</div>
Apesar disso, muitas baías são na verdade formadas pelas placas tectônicas. As placas tectônicas são as placas gigantes que compõem a crosta continental e oceânica da Terra (também conhecida como litosfera) e são feitas de enormes pedaços de rocha sólida. No entanto, eles não ficam parados e deslizam continuamente um sobre o outro. Isso ocorre porque eles ficam no topo de uma camada de rocha fundida, também conhecida como astenosfera. As correntes de convecção entre os dois fazem com que as placas tectônicas se movam.
<div style="text-align: justify;"></div>As placas tectônicas podem mover qualquer coisa entre um e seis centímetros por ano e são responsáveis pela formação de muitas formações de terra diferentes. Várias cadeias de montanhas e linhas de falha são causadas por essas placas, assim como muitas baías. As baías são formadas devido à forma como as placas tectônicas se movem ao longo de milhões de anos. Isso faz com que os continentes se juntem constantemente apenas para serem separados novamente e criem novos litorais conforme isso acontece.</span></pre><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt" style="background-color: black; color: white;">* <b>Geógrafa </b></span></pre>Blog do Osvaldo Camposhttp://www.blogger.com/profile/08347460320567464271noreply@blogger.com0